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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

domingo, 31 de outubro de 2010

Pensamento de István Mészáros

“Alguns anos atrás, a revista Time colocou em sua capa o busto de Marx com a inscrição ‘Marx está morto’, assinado: “Os Novos Filósofos Franceses’. Isso me lembrou do que ocorrera muitos anos antes no Salão da Fama da Universidade de Viena, onde o busto de Nietzsche portava a inscrição ‘Deus está morto’, assinado ‘Nietzsche’. Certo dia, outra inscrição apareceu abaixo da original. Dizia ‘Nietzsche está morto. Deus’”.

filósofo húngaro István Mészáros

domingo, 24 de outubro de 2010

Manifesto do Partido Comunista

“A história de todas as sociedades até nossos dias é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, sempre estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma batalha ininterrupta ora aberta, ora dissimulada, uma luta que terminava sempre com uma transformação revolucionária de toda a sociedade ou com a destruição das duas classes em luta.”
(Manifesto do Partido Comunista – Ed escala, pág. 47)

Por causa das ideias no Manifesto do Partido Comunista, muito sangue já foi derramado desde 1884, quando este documento foi escrito por Marx e Engels até nossos dias. Aquela foi uma época de muitas revoluções, convulsões e transformações sociais. O mundo ficou dividido em dois blocos: Capitalista e Socialista, até o final do século XX, quando as nações revolucionárias se enfraqueceram e o regime socialista sucumbiu em quase todo o mundo. O ponto fraco das revoluções sociais é que buscam mudar o mundo de fora para dentro, buscam mudar a estrutura sem, contudo, mudar o interior do ser humano. É uma revolução imposta, que vem de fora para dentro, vem pela imposição de uma cartilha. Assim, as pessoas aderem não porque foram convencidas, mas porque foram vencidas.


Na Bíblia, as Bem-aventuranças e o Sermão do Monte são o “manifesto cristão” sobre a razão e os objetivos do Cristianismo. Se queremos compreender a Deus e o Cristianismo, precisamos compreender corretamente esse texto que se encontra nos capítulos 5 a 7 de Mateus. As ideias de Jesus são absolutamente revolucionárias.

“Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.” Mateus 5:3-6

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

É, eu sei. Já passaram 29 anos.

"Nas tuas mãos (, Deus), estão os meus dias" Sl 31:15

Como a freqüência no nosso blog é rotativa, tenho que voltar a alguns temas recorrentes. Um dos assuntos que gosto de registrar aqui são motivos que nos levam a celebrar.

Hoje pra mim é um dia especial. Para quem não sabe dia 20 de Outubro é meu aniversário. Sim, 29 anos. 29 anos de vida. Vinte e nove. Eita lasquera. Vinte e nove anos felizes.

E escrevo essa mensagem com grande alegria no coração, pois o ano de 2010 foi um ano que tive oportunidade de fechar alguns ciclos e iniciar outros. Terminar e iniciar faz parte da dinâmica de todos nós. Mais cedo ou mais tarde vamos nos deparar com essas etapas.

Mas  tenho vivido com muita alegria todos eles. Não tenho tido medo de fechar ciclos, e muito menos de iniciá-los. Mas confesso que tem horas que bate um certa insegurança do que virá daqui pra frente.

2010 foi o ano que finalmente eu me formei. Com certeza essa conquista não pode deixar de ser citada. Apesar de viver num país que não valoriza a EDUCAÇÃO tive o privilegio de me formar em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, e pude descobrir um outro mundo, o MUNDO DO TRABALHO.

Logo de defendi minha monografia, recebi o convite de duas escolas e uma faculdade de teologia para ministrar aulas de filosofia. Já tinha ganho dinheiro entregando panfleto no sinal, fiscalizando prova e até como auxiliar administrativo, mas SER PROFESSOR, não tem comparação.

Entrei na UECE com 25 anos, com grandes adversidades, mas não saio, apenas fecho um ciclo e espero que em breve tenha oportunidade de vivenciar outros. Para lembrar um pouco o que é ser universitário e o que isso significa, tive oportunidade de almoçar no R.U. (restaurante universitário) ontem e vi o quanto é gostoso não apenas estar na Universidade, mas vivenciá-la no que ela tem de bom ( e de ruim, é claro).

2010 foi o ano em que vejo meu time do coração, o Ceará Sporting Clube fazer uma linda campanha na série A, e que depois de 16 anos subiu, e tem disputado o brasileirão de forma digna e tem sido o orgulho do Nordeste. Obrigado CEARÁ S.C.

 Mas não poderia deixar de registrar que nesse processo de ciclos, vejo que ele tem se ampliado. Tenho descoberto outras pessoas na caminhada, e me aproximado de antigos. E tenho confirmado dia a dia minha VOCAÇÃO que é caminhar com ADOLESCENTES. Seja no âmbito eclesiástico, seja como professor, me sinto cada dia renovado por trabalhar com essa galerinha.

Não sei bem porquê,apenas gosto.Às vezes desconfio dos motivos.Acho que em nenhuma outra faixa etária estarei perto de pessoas que são a tradução do que são pessoas que simplesmente SONHAM.

Muito obrigado a todo pelo carinho, tanto pelos de longe quanto os que estão pertinho, me alegro com todos vocês no dia de hoje. Deus abençoe a vida de cada um.

Muito Obrigado.

Thiago Oliveira Braga

Capital do Ceará 20 de Outubro de 2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

É só o amor.





"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você decepciona-se.
Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação".

Madre Teresa de Calcutá. 

Rir é o Melhor Remédio ... BaianoTerapia



Em homenagem ao meu irmão, que mora em Salvador - Bahia, post aqui algumas piadas (de bom gosto, é claro) desse povo alegre toda vida que são os baianos.

O baiano deitadão na varanda :
- Ô mãinha , a gente tem pomada pra queimadura de taturana?
- Purque, meu dengo? Uma taturana encostou em ti, foi?
- Foi não, mas ela tá cada vez mais perto...

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A mãe do baiano vai viajar pro 
exterior e pergunta ao filho:
- Quer que mãinha lhe traga alguma
coisa da viagem, meu dengo?
- Ô, minha mãe... Por favor, me traga
um relógio que diz as horas.
- Ué, meu cheiro... E o seu, não diz não?
- Diz não, mãinha... Eu tenho de olhar
nele pra saber...

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Quatro baianos assaltam um banco e
param o carro uns quilômetros à frente.
Um deles pergunta ao chefe da quadrilha:
- E aí, meu rei... Vamos contar o dinheiro?
- E pra que esse trabalhão? Vamos
esperar o noticiário da TV...

* Foto do meu sobrinho João Pedro, dando uma volta no Pelourinho.

domingo, 10 de outubro de 2010

A Nação, o Estado e a Religião.



Dois eventos deram aos evangélicos espaço privilegiado nas páginas de notícias do primeiro turno das últimas eleições no Brasil. O primeiro foi o video intitulado Posicionamento do Pastor Paschoal Piragine Jr sobre as eleições 2010, em que conclama o povo evangélico a não votar no Partido dos Trabalhadores, e que registrou mais de 3 milhões de acessos no Youtube. O segundo foi o duplo pronunciamento do Pastor Silas Malafaia, primeiro declarando apoio à candidatura Marina Silva, e dois dias depois tornando pública a adesão à candidatura José Serra. Os dois pastores justificaram suas posições alegando compromissos com a ética cristã, notadamente nas questões afetadas pelo terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3, com destaque para a proposta de descriminalização do aborto e da legalização da união estável entre pessoas do mesmo sexo.



Os posicionamentos dos referidos pastores suscitaram os mais diversos comentários e debates, desde os preconceituosos e incrédulos da boa intenção dos envolvidos, até os legítimos e necessários, dada a seriedade dos temas e a influência dos líderes religiosos em questão. Pessoalmente, creio que para além da periferia do que pode e deve ser questionado nos posicionamentos que parecem representar boa parte do pensamento de muitos evangélicos, a questão de fundo subjacente ao posicionamentos das lideranças religiosas evangélicas diz respeito ao papel da religião na cultura secular e no estado laico: é legítimo pretender que a legislação de um país seja baseada na ética e na moral de uma religião em particular?



O tema não é novo. Em 2005 o tribunal administrativo italiano negou um pedido inusitado feito por Soile Lautsi, mãe de dois filhos que estudavam em uma escola pública: que os crucifixos fossem retirados das salas de aula. O tribunal alegou que “o crucifixo é símbolo da história e da cultura italianas faz parte da cultura italianas, e, consequentemente, da identidade italiana, além de ser símbolo dos princípios de igualdade, liberdade e tolerância, bem como do caráter laico do estado”. Em 2009 a Corte de Estrasburgo condenou aquele veredito, afirmando que “a exposição obrigatória de um símbolo de uma confissão religiosa determinada no exercício da função pública, e em particular nas salas de aula, restringe o direito dos pais educarem seus filhos de acordo com suas convicções, assim como o direito de crer ou não crer das crianças escolarizadas”.  Atualmente, das 47 nações que compõem o Conselho da Europa, 21 são contrárias ao posicionamento da Corte Européia de Direitos Humanos, e resolveram unir esforços contra o progresso do laicismo nas sociedades europeias.



A questão está posta. É inegável que o Ocidente está construído sobre o fundamento da tradição judaico-cristã, que fornece os princípios para sua ética e moral. Uma antiga tradição rabínica acredita que por meio de Adão Deus povoou originalmente o mundo com uma só pessoa pelo menos por duas razões. A primeira é para que ninguém diga ao seu próximo “O meu pai é mais que o teu pai”, uma vez que todos os seres humanos descendem do mesmo pai. A outra é para ensinar que quem quer que destrua uma vida é considerado como se tivesse destruído o mundo inteiro, e quem quer que salve uma vida é considerado como se tivesse salvado o mundo inteiro. Foi seguindo essa tradição que Jesus declarou que assim como César cunhou sua imagem nas moedas, Deus gravou sua imagem na raça humana, de modo que a vida humana pertence a Deus, seu valor está baseado na origem divina, todas as vidas humanas têm o mesmo valor, e que a vida humana é de valor incomparável, pois apenas uma vida vale mais do que o mundo inteiro. Dessas afirmações derivam as noções da dignidade humana e dos direitos de todo e qualquer ser humano.

Mas também é verdade que as mesmas afirmações que concedem à tradição judaico-cristã um lugar ao sol, também dão origem à lógica laicista, sem dúvida uma das maiores conquistas do Ocidente moderno. Levadas às últimas consequências, as afirmações que sustentam a igualdade dos direitos de todas as pessoas conduzem necessariamente ao Estado laico. Isso significa que não mais se admite uma lógica privada imposta como base de legislação pública. A razão pela qual se considera absurda a condenação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani à morte por apedrejamento, com base na “sharia”, a lei islâmica, é o fato de que o Ocidente sofreu a influência do Iluminismo. Não fosse a laicização das instituições, nós ocidentais ainda estaríamos sendo queimados nas fogueiras da Inquisição.

Um caminho para a convivência entre a religião e a sociedade secular e o Estado laico pode ser encontrado a partir da observação feita por Dom Robinson Cavalcanti, a saber, a diferença entre Estado e nação: “o nosso Estado é laico, mas a nação é religiosa. As elites pensantes não entenderam que o Estado é um ente político-jurídico, enquanto a sociedade tem uma história, cultura e valores. Isto antropologicamente é denominado nação. Detectar que os eleitores querem a expressão das suas crenças e valores é entender que existe uma nação pulsante dentro do Estado […] os eleitores fazem parte da nação e não se pode dizer numa eleição “por favor, não leve em conta suas crenças religiosas no espaço público”. Esse é um discurso da ideologia secularista que nos une agora no século 21 à Europa Ocidental. Ocorre que não estamos na Europa Ocidental. É preciso se entender que o ser humano não é só economia, não é só racionalidade. É um ser múltiplo, um ser cultural e um ser ético”.

As relações indissociáveis – Estado e Nação, Secularismo e Religião, explicam as notícias de que o PT estuda rever a matéria sobre o aborto em seu programa de governo, temendo perder ainda mais votos entre religiosos, tanto católicos quanto evangélicos. Isso significa, tanto um (humilde) reconhecimento de que a voz da religião, subjacente à cultura e identidade brasileiras, está presente no debate público, quanto uma vitória dos religiosos que se fizeram ouvir e deixaram claro que o Estado pode e deve ser laico, mas isso não significa necessariamente que é ateu, pois a nação que o constitui tem em sua índole a fé.

Ed René Kivitz

domingo, 3 de outubro de 2010

a política condicionando todas as demais espécies de mudança.

O Brasil se mobiliza para escolher o seu (ou a sua) próximo presidente. De dois em dois anos temos essa oportunidade de reforçar nosso espírito democrático em eleições municipais, estaduais e federais. Infelizmente, os maus hábitos de muitos políticos e o grande número de eleitores desinformados, tornam essa representatividade questionável em termos sociais e republicanos. Nosso sistema eleitoral é permissivo e não compensa a desigualdade financeira entre partidos e candidatos, transformando o que deveria ser uma festa da democracia numa guerra onde reina, acima de tudo, o marketing político regado pelo poder econômico. É óbvio que não há como pretender unanimidade (unanimidade consciente, bem entendido) num país de 200 milhões de habitantes. Num país tão socialmente desigual como o nosso, maioria é mais uma demonstração da força dos esquecidos do que comprovação de justiça social. Ninguém tem culpa de ser miserável, mas também ninguém tem culpa de ser da classe média ou da mais abastada, desde que tenha atingido esse status de forma lícita.
A igualdade não é só um objetivo, mas também um caminho. E quando se está caminhando para a igualdade, não pode haver desigualdade no transcorrer desse caminho. Se a desigualdade está na renda, o imposto justo tenta corrigir ou amenizar. No entanto, se a desigualdade está nas condições básicas de saúde, segurança e educação, não adianta culpar outro que não seja o próprio governo, pois, é ele que distribui as receitas. Nem o Congresso pode ser tão culpado porque existem os recursos pouco democráticos, mas existentes, da medida provisória e do contingenciamento.


É óbvio que um governo não pode se responsabilizar sozinho por décadas de má administração dos serviços públicos e da distribuição de renda, mas também não pode justificar sua deterioração . Mesmo porque, nenhum governo perde tempo para capitalizar os aspectos positivos da própria gestão que começaram nas anteriores. Na dúvida, a responsabilidade é do governo atual e PONTO FINAL, pois, não se leva mortos à forca.
A introdução que fiz é uma reflexão absolutamente pessoal, apenas para ressaltar a importância do ACOMPANHAMENTO dos eleitos nos próximos quatro anos, independentemente se votamos neles ou não. Democrática é a escolha, democrática é a eleição e a condução dos eleitos aos cargos que fazem jus. Os eleitos não estão representando os que votaram neles, mas passam a nos representar, assim como a nação, o estado, a região e a cidade em que vivemos. Embora eles ODEIEM que a gente fale isto, de forma bem objetiva e direta, eles SÃO NOSSOS EMPREGADOS. Dos mais humildes aos mais ricos, todos somos seus PATRÕES e, mais uma vez, PONTO FINAL. Portanto, esse sentimento de derrota que nos bate quando o vencedor do pleito não foi aquele em quem votamos é absolutamente injustificado. Não se trata de uma vitória que, como numa guerra, subjulga o derrotado.


A luta não só continua, mas recomeça. Temos ferramentas de sobra para acompanhar OS NOSSOS três poderes. Precisamos apenas criar o hábito de acompanhar, só isso. O acompanhamento, as cobranças, as adesões ás causas, os posicionamentos, as reivindicações, os esclarecimentos... todos são muito mais importantes e mais efetivos que nossos votos bienais. E que tal começar 2011 com uma postura diferente de cidadão? Já tentaram escrever um e-mail para um presidente, governador, senador, deputado, prefeito ou vereador? TODOS RESPONDEM, sabiam? Se não responderem, seja por meio de assessores ou pessoalmente, estarão decretando falência de sua personagem pública.

Que tal então fazer um 2010 diferente?


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