União do grupo, comando firme, porém compreensivo e amigo, vaidades pessoais passando longe, idem para mercadores de jogadores, líder que defende e intermedia os interesses do grupo e principalmente uma torcida como poucas, esses são alguns dos ingredientes que levaram o Ceará Sporting, após 16 anos, de volta à Primeira Divisão do futebol brasileiro.
Antes, havia um pensamento pequeno: “Subir pra que, só para cair no ano seguinte”. Ouvi isso de um ou outro torcedor, porém mais de diretores. O torcedor alvinegro, renda per capita à parte, sabe da força que tem e por isso pensa grande. Tem consciência de que o seu comparecimento aos jogos é suficiente para bancar as despesas do clube. O que entrar além disso é lucro. E sabe também que o Ceará precisava, antes de tudo, acabar com o velho vício de diretor tirar dinheiro do bolso para pagar salário e bicho de jogadores e comissão técnica.
Agora, que o sonho em preto-e-branco se transformou em realidade, passemos à etapa seguinte. Vamos fortalecer as escolinhas para formar os próprios craques, alvinegrinhos que crescerão na luta pelo objetivo comum: fazer o Ceará grande. E manter a base atual, em busca não apenas de “se manter” ou “não cair”. Afinal, é preciso pensar maior... E continuar sonhando!
Neno Cavalcante é jornalista e dentre outras atividades é um ilustre torcedor do Ceará S.C.
Nenhum comentário:
Postar um comentário