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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal e seus presentes





Neste Natal, não quero o Pai Natal das promoções comercias, dos presentes caros embrulhados em afetos raros. Quero o menino Jesus nascido no coração da manjedoura, esperança acesa num pasto de Belém !

Não quero o Pai Natal das lojas enfeitadas, do celofane brilhante das cestas de produtos importados, das garrafas em que o néscios afogam as tristezas rotuladas de alegrias. Quero o sonho do menino Jesus em Busca de uma terra onde nascer e viver, o sonho do Menino Judeu arauto da paz na Terra aos homens e mulheres de boa vontade. Quero o sonho do Menino Jesus dum mundo poupado de estupidez das guerras.

Neste Natal disponso abraços protocolares e sorrisos sob medida, sentimentos retóricos e emoções que encobrem a aridez do coração. Quero o amor sem dor, a oração só louvor, a fé comungada no sabor da justiça. Não quero presentes dos ausentes, a romaria pagã aos templos consumistas dos shopping-centers. Quero o pão na boca duma criança faminta, a paz que se alarga dos espíritos atribulados aos campos de batalha.

Neste Natal não quero essa pavorosa troca de produtos entre mãos que não se abrem em solidariedade, compaixão e carinho. Quero o sonho do menino solto no mais íntimo de mim mesmo, semeando ternura em todos os canteiros em que as pedras sufocam as flores. Não quero esse ruído urbano que esmaga a alma, os ouvidos aprisionados aos telefones, o olfato condenado condenado por odores insalubres, a boca em cascatas de palavras inúteis, despidas de verdade e sentido. Quero o silêncio indevassável do meu próprio mistério, o canto harmónico da natureza, a mão que se estende para que o outro se erga, a fraternura dos amigos abençoados pela cumplicidade perene.

Neste Natal, não me interessam as oscilações dos índices financeiros, as promessas viciadas dos políticos, os cartões impressos a granel, cheios de colorido e vazios de originalidade. Quero as evocações mais ternas : o cheiro do café coado de manhã por minha avó, o som dos sorrisos das crianças. Não quero as amarguras familiares que se guardam como poeira nas dobras da alma, as invejas que me alienam de mim mesmo, as ambições que se tornam tristes. Quero os joelhos dobrados no átrio da igreja, a cabeça curvada perante a humildade desse menino.

Neste Natal não aceitarei os brindes das mãos que não se tocam, nem irei às ceias dos que se devoram. Não comerei do bolo que empanturra corações e mentes, nem deixarei que a aurora do Menino me surpreenda empanzinado de sono. Neste Natal quero que todos os corações apelem à partilha de ternura com aqueles que amamos e qeremos amar eternamente!

Natal

É pra todos os dias ...

Nos nossos corações ...

Nas nossas mentes ...

Natal não está nos presentes ...

Está na ajuda ao próximo, na compreensão ...

É dar-mos as mãos e sentirmo-nos irmãos ...

Quando isso acontece ... É NATAL !!!


Escrito por Frei Betto



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal incomparável


O que faz esta época ser tão especial...
É mais do que presentes,

É o sentimento de gratidão.
É mais do que a ceia,
É o prazer da família reunida.

É mais do que as luzes iluminando as casas,
É o sorriso iluminando o rosto.
É mais do que contar com a chegada de um novo ano,
É estar aqui para você por mais um ano todo.

Neste Natal lhe desejo que:
A "Paz e a Harmonia" encontre moradia em seu coração.

Que a Esperança seja um Sentimento constante em cada ser que habita este planeta.
Desejo que o Amor e a Amizade Prevaleça acima de todas as coisas materiais.
Que as Tristezas ou Mágoas, sejam banidas de seu coração, dando Lugar apenas ao Carinho.
Que a "Dor do Amor", encontre o Remédio em outro Amor.
Que a "Dor Física", seja amenizada e que Deus esteja Ao seu lado, dando muita Força, fé e resignação.
Que a Solidão seja Extinta, E no seu lugar se instale a Amizade Verdadeira, e o Companheirismo.
Que as pessoas procurem olhar Mais a sua "Volta", e não tanto para "Si" mesma.
Que a Humildade e o Respeito Residam na Alma e no Coração de todos.
"Que saibamos Amar e Respeitar o Próximo como a nós mesmos".
Desejamos também que o nosso pedido se Realize não só neste dia, mas em todos os dias de nossas vidas!

FELIZ NATAL a todos os AMIGOS DE DEUS

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Há 40 anos: Ceará campeão do norte-nordeste


Por Ciro Câmara, do Jornal O POVO


Em dias de comemoração pelo acesso à série A do Brasileiro, uma das datas mais importantes da história do Ceará Sporting Club passa em banco em Porangabuçu. Há exatos 40 anos o Vovô alcançava seu título de maior expressão nacional. Com uma vitória por 3 a 0 sobre o Remo (PA), num estádio Presidente Vargas apinhado de gente, a equipe de Ita, Carlindo, Gildo e Chiclets vencia o torneio Norte-Nordeste na tarde de 21 de Dezembro de 1969.
Foram muitos os fatores que levaram aquela conquista ao status de histórica. O clube nunca vencera um título de tamanha expressão fora do Estado; não levantava uma taça em casa desde de o tricampeonato de 1963; e o grupo de jogadores era um dos melhores da história do clube. Mas o fundamental foram as circunstâncias que marcaram as finais daquela conquista. O Vovô perdeu o primeiro jogo da final, por 2 a 1, em Belém, e precisa de duas vitórias seguidas em casa para levantar a taça.
A segunda partida do confronto foi realizada em 19 de Dezembro. Os paraenses abriram 2 a 0 com dois gols do meia Íris. O segundo tempo já estava na metade (e parte da torcida deixava o estádio) quando Magela descontava para os alvinegros, aos 22 minutos. Volta todo mundo porque ainda dá. Dez minutos depois, Zezinho empatava a partida e coloca ainda mais fogo no PV.
Faltava um gol para a sobrevida alvinegra. E a histórica virada veio em em cabeçada certeira do atacante Gildo, o camisa nove do time, aos 43 da etapa final. "Eu comemorei tanto que desmaiei em campo", lembra o maior artilheiro da história do Vovô. A decisão, dois dias depois da virada, novamente no PV lotado, foi mera formalildade. Com o adversário abalado psicologicamente, o Vovô não encontrou dificuldades para marcar 3 a 0 (gols de Gildo, Magela e Gojoba) e conquistou o Norte Nordeste do Brasil em 1969.
E MAIS
> O time titular do Ceará na decisão de 21 de Dezembro foi formado por Ita; Daniel,Cícero,Laudenir e Carlindo; Gojoba e Magela; Osmar, Gildo,Chiclets e Zezinho. O treinador na conquista foi Aríldo Ramos.
> O maior ídolo da história alvinegra, o atacante Gildo, autor do gol da virada na segunda partida final, é o principal artilheiro da história do clube. Ele marcou 246 gols com a camisa do Vovô, conforme as contas do pesquisador Emanoel Richardson.
> O Ceará enfrentou Fortaleza, ABC, América (RN), Sport (PE), Treze e Botafogo (PB) na primeira fase. Classificou ao lado do Sport e pegou o Galícia (BA) e CSA (AL) na fase final nordestina. Venceu o grupo e fez decisão contra o Remo.
Fonte: Colaboraram o pesquisador Lúcio Chaves Holanda e o ex-jogador alvinegro Edmar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

(Re)pensando o futuro




A antiga ordem, que é a ordem dos nossos avós, dizia que para que a vida realmente fosse vivida plenamente e valesse a pena era necessário que a pessoa escrevesse um livro, tivesse um filho e plantasse uma árvore.



Fazendo uma releitura desse parâmetro popular moderno, acredito que hoje e nas eras vindouras buscaremos os mesmo objetivos, mas de formas diferentes.



Ao invés de escrever um livro escreveremos os nossos textos e colocaremos em nossos blogs, pois com o avanço da tecnologia, creio que o livro será uma peça rara, um momento de museu. Agora isso não significa que seremos uma geração ignorante, pelo contrário, nosso aprendizado será mais profundo, pois ao invés de usarmos apenas um sentido (o visual), usaremos dois ou até três (auditivo, tato, visual) em novos métodos de aprendizado, como internet, televisão, aulas altamente pedagógicas. Já é perseptível a redução de números de livros, hoje os textos vêem por email. Eu sou um amante de livros, compro toda vez que posso, mas sei que com o avanço tecnológico esse material será bem menos usado. O meio ambiente agradece.



Antigamente ter filho era um sinal de uma vida bem sucedida, de uma vida feliz, por isso, para se viver plenamente era necessário gerar um filho. Hoje em dia, filho é sinal de despesa e como cada vez mais os casamentos estão sendo postergados, os casais estão deixando para ter filhos sempre com uma idade mais avançada. Na verdade, conheço muitos casais que não tem o desejo de ter filho. Sendo assim, ao invés de buscar ter filho, se busca ter um cachorro. É mais fácil, mais econômico, não reclama, não dá trabalho. Não estou querendo dizer que isso é correto, mas se analisarmos friamente, percebermos que os novos casais estão reduzindo drasticamente o número de filhos, e muitos optaram mesmo por não tê-los.



Mesmo com a consciência popular dizendo que uma vida só teria sentido se você plantasse uma árvore, percebemos que nossos pais não levaram isso muito a sério, na verdade eles destruíram muitas árvores para construir um sonho de metal. Eles trabalharam, trabalharam e entregaram para nós um mundo próximo do colapso, na beira de um abismo irreversível. O engraçado é que muitos ainda olham para essa nova geração e têm a capacidade de denominar essa geração como irresponsável. Por isso, acredito que a geração de hoje será a geração que buscará plantar não só uma árvore, mas sim um jardim inteiro, para tentar reverter o quadro caótico deixado pelos nossos pais.



Talvez seja apenas uma reflexão utópica, mas mesmo assim aqui fica o meu palpite. Nessa nova geração manter-se-á o velho conceito de plenitude de vida de nossos pais. Todavia, trocaram os livros pelos blogs, os filhos pelos cachorros e as árvores pelos jardins.



Deus abençoe e uma boa semana.

Thiago Oliveira Braga

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Memórias



"Quando somos crianças o melhor lugar de estarmos é onde nossos pais estão; quando adolescentes onde está nossa galera; quando nos formamos onde ganhamos dinheiro e quando estamos adultos onde estão nossas memórias"

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nossa cidade tem história


Fortaleza tem passado sim. Querem ver? Você viveu ou conhece alguém que é do tempo em que.....

A COBAL ficava na esquina da rua Assunção com Antonio Pompeu.Vendia-se "chegadim" de porta em porta (o "veinho" passava tocando o triângulo)

O verdureiro ia de porta em porta montado no jumentinho e vendendo verduras frescas.O algodão doce era feito na hora e na cor que vc escolhia (rosa, amarelo, azul...)

Na véspera do Natal ir até a Praça do Ferreira ver as vitrines das lojas todas com enfeites natalinos era moda.

Era chique ir na Lobrás subir e descer na "primeira" escada rolante da cidade.Usar sapato "carinha de bebê", calça cocota e blusa frente única era luxo!

Tempo dos "mingaus pops" da Tatarana, Trasteveri e Santa Esmeralda.

Ir pro escorrega la vai um, o primeiro Cine Driving em Fortaleza.

- Lembra dos fuscas pretos da polícia (TETÉUS)? (é o novo!!!)

Da velha Ponte Metálica em tempo de cair mas não caia.Tempo da Mesbla na Senador Pompeu e da Flama na praça do Ferreira (Símbolo de distinção)Ir ao Recreio Clube de Campo era uma viagem com muito verde e salinas pelo caminho.Havia o restô Toca do Coelho.

E do restaurante Cirandinha em frente do comercial clube ??Das peixadas no restô "Alfredo o Rei da Peixada" e sempre aparecia um boneco ventríloquo para divertir a gente.

Do pequeno zoológico que havia no Parque das Crianças.Ir a shows no Ginásio Paulo Sarasate (Rita Lee, Gilberto Gil, Elba, Ney Matogrosso, Moraes Moreira entre outros).

Ir a Jericoacoara de barco (saindo de Camocim) Jeri sem energia, sem hotel ou pousada (o povo ficava em casa de Pescador)Do bronzeador "Nude bronze", e do "Rayto del sol" diretamente do Paraguai.

Comprar Mentex antes de assistir filme no Cine São Luiz.Do batom rollon sabor morango da Avon que era vendido exclusivamente na Casa Parente do Centro.

Da pizza no Jairo na Av. Santos DumontIr a Feira das Flores no passeio Público (quando ainda era um ambiente familiar).Assistir aos sábados pela TV o programa do Irapuan Lima (com a Xuxa cearense) e do Chacrinha.

Do barzinho Carbono 14.Ir aos domingos ao aeroporto ver os aviões decolarem e andar de charrete na praça em frente com os carneirinhos puxando.Tempo do Edifício Avenida na esquina da Barão do Rio Branco com Duque de Caxias.Usar decote canoa era alta moda.
Da revista POP.Da touquinha da Miss Lene, do vestido tomara-que-caia (que as vezes caía), blusa de elastex,Ferro à carvão comprado ali perto do Zé Pinto na Bezerra de Menezes.Da feirinha da Pça. Portugal na sexta feira.Da feirinha da 13 de Maio aos sábados.Do Jardim da Menopausa (Aquarius) na Beira-mar.Início das bandas de carnavais Periquito da Madame, Que M... é essa?
Bandalheira, Quem é de Bem fica;Das Lojas Di Roma, Xepão, Xepinha, Carvalho Borges, Samasa, Esquisita, Bel Lar, a Esmeralda.O cachorro quente do Romcy!!! hummmm...

Do sorvete no Juarez.

Ir "paquerar" à tardinha, no Center Um ( primeiro shopping da cidade)Da farmácia do Seu Coelho na Avenida Domingos Olímpio, da Farmácia Oswaldo Cruz no centro, Eita!Frequentar a praia do Ideal com salva-vidas e tudo!!! ( chique!!!)

Tempo em que a Av. Sen.Virgílio Távora ainda era Av. Estados Unidos.Do Seu Edgar na rua Antonio Pompeu que consertava tudo. Entre outras coisinhas, ele colocava "virola" nos sapatos. É o novo!Comer "Passaporte de galinha" no treiller na Beira-MarTomar picolé da GELLATI.Tomar sorvete "moreninha", creme holandês e creme de ovos da Kimel.

Churros, quebra-queixos e puxa-puxa na porta do Colégio Cearense.Tomar banho de chuva nas bicas das casas.Andar de ônibus elético.Ir no Jumbo e comprar Grapete, Crush, Guaraná Wilson, TAI e Cacique e levar os cascos vazios pra trocar.Do tamanco Dr. Sholl e do sapato cavalo de aço.Tempo que "ficar" era sarrar.

Tempo em que Soft era uma bala. Hoje é sobrenome de vereadora.Do curso de datilografia na Pça. Coração de Jesus e do Curso Andrade Lima na Av do Imperador. (Vixe!!!!)

Das revistinhas Bolota, Brotoeja, Tininha, Riquinho, Luluzinha.Comprar vassoura e espanador na porta de casaComprar no centrão pote de creme Rosa Mosqueta vindo do Paraguai.Do grupo cearense Quinteto Agreste.

Do Projeto Pixinguinha no Teatro José de Alencar a preço popular onde se apresentaram 14 Bis, Nara Leão, Maria Alcina, Moreira da Silva entre outros.Inauguração das lojas Americanas no centro da cidade.Lembra dos lanterninhas nos cinemas Diogo, Fortaleza, São Luis, no centro da cidade????
Ir passar férias na colônia de férias do SESC em Iparana e na COFECO era tudo de bom.Do tempo em que IJF era Assistência.Do bar Cabaré da Pirrita na Praia de Iracema (um barzinho Irreverente na época e frequentado por políticos, intelectuais emúsicos...Das armações de óculos Cacá (cadê Cacá Cacá Cacá, tá no Boris, Boris, Boris).

Do tempo que criança usava calça enxuta (não existiam fraldas descartáveis)As propagandas do Romcy que ficava na Br. Rio Branco com Liberato Barroso.

Após o Jornal Nacional com Sérgio Chapelen e Cid Moreira você ouvia a voz do Assis Santos dizendo: "Amanhã o barato do dia Romcy é...". he he he !!!! "Romcy é Romcy, barato todo dia"!Dos bailes infantis de carnaval no América, Círculo Militar, Country, Líbano, Náutico e Clube B-25
Quando se vestia a melhor roupa para ir no centro fazer compras e no final merendar no leão do sul aquele pastel de carne com azeitona de caroso e caldo de canaEstudar OSPB e Educação Moral e Cívica. É o novo!E a mais antiga de todas: Chupar rolete de cana que vinha fincado em uns espetinhos.
Resumindo:Se você é fortalezense e tiver vivido algumas dessas coisas, é simplesmente porque viveu os melhores momentos da boêmia e dainocência na cidade de Fortaleza.

Não se trata de que estamos "velhose velhas", e sim de que nós tivemos o privilégio de vivermos o melhor do nosso tempo, o que infelizmente a atual juventude não teve e também não terá.

Era um tempo sem violências, ou melhor, tinha violência sim,(rabo de burro!!!) mas era tão pouca que a gente nem ouvia falar... Que tempo bom e que lembranças gostosas...

E muitas dessas coisas que estão aí, nem faz tanto tempo assim também não...Pense num lugar pai d'égua!
Ô tempo bom que não volta mais...

Autor desconhecido

HINO MARISTA


"Mocidade do Colégio Marista
À sombra do estandarte de Maria
Avante marchemos pela conquista
Do saber, de um sublime ideal.

Marchemos pela estrada do saber
Por Deus, pela pátria, por Maria
Por Deus, pela pátria, por Maria
Sempre trabalhar,
Sempre trabalhar,Lutar e vencer.

Em todos os instantes do nosso combater
Sejamos constantes e fiéis até morrer.
Sejamos constantes e fiéis até morrer.

Do colégio sigamos a bandeira
do Ceará, terra brasileira.

Do Ceará, terra brasileira
Conservemos as nobres tradições.
Que dos nossos ardentes corações
Este grito ressoe constantemente:

Por Deus, pela pátria, por Maria
Por Deus, pela pátria, por Maria
Sempre trabalhar,Sempre trabalhar,
Lutar e vencer."

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Revendo e vivendo o sexo


Esse texto foi escrito por Ingrid, esposa do Diêgo, meu parceiro de ABU que nos presenteou com esse texto que primeiramente foi publicado na revista Ultimato. Espero que gostem, pois eu gostei demais.


Hoje eu entendo com mais clareza o porquê do sexo depois do casamento; ou talvez pudesse dizer porque o sexo é o próprio casamento (de forma alguma querendo dizer que casamento é só sexo).

Criada na igreja, sempre foi firme a minha convicção de que sexo só pode depois do casamento. O porquê era simples: sexo antes do casamento é pecado e pode trazer consequências irreparáveis para o relacionamento depois. Confesso que a certeza do pecado era mais relevante do que a outra justificativa.

Com três anos de namoro, com perspectivas concretas para um casamento, os questionamentos eram inevitáveis: “Se o sexo é o casamento, por que a necessidade de esperar um casamento formal?”. Sei que as respostas para essa pergunta não precisam ser descritas aqui, pois são conhecidas por qualquer cristão que decide esperar pelo momento certo. Mas o que considero ser importante dizer, é que de fato vale a pena esperar.

Casei-me com seis anos e oito meses de namoro. Meu esposo e eu experimentamos o sexo pela primeira vez, dentro do nosso casamento.

A realidade é bem distante das comédias românticas e novelas que sempre me encantaram muito. As dificuldades são maiores do que podemos imaginar enquanto namoramos e vemos o nosso instinto à flor da pele. O sexo é muito mais intenso e transcendental do que podemos imaginar.

Na mistura de sonho, vontade, carícias, dor, beijos, alegrias, você e ele, há o encontro de almas, o “um só corpo”. Se acontece ou não o alcance do prazer, tão pregado e divulgado como a melhor coisa do mundo, não se pode garantir, mas que o sexo protegido pelo casamento e pelo compromisso mútuo perante Deus proporciona, ou me proporciona, o ápice do ser mulher, inteira, entregue... sim, me proporciona.

Se os dias são corridos e esse momento a dois começa a ficar desfalcado nas nossas semanas, o que ocorre não é uma necessidade física demasiada, e sim uma necessidade emocional. Uma saudade do meu esposo, mesmo tendo ele todos os dias, acordando e se deitando comigo. Uma saudade de me sentir inteira, uma inteireza que hoje só pode ser com ele.

Toda a dinâmica da aliança do casamento, firmada e consumada por meio do sexo, foi criada por Deus. Um elo que não pode ser rompido a não ser pelo poder do Senhor. Um vínculo que transcende o nosso entendimento e até mesmo o nosso sentimento.

Ingrid Monteiro de Castro Reis, 22 anos, é casada com Diêgo, cursa pedagogia na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e é membro da Igreja Presbiteriana da Pampulha, em Belo Horizonte, MG.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Para voltar a crer



Não faltam motivos para descrer da Humanidade. Vamos combinar que fizemos coisas extraordinárias, mas nossa passagem pela Terra não está sendo, exatamente, um sucesso. Para cada catedral erguida bombardeamos três, para cada civilização vicejante liquidamos quatro, a cada gesto de grandeza correspondem cinco ou seis de baixeza, para cada Gandhi produzimos sete tiranos, para cada Patrícia Pilar dezessete energúmenos. Inventamos vacinas para salvar a vida de milhões ao mesmo tempo que matamos outros milhões pelo contágio e a fome. Criamos telefones portáteis que funcionam como gravadores, computadores - e às vezes até telefones -, mas ainda temos problema com a coriza nasal. Nosso dia a dia é cheio de pequenas calhordices, dos outros e nossas. Rareiam as razões para confiar no vizinho ao nosso lado, o que dirá do político lá longe, cuja verdadeira natureza muitas vezes só vamos conhecer pela câmera escondida. Somos decididamente uma espécie inconfiável, além de venal, traiçoeira e mesquinha. E estamos envenenando o planeta, num suicídio lento do qual ninguém escapará. E tudo isso sem falar no racismo, no terrorismo e no Big Brother Brasil.


Eu tinha desistido de esperar pela nossa regeneração. Ela não viria pela religião, que se transformou em apenas outro ramo de negócios. Nem viria pela revolução, mesmo que se pagasse para o povo ocupar as barricadas. Eu achava que a espécie não tinha jeito, não tinha volta, não tinha salvação. Meu desencanto era total. Só o abandonaria diante de alguma prova irrefutável de altruísmo e caráter que redimisse a Humanidade. Uma prova de tal tamanho e tal significado que anularia meu ceticismo terminal e restauraria minha esperança no futuro. E esta prova virá neste domingo, se o Grêmio derrotar o Flamengo no Maracanã.

Se o Grêmio derrotar o Flamengo, o Internacional pode ser campeão. Mas o mais importante não é isso. Se o Grêmio derrotar o Flamengo mesmo sabendo as consequências e o possível beneficio para o arquiadversário, estará dando um exemplo inigualável de superioridade moral. A volta da minha fé na Humanidade não interessa, Grêmio. Pense no que dirá a História. Pense nas futuras gerações!

Luis Fernando Verissimo que dentre outras coisas é torcedor do Internacional

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vestibular X Mercado de trabalho


Ontem foi o vestibular 2010.1 da UECE (Universidade que curso Filosofia), e toda vez que vejo essa charge, lembro que no final do semestre estarei de formando e vejo que a questão do emprego fica cada dia mais difícil.
O que fazer ? O que escolher ? O que move nossas motivações ? Dinheiro ou vocação ?
São perguntas pertinentes que a cada dia nos tomam. Mas vida que segue e o melhor remédio pra essa crise e fazer as escolhar certas que nos motivem a fazer com excelência.
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Patativa prisioneira


Antonio Gonçalves da Silva, no registro civil, Patativa do Assaré, nome poético adotado Patativa como o pássaro do Assaré, associado à cidade onde nasceu em 05 de março de 1909 no sítio Serra de Santana município do Assaré - Ceará. Homem simples, camponês sem currículo escolar, poeta de maior expressão do verso no nordeste brasileiro.


Seus poemas são cantados por grandes ícones da música popular brasileira, lançado por Luiz Gonzaga o Rei do Baião e seguido por outros artistas consagrados como: Elomar, José Geraldo, Zé Ramalho, Elba Ramalho e muitos outros. Patativa é agraciado como Doutor Honóris Causa por quatro universidades, Cidadão Honorário de Fortaleza e Cidadão Honorário de Potiguar.


Viveu trabalhando na roça até aos 70 anos de idade, mudando-se para a cidade quand o foi impedido de trabalhar na roça devido a vista curta do olho bom, pois o outro olho perdera aos 4 anos de idade; ouvindo pouco e aleijado por atropelamento. Viveu 93 anos. Foi personagem de documentários e filmes em curta e longa metragem; autor de roteiro musical de filme; tem 06 livros publicados, participação em coletâneas e antologias.


Sua obra serviu de tema para acadêmicos no Brasil, na França e na Inglaterra; gravou alguns discos com seus poemas; por 03 vezes o aplaudiram com seus versos no Memorial da América Latina, em São Paulo; a sua cidade o eternizou num Memorial para acomodarem nele haveres, safras poéticas produzidas por Patativa do Assaré.


Em 2008 na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará tramitaram dois Projetos de Lei em homenagem a ele, sendo que um marcava a data de seu nascimento como “O Dia Cearense da Poesia”. Patativa é admirado por todos os poetas e amantes da poesia popular brasileira . O Brasil comemora o primeiro centenário do maior poeta do século XX.


Nessas três estrofes em quadra, recitando-as em plena rua, citou a situação de abandono da administração municipal. Um policial o prendeu “por desacato a autoridade política” na sala livre da cadeia, cantava uma patativa engaiolada, Patativa então cantou:


“Patativa descontente,
Nesta gaiola cativa
Embora bem diferente
Eu também sou Patativa.


Linda avezinha pequena,
Temos o mesmo desgosto,
Sofremos a mesma pena
Embora, em sentido oposto.


Meu sofrer e teu penar,
Clamam a divina lei:
Tu, presa para cantar,
Eu. Preso porque cantei”.

Patativa foi espetacular. Feliz aquele que teve contato com sua obra e sobretudo sua história.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

REGULAMENTO SÉRIE C 2010‏

Regulamento da Série C (terceira divisão) 2010:

1 – As equipes que não possuem refletores em seus estádios deverão ter os seus jogos realizados à tarde.
2 – Os estádios com capacidade inferior a 1.000 lugares deverão iniciar a venda dos ingressos 1 hora antes do início das partidas. Devendo se reservar os lugares do picoleseiro e do pipoqueiro.
3 – Cada equipe deverá apresentar os seus jogadores pelo menos com a camiseta da mesma cor, caso contrário o time da casa deverá jogar sem camisa para não confundir o juiz.
4 – O time da casa terá que trazer a bola, não valendo bola dente de leite ou de capotão.
5 – Quando um time tiver a quantidade máxima de 8 jogadores, o campo deverá ser reduzido, fazendo as traves com chinelo.
6 – Se um time começa a ser pressionado e a equipe adversária chuta muito forte, seu goleiro pode botar havaianas nas mãos para não doer.
7 – O jogador que chutar a bola para fora do estádio terá que ir buscá-la.
8 – Se mais da metade do time estiver de pés descalços, os outros jogadores têm que tirar a chuteira.
8.1 – Não serão aceitos jogadores com travas muito altas para não estragar o campo, ou machucar o adversário.
8.2 – De preferência, eles deverão usar Kichute.
9 – Caso um time estiver jogando muito mal, um jogador da outra equipe poderá trocar de time para equilibrar a partida.
10 – No final da partida será disponibilizada uma mangueira para os jogadores tomarem um banho rápido.
10.1 – O sabonete ficará por conta de cada um.
11 – Os preços dos ingressos já estão estipulados:
Sentado – R$ 1,00; Sentado no Chão – R$ 0,50; Em pé escorado – R$ 0,25; Em pé sem escora – R$ 0,10; Agachado – R$ 0,05
E quem será o campeão ?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sábias Palavras


"Não existe fracasso no erro, e sim na desistência."

Mário Sérgio Cortella

Texto de Lédio Carmona sobre o acesso do Ceará S.C.



Raramente o futebol é justo. A Série B em 2009 foi um desses minguados casos. Subiu quem merecia. O quarteto que comandou o G4 durante 80% da competição bateu martelo na penúltima rodada e está de volta à primeira divisão. Todos com méritos e trabalho bem-feito. Do Vasco já escrevemos demais. Montou um time razoável, uma comissão técnica de grife e ganhou a segundona. Clube do tamanho do Vasco não tem outra opção. Se joga a B, tem que vencer. E assim foi feito. Agora é montar um time com cara de A, convencer Dorival Junior a permanecer, o que nesse momento é muito difícil, e manter a comunhão com os torcedores. E os outros?


Não me lembro de um time que tenha começado a Série B na lanterna e conseguido terminar no G4. O Ceará foi assim. Campanha irretocável. Superou preconceitos, sacanagens, gol descarado com a mão, receita enxuta e foi à luta. O Vozão bateu no peito e disse: ” A vaga é minha”. Contra tudo e contra todos. Vencendo bairrismo, patotas e hipócritas, camufladamente espalhados pelo Brasil. Seja bem-vindo, Ceará.


O Guarani também está de volta. Campeão brasileiro em 1978, superou uma crise financeira, a desconfiança dos torcedores, apostou na experiência de Vadão, montou um elenco com critério e também subiu. É bom ver o Bugre de volta. Tem tradição, tem história, tem estofo. Não é time de passagem. O Guarani tem uma trajetória. E só tem a somar ao Brasileirão.


E, por último, o Atlético Goianiense, dono do ataque mais positivo entre todas as divisões do Campeonato Brasileiro: 73 gols. Um time que joga voltado para o ataque, até meio romântico, e talvez por isso tenha oscilado tanto na competição. Mas, após idas-e-vindas, o rubro-negro goiano subiu. Também merece os parabéns. Nunca um G4 foi tão perfeito e coeso.

Lédio Carmona é Pai do Pequeno Bob, o niteroiense Lédio Carmona é jornalista há 23 anos. Esteve nas últimas cinco Copas do Mundo. Trabalhou em grandes jornais, como Jornal do Brasil, O Globo e Diário Lance, foi repórter, editor e colaborador da Revista Placar e chefe de reportagem da TV Globo. Atualmente é comentarista do SporTV e blogueiro do GloboEsporte.com. O atual blog é o segundo de sua trajetória na grande rede, iniciada com o Jogo Aberto, espaço que comandou entre 2005 e favereiro de 2009.

Obrigado


Obrigado ao Buiú.

Se não fosse aquele gol do Central aos 36 do segundo tempo, teríamos seguido em frente na Copa do Brasil. Daí, com um pouco mais de sorte, poderíamos ter superado o Vasco na fase seguinte. Lotaríamos o Castelão, relembraríamos o vice de 94, falaríamos mais uma vez que o Ceará tem tradição na competição e, finalmente, chegando às oitavas ou quartas, aquele velho sentimento de dever cumprido se transformaria em desculpa: "é, até que fomos longe".

Obrigado ao Douglas.

Se não fossem os verdadeiros milagres operados pelo goleiro do Fortaleza na final, teríamos sido campeões cearenses. Aí, com a faixa no peito, teríamos coroado a incompetência de um péssimo segundo turno. Teríamos entrado num lenga-lenga de Parque dos Campeonatos X Reconhecimento de Penta X Maior Torcida do Estado e versus tudo que é discussão sem fim. E, por fim, teríamos zoado tanto o nosso rival, que por sua vez teria se reforçado muito mais para a série B e, sem precisar do Chiquinho de Xangô ou Bento XVI, talvez hoje tivesse numa situação menos vexatória.

Obrigado às seis primeiras rodadas.

Se não fosse o desastroso começo de campeonato, provavelmente teríamos prosseguido com o Zé Teodoro. Assim, com uma derrotinha aqui e uma zoninha acolá, teríamos feito a décima sétima proposta para o Givanildo - e escutado o décimo sétimo "não". O tabu de não vencer fora estaria completando 3 anos, e o seis de 16 anos de Série B estaria pintando o 7. PC Gusmão seria treinador do Fluminense. Geraldo, meia do Naútico. E o Mota, bem, o Mota estaria comendo carne de cachorro na Coreia e fazendo uma ruma de gols pra gente ver só no Youtube.

Obrigado ao Wellington Silva, ao Charles Hebert e à Ticiane Falcão.

De coração, gostaria de cumprimentar pessoalmente cada um deles. Dando a mão, claro. Tudo bem, se não fosse o digno trio, poderíamos ter empatado ou até vencido aquele jogo contra o Paraná. Mas aí, pense bem, não teríamos escutado o PC Gusmão garantir para todo o Brasil, na vigésima quinta rodada, que o Ceará iria subir, sim senhor. Não teríamos mostrado para o restante do país o quanto cearense é tinhoso, o quanto temos sangue nos olhos e, principalmente, o quanto nos tornamos invocados quando arengados.

Obrigado à Varicela.

Se não fosse fosse a catapora do Rômulo, é possível afirmar que o Sérgio Alves não teria sido relacionado para nenhuma partida. Certo, sem o Carrasco, poderíamos até estar onde estamos. O Luizinho poderia ter desencantado, o Preto poderia ter voltado a marcar e, inesperadamente, o Éslei poderia mostrar a que veio. Mas, uma coisa é certa, sem as bolinhas vermelhas do Rômulo, não teríamos visto um estádio ir à loucura, vibrando com um gol aos 44 do segundo tempo - literalmente chorado. Não teríamos cantado mais uma vez a música que está virando segundo hino e, o que é pior, não teríamos a imagem de um dos nossos maiores ídolos, aos 39 anos de idade, comemorando um gol feito um menino.

Obrigado.

Não, não vou agradecer ao PC Gusmão, ao Geraldo, ao Michel, ao Mota, ao Boiadeiro, ao Fabrício, ao Evandro Leitão, enfim, não vou agradecer a ninguém que hoje faz o Ceará Sporting Club. Não agradeço porque, simplesmente, não consigo. Com palavras, não. Mesmo sendo redator, mesmo escrevendo trocentos textos, há trocentos anos, definitivamente não sei expressar o tamanho dessa gratidão. Ok, posso até dizer obrigado pelos gols, pelas vitórias e pelo acesso à série A. Se fosse assim, estaria feito. Mas é que pra mim, o Ceará, este Ceará aí, é bem mais do que isso. E é aqui que a coisa começa a ficar preta. E branca. Por exemplo, como que eu posso agradecer pela felicidade de ver um sujeito, que não ia ao estádio há 10 anos, vibrar e marejar a cada gol do Vozão? Ainda mais quando este sujeito é seu próprio pai? Por favor, quem conseguir descrever, aceito currículos. E mais: como é que eu posso ser de fato gentil a quem está fazendo com que nossas crianças tenham mais orgulho em ser Ceará do que torcer um time de SP ou do RJ?

É, acho que é por isso que, no lugar de escrever, torcedor expressa paixão - e gratidão - cantando: Valeu, Vovô. Valeu, Vovô...

Cyro Thomaz é publicitário

Um novo ciclo


Por Felipe Araújo *

Há exatos dez anos, no fim da temporada de 1999, o então presidente do Ceará Sporting Club, Átila Bezerra, participava de uma mesa redonda dominical numa emissora local de TV e avaliava as perspectivas do clube para o ano seguinte. O Ceará acabara de ser tetracampeão estadual; batera na trave na disputa por uma vaga na primeira divisão do Campeonato Brasileiro – perdendo a vaga para o Goiás –; via seus rivais locais afundados em graves crises financeiras; e estava na iminência de fechar uma parceria com o banco Icatu Hartford, que prometia reinventar o modelo de gestão esportiva no futebol cearense a partir da profissionalização dos quadros da administração alvinegra. Para 2000, anunciou o mandatário, o (segundo) pentacampeonato estadual estava garantido e a sonhada vaga na elite do futebol brasileiro era apenas uma questão de tempo em função dos novos ares em Porangabuçu.


Mesmo o mais desconfiado dos alvinegros não poderia imaginar quão infelizes seriam aquelas declarações. A partir de 2000, a era de aquarius para o Ceará virou uma quadra de tristeza e frustrações. O calendário alvinegro passou a ser pautado pelas disputas fratricidas entre seus dirigentes, pela demagogia e pela incompetência administrativa de seus gestores, pela obtusidade e pelo cinismo de setores da imprensa comprometidos com interesses inconfessáveis dentro do clube e, por tabela, pela impaciência da torcida. Com isso, os anos 00 foram uma das piores décadas da história alvinegra: a fogueira de vaidades em que ardia o ego dos tragicômicos “cardeais alvinegros” inviabilizou a parceria com o banco e legou uma herança maldita que durante anos assombrou as contas de Porangabuçu, o clube viu seu principal rival renascer das cinzas, conquistou apenas dois campeonatos cearenses (embora o campeonato de 2004 não tenha sido decidido dentro de campo por conta de uma constrangedora armação da FCF) e balançou por diversas vezes na corda da bamba que dava para o abismo da terceirona.


Ontem, o Ceará chegou por seus méritos (sem precisar ser guinchado de divisões inferiores, ressalte-se) à elite do futebol brasileiro. Uma campanha que emocionou a maior (e mais fiel) torcida do Estado e arrancou elogios mesmo dos comentaristas mais sisudos. Dentro de campo, o time de PC Gusmão soube combinar o pragmatismo tático com a garra exigida pelas arquibancadas. Não houve futebol vistoso, mas houve futebol compromissado. Nenhum novo Zé Eduardo despontou, mas bons jogadores (Mota, Geraldo, Michel, Boiadeiro, Erivelton, Misael, Fábio Vidal e outros) vestiram com muita dignidade a camisa alvinegra e suaram lágrimas junto com a massa.


Fora de campo, a gestão de Evandro Leitão abraçou com seriedade e competência o desafio de comandar a maior paixão esportiva do Estado, implementando novas práticas gerenciais e reerguendo a auto-estima do torcedor alvinegro. Dez anos depois da famigerada barrigada do então presidente alvinegro, que deu início a um ciclo a ser esquecido pelos alvinegros, Evandro tem a oportunidade de novamente olhar para o futuro anunciando uma nova era para o Vozão. Um novo ciclo marcado não pela presunção vazia ou pela vaidade inútil; mas pelo planejamento e pela seriedade no trato com o patrimônio alvinegro. Um novo tempo marcado não apenas pelo desafio de montar times vencedores, mas pela missão de fazer do Ceará um grande clube.


É o que deseja o torcedor alvinegro, que hoje vai dormir bêbado de alegria, comemorando o tão sonhado acesso de nosso time querido. Mas que amanhã vai acordar com o desafio da primeira divisão pela frente.



Parabéns, Vozão!
*Felipe Araújo é jornalista

Classe operária chega... à elite


União do grupo, comando firme, porém compreensivo e amigo, vaidades pessoais passando longe, idem para mercadores de jogadores, líder que defende e intermedia os interesses do grupo e principalmente uma torcida como poucas, esses são alguns dos ingredientes que levaram o Ceará Sporting, após 16 anos, de volta à Primeira Divisão do futebol brasileiro.


Antes, havia um pensamento pequeno: “Subir pra que, só para cair no ano seguinte”. Ouvi isso de um ou outro torcedor, porém mais de diretores. O torcedor alvinegro, renda per capita à parte, sabe da força que tem e por isso pensa grande. Tem consciência de que o seu comparecimento aos jogos é suficiente para bancar as despesas do clube. O que entrar além disso é lucro. E sabe também que o Ceará precisava, antes de tudo, acabar com o velho vício de diretor tirar dinheiro do bolso para pagar salário e bicho de jogadores e comissão técnica.


Agora, que o sonho em preto-e-branco se transformou em realidade, passemos à etapa seguinte. Vamos fortalecer as escolinhas para formar os próprios craques, alvinegrinhos que crescerão na luta pelo objetivo comum: fazer o Ceará grande. E manter a base atual, em busca não apenas de “se manter” ou “não cair”. Afinal, é preciso pensar maior... E continuar sonhando!


Neno Cavalcante é jornalista e dentre outras atividades é um ilustre torcedor do Ceará S.C.

domingo, 22 de novembro de 2009

Nosso amor é de PRIMEIRA.


Meu time do coração é o Ceará Sporting Club, 40 vezes campeão do estadual cearense e de maior torcida do Nordeste. Pois é, o VOZÃO, como é carinhosamente conhecido, voltou a PRIMEIRA DIVISÃO do Brasileiro. Na capital do Ceará é só alegria.

Eu que acompanho futebol desde de meus 12 anos, vi o Ceará ser campeão "arrastão" em 1993, dei volta olímpica com o troféu e no segundo semestre vi o Ceará jogando a primeira divisão. Pena que naquele ano caímos pra série B, e por lá ficamos 16 anos, onde nesse tempo "batemos na trave" na possibilidade de cair.
Prova disso, além de salários atrasados, pagamentos em saco plástico, etc., é que, antes da campanha de 2009, se fizermos um balanço com as outras 15 temporadas em que o time ficou na Série B, o alvinegro estava, digamos, "negativado". Saldo de gols no negativo, mais derrotas do que vitórias, e, em apenas 2 oportunidades conseguiu terminar a competição entre os 10 primeiros. A campanha de 2009 equilibrou as contas deixando até um saldo positivo. Um absurdo para um time da grandeza do Ceará.

Mas o bom trabalho foi coroado na tarde de ontem em Campinas, depois da vitória sobre a Ponte Preta o Ceará conseguiu com 1 rodada de antecedência o acesso a 1° divisão. Parabéns jogadores, comissão técnica, diretoria e sobretudo a torcida alvinegra.

Demorou , mas nada melhor que subir no campo, sem canetada e contra tudo e contra todos.

Nosso amor é de PRIMEIRA! Valeu Vozão

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Consciência Negra


O dia 20 de novembro é o dia da Consciência Negra. A data foi escolhida pelo Movimento Negro em contraposição ao 13 de maio (dia da suposta abolição da escravatura) e é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, que faleceu neste dia há 308 anos. Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares - que é considerado o maior foco de resistência negra à escravidão no Brasil. Mais de três séculos após a sua morte, constata-se que o racismo não deixou de existir, ou de se manifestar cruelmente. Na verdade, a opressão de cor somente modernizou-se, assim como a sociedade da opressão modernizou suas formas de dominação durante os anos

Aos que não estão "ocupados" demais com o feriado é uma otima oportunidade para refletir sobre o papel da palavra CONSCIÊNCIA em nosso cotidiano.

E vida que segue.

Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia mundial da filosofia


Hoje é o dia mundial da filosofia. Você sabia ? Pois fique sabendo. Um dia do calendário mundial dedicado à Filosofia foi o que a UNESCO instituiu para que o papel da Filosofia seja fortalecido e para que seja reconhecida sua fundamental importância para a sociedade. Uma nova data para uma prática tão antiga como é o filosofar. Esse dia é a terceira quinta-feira do mês de novembro que, pelo 8º ano vêm sendo comemorado com grandes eventos em todo o mundo e, através desses eventos, se oportunizando a criação de espaços para o diálogo intercultural, para se debater o ensino da filosofia, para gerar novas perspectivas sobre a contemporaneidade e o mundo. Esses eventos marcam a história, reacendendo os debates filosóficos em todo o planeta.

Respeito pelos filósofos

Há quem encare os filósofos como deuses ou como sábios: com muito respeitinho, não ousando discordar deles. Para essas pessoas, as palavras de um filósofo são como a voz de um oráculo que, em vez suscitar discussão, é preciso aceitar e repetir respeitosamente. Mas isso é a própria negação da filosofia, pois é um convite à suspensão da nossa capacidade crítica.

Olhar para os filósofos desta maneira é confundir filosofia com religião. Além de que, por incrível que possa parecer a algumas pessoas, os filósofos são seres humanos como os outros: comem, dormem, amam, choram, vão à praia, usam telemóvel e... erram. Assim, a melhor maneira de respeitar um filósofo é encará-lo simplesmente como filósofo – não como pregador – discutindo criticamente as suas ideias. O que os filósofos querem é respeito, não respeitinho.

Eis, pois, algumas afirmações de filósofos importantes que, com o devido respeito, me parecem disparatadas:

Do que não se pode falar, há que ficar em silêncio. Wittgenstein, o autor desta afirmação, considerava que o mais importante é precisamente o que não pode ser dito. Mas deverá esta afirmação ser levada a sério? Se sim, Wittgenstein está a ser incoerente, pois está a exprimir algo acerca do que não se pode falar. Razão parece ter um outro filósofo, Frank Ramsey, ao comentar que o que não pode ser dito nem sequer pode ser assobiado. Pelo que se vê, Wittgenstein fez mais do que assobiar, pois não conseguiu ficar em silêncio acerca do que não se pode falar.

Até aqui os filósofos têm-se dedicado a interpretar o mundo, porém o que importa é transformá-lo. Marx, autor da frase, dava uma prioridade à praxis (prática ou acção) em relação à teoria. Mas há demasiados exemplos de que a prática, quando não é iluminada por uma compreensão prévia da realidade, acaba por se tornar cega e mesmo perigosa. Como sabemos o que transformar ou sequer se podemos mudar o que ainda não tentámos compreender? E será que é realmente importante mudar o que eventualmente possa estar bem? Não será fundamental saber antes o que está bem ou mal e porquê para sabermos se vale realmente a pena mudar seja o que for? Assim, a ideia subjacente de que a teoria e a prática são coisas divergentes é manifestamente errada e até perigosa.

O que não me mata torna-me mais forte. Disse-o Nietzsche, mas também o dizia a minha avó, que nunca ouviu sequer falar de Nietzsche. E até já a avó da minha avó o dizia também, só que de uma forma ligeiramente diferente: o que não mata engorda. Mas basta pensar um pouco para ver que tanto Nietzsche como a minha avó foram algo precipitados a tirar conclusões, o que se desculpa mais à minha avó do que a Nietzsche. A ideia de Nietzsche é a de que a vida é para ser vivida sem restrições, sem disfarçar a dor e a alegria, como acontece com os mais fortes e corajosos, que nada recusam. Assim, dar o peito às balas é próprio dos mais fortes. Só que há balas que não matam mas moem, deixando-nos fracos e feridos para o resto da vida. Nem Nietzsche nem a minha avó foram incapazes de evitar uma falácia muito comum: a falácia da generalização precipitada.

Claro que as frases destes filósofos têm mais que se lhe diga e o contexto em que foram produzidas pode dar-lhes outro sentido. Mas tem de se começar a discussão por algum sítio e isto é só um princípio de discussão.

A todos que são amigos do saber, parabéns.

Milésimo gol, 40 anos

Faz 40 anos que o único 1000° gol da história do futebol profissional foi marcado por Pelé, contra o Vasco, no Maracanã.
Sobre a façanha, outro gênio brasileiro escreveu:

"O difícil não é fazer mil gols como Pelé. O difícil é fazer um gol como Pelé".
Nada a acrescentar depois de Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Hábitos que transformam‏


Em 1989, o reverendo John Stott veio ao Brasil para falar num dos congressos da VINDE -- Visão Nacional de Evangelização. Depois de uma de suas palestras, nos reunimos para conversar com ele. Era um grupo pequeno de jovens pastores, sentados em torno de um dos maiores expositores bíblicos da nossa geração, perto de completar 70 anos. A conversa seguiu animada. Ele nos deu liberdade para perguntas pessoais e, entre outras, não faltaram aquelas sobre o porquê de não se casar.

Porém, de todas, guardei apenas a resposta que ele deu quando lhe perguntaram sobre a razão do seu longo ministério tão frutífero. Ele respondeu: “Leio a Bíblia e oro todos os dias, vou à igreja todos os domingos e nunca falto à celebração da Eucaristia”. A resposta foi surpreendente por sua simplicidade.

Sabemos que ler a Bíblia e orar todos os dias, ir aos cultos e participar da Ceia nunca foram, por si só, sinais confiáveis de espiritualidade, muito menos um caminho seguro para a maturidade. Muitas pessoas fazem isso por puro legalismo. Por outro lado, sabemos também que não fazer nada disso é um caminho seguro e certo para o fracasso espiritual.

O doutor James Houston, criticando o abandono da leitura devocional em nossos dias por uma literatura funcional e pragmática, afirma: “Os hábitos de leitura do chiqueiro não podem satisfazer a um filho e aos porcos ao mesmo tempo”. Ao usar a imagem da Parábola do Filho Pródigo, ele nos chama a atenção para o risco de nos acostumarmos com a vida do chiqueiro. Para Houston, as práticas devocionais nos ajudam a perceber que existe algo maior e mais excelente na vida de comunhão com o Pai.

O reverendo A. W. Tozer (1897-1963) escreveu um artigo afirmando que “Deus fala com o homem que mostra interesse”, e que “Deus nada tem a dizer ao indivíduo frívolo”. Mais do que cultivar o hábito de ler a Bíblia, orar e participar do culto, o que na verdade fazemos quando cultivamos estas práticas devocionais é demonstrar o interesse vivo que temos por Deus e por sua Palavra.

Da mesma forma como a vida necessita do básico (ter o suficiente para comer e vestir, onde descansar), a natureza da vida espiritual repousa sobre o que é essencial (Bíblia, oração, comunhão, adoração e missão). São esses hábitos básicos que nos colocam no lugar onde podemos experimentar a graça de Deus e crescer.

Há hoje muita oferta para a vida e para a espiritualidade. A sedução do supérfluo despreza o essencial. Vivemos o grande perigo de negar o básico, achando que podemos experimentar a graça de Deus e provar sua bondade e amor sem nos aquietar e deixar que sua Palavra molde nosso caráter, que a oração fortaleça nosso espírito e que a comunhão nos sustente em nossa identidade como povo de Deus.

As disciplinas espirituais básicas cultivadas pelo reverendo Stott ao longo de sua vida formaram seu caráter como cristão. Nada pode substituir a prática diária da oração nem a leitura devocional das Escrituras. Nada substitui o valor do culto comunitário nem o mistério da Eucaristia. O cultivo destas disciplinas requer de nós não apenas tempo e perseverança, mas também humildade e coragem para sermos transformados pelo poder de Deus.

Deus não nos chamou para a realização pessoal, mas para a comunhão pessoal e íntima com ele e o próximo. Deus não nos chamou para sermos operários agitados do seu reino, mas para amá-lo e amar ao próximo de todo o coração. Os hábitos devocionais libertam-nos da “normalidade” do chiqueiro e nos transportam para uma existência de comunhão com Deus que enobrece a vida. São estes hábitos que preservam nossos olhos voltados para o alto, para que, aqui na terra, nossa existência ganhe a grandeza dos ideais divinos.
As práticas devocionais fazem parte do processo formativo da alma diante de Deus. Precisamos cultivá-las a fim de permanecermos em sintonia com o reino de Deus, que molda o nosso caráter em Cristo. É a palavra de Deus que devolve a vida aos “ossos secos” da agitação moderna.

Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

sábado, 14 de novembro de 2009

Juntar as mãos


O ato de juntar as mãos em oração é o começo de uma insurreição contra a desordem do mundo.

Karl Barth

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

UM BOM DIA


5 passos para começar bem o dia.


1 - Inicialize o computador.

2 - Crie um novo arquivo.

3 - Salve-o como o nome "Torcedor do Fortaleza".

4 - Clique em "excluir". Vai aparecer a seguinte mensagem:"Tem certeza que deseja enviar 'Torcedor do Fortaleza' para a lixeira?"

5 - Clique "sim".

Pronto, seu dia começará bem melhor.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A queda do muro de Berlim

Portão de Brandemburgo, hoje
A queda do muro de Berlim encerra um ciclo da história mundial que se iniciou com a Revolução Russa de 1917 e teve seu apogeu nas décadas de 1950 e 1960 com a assim chamada guerra fria. O mundo nesse período foi regido por uma lógica bipolar, resultado do conflito em escala planetária das superpotências militares, Estados Unidos e União Soviética, que representavam modelos econômicos e ideológicos antagônicos. Parecia assim ter fim o maior conflito ideológico da história humana com a desmontagem do bloco socialista e a consolidação do processo de globalização econômico levado a cabo pelos países capitalistas centrais.
O historiador americano Francis Fukuyama apressou-se em interpretar a queda do muro de Berlim como índice do fim da História, do fim dos conflitos ideológicos e como prova empírica irrefutável da superioridade da economia de mercado sobre qualquer forma de controle da atividade econômica pelo poder estatal. Mesmo discordando das análises de Fukuyama, não se pode negar que o colapso do bloco socialista europeu teve duas conseqüências imediatas: primeiro, acelerou o processo mundial de liberalização do fluxo de mercadorias, serviços e capitais em escala global com a desmontagem das economias periféricas, menos competitivas e muito mais vulneráveis aos ataques especulativos do capital financeiro; segundo, abalou intensamente o pensamento critico e a postura da esquerda que via no capitalismo um sistema social de opressão, pois produz a mercantilização das pessoas, a concentração do poder e dos meios de produção, gera alienação social, explora e danifica profundamente a vida no planeta. Apos 20 anos, como avaliar os efeitos desastrosos da hegemonia do pensamento neo-liberal e a desarticulação e desutopização provocadas no campo do pensamento social crítico?
Checkpoint Charlie, um dos pontos de passagem entre os lados da cidade
As maiores vítimas da onda de globalização sob hegemonia neoliberal foram os trabalhadores e as coletividades nacionais, com privatização maciça das empresas públicas, forte redução dos direitos trabalhistas e do poder reivindicatório dos sindicatos, perda do poder político dos Estados e conseqüente perda de soberania nacional, larga privatização da saúde e da educação, com o conseqüente sucateamento de hospitais públicos e de escolas públicas. Como afirmava Immanuel Wallerstein, há alguns anos atrás, o neoliberalismo tem um custo social enorme, com aumento da pobreza e da exclusão social e com a deslegetimação das lideranças locais, nacionais. Dessa maneira, o sistema se torna incapaz de resolver as crises produzidas por ele próprio: a crise social, com níveis de desigualdades intoleráveis, e a questão ambiental, resultado de uma atividade produtiva predatória e sem limites.
A recente crise no sistema global explicita as contradições do capitalismo e põe em suspeição a ideologia neoliberal que o sustenta.

O muro cerca o Portão de Brandemburgo, entrada de Berlim Oriental

Novo mundo No entanto, o fato mais auspicioso dos últimos anos é a rearticulação do pensamento social critico e das formas de luta, de insubmissão e de resistência social. Em breve, estaremos comemorando os 10 anos de instalação do Fórum Social Mundial, que foi decisivo enquanto instância de reorganização do pensamento de esquerda e de combate ao neoliberalismo. Trata-se aqui, sobretudo, como explicitou o sociólogo Emir Sader, de construir a esfera pública em contraposição à esfera mercantil, de resgatar a autonomia do político em contraposição à lógica instrumental capitalista. É exatamente na America Latina, que hoje se rearticula de uma forma mais protagônica uma nova esquerda, preocupada com as minorias, com a questão ambiental, com a democratização dos meios de comunicação, com a multiculturalidade. A America Latina tem hoje um numero razoável de governos preocupados em defender a soberania nacional, em construir alternativas às investidas imperialistas do capitalismo central, em resgatar sua dívida social e em preservas suas riquezas naturais.
Vinte anos após a queda do muro de Berlim, podemos nos dar conta que tudo não passou de um espetáculo, uma piada de mau gosto, que muro nenhum ruiu, que há muitos muros sendo construídos diariamente e que precisamos empunhar sempre um martelo entre as mãos... Ou uma foice... Nós, os alertas...
José Maria Arruda é Doutor em Filosofia pela Universidade de Essen/Alemanha com Pós-Doutorado na Universidade de Aachen/Alemanha e atualmente Professor Associado II do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.

domingo, 8 de novembro de 2009

Porque hoje é domingo (01)


Como andam as universidades no Brasil? O que elas tem produzido? Qual a função social que elas tem ocupado ? Como andam os concursos para as universidades públicas ? Fica aqui a reflexão ...

Deus abençoe a todos.
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

sábado, 7 de novembro de 2009

Charge desta sexta (6/11/09) do O POVO


Boa sorte e vida longa ao nosso representante cearense na série B 2010.
Força ICASA
Com o empate, o Leão já fez o check-in para embarcar rumo à Série C
Vai em paz, Alecrim-RN, Paysandu-PA, Central de Caruaru e outras "potencias" te esperam.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O constante diálogo

Há tantos diálogos
Diálogo com o ser amante
o semelhante
o diferente
o indiferente
o oposto
o adversário
o surdo-mudo
o possesso
o irracional
o vegetal
o mineral
o inominado
Diálogo consigo mesmo
com a noite
os astros
os mortos
as idéias
o sonho
o passado
o mais que futuro
Escolhe teu diálogo
e
Tua melhor palavra
ou
Teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
Dialogamos.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Falando ao coração


Meu Deus,

Eu não tenho idéia para onde estou indo,

Eu não vejo o caminho à minha frente,

Eu não tenho certeza onde ele termina

E tampouco me conheço,

E o fato me conheço,

E o fato de pensar ou achar que estou seguindo a Tua vontade

Não quer dizer que estou seguindo-a de fato.

Mas eu creio, Senhor,

Que o desejo de agradar-te, realmente agrada.

E eu espero que em tudo que eu faça,

Esteja esse desejo presente

E que eu não faça nada em que não esteja presente este desejo.

E se assim o fizer,

Tu me guiarás pelo caminho certo e verdadeiro,

Embora eu nada saiba sobre ele.

Em ti confiarei, portanto,

Mesmo que me sinta perdido e na sombra da morte,

Eu não temerei, pois estás sempre ao meu lado,

E jamais permitirás que sozinho enfrente os perigos

E dificuldades dessa viagem.


Com vocês, ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

terça-feira, 27 de outubro de 2009

É preciso não esquecer nada



É preciso não esquecer nada:
nem a tormenta aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.


É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.


O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.


O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a ideia de recompensa e de glória.


O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.

Cecília Meireles

domingo, 25 de outubro de 2009

Porque hoje é domingo (00)


Agora todo domingo, que é o dia que eu não costumo fazer muita coisa, vou postar uma charge aqui , que apesar de suscitarem gargalhadas, é uma oportunidade de refletirmos.

Bom dia e e não é porque é domingo que você não vai fazer algo importante, então desliga o computador e vai ler um livro, o boletim dominical da igreja ou vai procurar no jornal um emprego que trabalhe pouco e ganhe muito (esse hoje em dia é um grande desafio).

Deus abençoe a todos.
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

sábado, 24 de outubro de 2009

10 maneiras de dizer eu te amo

O site Solomon1, fez uma lista de ações que vão além do dizer eu te amo. É muito válido dar uma lida e por em prática.Quantas vezes perdemos a oportunidade de expressar nosso carinho por aquela pessoa tão querida que o Senhor nos deu.

Então confira e depois deixe seu comentário:

1. Deixe Bilhetes (em lugares diferentes)

Talvez a vida tenha se tornado tão corrida que seus horários não coincidem com o da pessoa amada. Que tal deixar bilhetes em um local inesperado? Deixe um bilhete para seu filho (a) dentro da merendeira - é um bom começo. Que tal um bilhete carinhoso na geladeira, espelho do banheiro, no travesseiro, na tela do computador…?

2. Abrace

Contato físico pode significar muito, um abraço pode ser exatamente o que sua pessoa amada precisa para abrir um belo sorriso. Seja sentado no sofá assistindo TV, um abraço de boa noite nas crianças… Não economize! Receber um abraço carinhoso de outra pessoa é uma bela maneira de se sentir amado.

3. Escreva um Poema

Uma bela maneira de dizer “Eu te amo” é escrevendo um poema. Você não precisa ser um Shakespeare - apenas pense em algo sincero, original e que reflita seu amor por essa pessoa… e passe isso para o papel. Tente não partir pro lado dos “seus belos olhos…” ou “seu perfume é como uma flor…”. Escreva com seu coração, sem medo de ser feliz. Não precisa ser um poema com belos dizeres, pode escrever sobre o que você achar importante para você, como por exemplo, a forma como você adora quando essa pessoa dá boas risadas de algo engraçado, ou o cheirinho que fica no travesseiro após a noite. Use sua imaginação!

4. Dê um Presente Inesperado

Tenho certeza que você presenteia a pessoa amada nos aniversários, Natal, e outras ocasiões como Dia dos Namorados, etc. Mas que tal presentear essa pessoa por simplesmente ela existir e ser tão especial para você? Esse gesto pode gerar um momento de completa alegria para ambos, e o presente não precisa ser algo de valor material. Algumas dicas de presentes: chocolate, flores, um livro, tenho certeza que você saberá como agradar sua pessoa amada, basta pensar um pouquinho e uma ideia irá brotar em sua cabeça. Com muita criatividade e um pouco de dinheiro você encontrará uma maneira perfeita de dizer “Eu te amo” e surpreender essa pessoa.

5. Faça (sem a pessoa pedir)

Escolha alguma coisa para ajudar sua pessoa amada e faça sem que ela tenha que pedir você para fazer. Se sua esposa é quem arruma a cama todas às manhãs, arrume para ela sempre que lembrar, se você geralmente tem de ser praticamente “rebocado” para ajudar com as louças na cozinha, surpreenda… vá e lave tudo com carinho. Encontrar maneiras de melhorar o dia da pessoa amada deixa transparecer o quanto ela é importante pra você.

6. Dêem as Mãos

Assim como abraçar, dar as mãos é algo que podemos deixar meio de lado depois de algum tempo de convivência. Experimente dar as mãos a sua pessoa amada enquanto estiverem andando nas ruas, ou enquanto esperam uma refeição no restaurante. Manter contato físico é importante para se sentirem perto um do outro emocionalmente. É especialmente importante se for preciso conversar sobre um assunto difícil ou importante. Dar as mãos pode também ser um gesto de suporte se sua pessoa amada se sinta pra baixo ou magoada.

7. Faça uma Refeição Especial

Se na Sexta-feira vocês geralmente saem para comer fora, que tal mudar uma vez ou outra e cozinhar? Elabore em um prato especial para sua pessoa amada (não precisa ser uma ocasião especial pra isso). Lembre-se do cardápio predileto dela, dedique-se a preparar a mesa de forma com que ela fique realmente surpresa com sua atitude, e novamente você está dizendo “Eu te amo” sem falar uma palavra. Esse mesmo exemplo vale para quem come em casa todas as Sextas, que tal variar um pouco e surpreender levando a pessoa amada em um lugar que ela goste?

8. Se vista Bem

Tenho certeza que nos primeiros momentos do relacionamento você se preocupava com o visual, tentando sempre estar com boa aparência. Claro que é maravilhoso chegar a um nível de intimidade onde você pode ficar de pijamas, ou vestir aquela camisa grande e com a gola velha e desbotada… mas se vestir bem em algumas ocasiões pode trazer uma pitada de novidade e um ar diferente no relacionamento. Em uma de suas escapadas, vá a um restaurante diferente, talvez até mais requintado… algo que não venha a te prejudicar financeiramente, ou apenas vista-se bem para um jantar a dois em casa. Você vai ver como isso pode fazer a diferença.

9. Massagem nos Pés/Ombros/Costas

Nossa vida é corrida e pode ser estressante, após um dia de trabalho quem não gostaria de receber uma bela massagem? Uma massagem nos pós, ombros, costas é uma outra ótima maneira de dizer “Eu te amo” e me preocupo com seu bem estar e conforto. E como já foi dito, é outro contato físico, o que também é importante.

10. Escute

É fácil falar ao mesmo tempo ou simplesmente não prestar atenção no que sua pessoa amada está falando, você pode estar mais atento ao noticiário, lendo um jornal, respondendo um email, etc. Aprenda a ouvir sua pessoa amada - quando ela deseja falar, pare o que você está fazendo, direcione sua atenção ao que ela tem a lhe dizer. Aprenda a escutar até mesmo o que ela não diz: suas preocupações, problemas e até mesmo pequenas dicas de coisas que ela gosta. Olhe para a pessoa e deixe-a saber que você realmente está ali e naquele momento você está dedicado ao que ela tem a dizer. Faça o teste e dependendo da situação você vai se assustar com a reação da pessoa ao perceber que ela realmente está sendo escutada.

Estou certo que existem muitas outras maneiras de dizer “Eu te amo” sem ser verbalmente - quais as maneiras você conhece ou usa para demonstrar seu amor? O que a pessoa que você ama já fez para você e realmente te surpreendeu?

Com vocês ao serviço d’Ele
Thiago Oliveira Braga

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Reiterado agradecimento


Galera, o aniversário passou e fiquei super feliz com as mensagens pelo celular, e-mails, ligações,scraps,twittadas e por mais difícil que possa vir a ser as congratulações feitas pessoalmente (é verdade, hoje em dia AINDA existem gestos concretos).
Muito obrigado a todo pelo carinho, tanto pelos de longe quanto os que estão pertinho, me alegro com todos vocês no dia de hoje.


Eu anotei todas as maneiras as pessoas se dirigiram a mim, daí você tira como as formas são as mais ecléticas que poderia imaginar, mas independente de como se dirige, o importante é que seja sincero e de coração.
Thiago
Thi
Parceiro
Meu vei
Cara
Sofredor
Filhote
Thiagão
Ceará
Guri
Vozão
Rapaz
Meu Brother
Thiaguinho
Carniça
Brow
Rapaz
Herói
Garoto
Pessoa mais irritante da face da terra
Mah
Doutor
Grande
Cearense mais querido do Brasil
Marmota
Maxu rei
Carinha
Titi
Lindão
Santo
Mano
Meu irmão em Cristo
Bichão
Veio

Todas forma dirigidas a mim,só tenho mais é que ficar feliz com essas manifestações.