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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Seis Razões para Estudar Economia.





1. Economistas estão sempre armados e são perigosos. Ou você nunca ouviu falar na "Mão Invisível"?




2. Você pode falar sobre dinheiro sem ter que ganhar dinheiro.



3. Mick Jagger e Arnold Schwarzenegger estudaram economia, e veja onde eles chegaram!



4. Se você ficar desempregado, ao menos saberá o porquê.



5. Embora a ética ensine que a virtude é a sua própria recompensa, em economia aprendemos que a recompensa é a sua própria virtude.



6. Quando você ficar bêbado, poderá argumentar que está apenas pesquisando sobre a lei da utilidade marginal decrescente;
 
Boa sexta.
 
Valeu galera,




Com vocês, ao Serviço d’Ele,



Thiago Oliveira Braga

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Messi, crônica de uma máquina quase perfeita.


Lionel Messi foi programado para fazer gols.




E para jogar bem.



Parece ter sido construído em laboratório com a única missão de balançar as redes.



Prova disso é sua trajetória em campo sempre vertical, aguda, objetiva…



Escrever sobre o camisa 10 do Barcelona é descrever números. São estatísticas que comprovam um talento fora do comum.



Messi não é um camisa 9, artilheiro forte e de presença.



Messi também não um armador, gênio cerebral que pensa o jogo.



Porém, Messi incorpora ambos com tamanha simplicidade – e habilidade.



Habilidade essa que não tem firulas.



O drible é seco, rápido, desconcertante. O passe normalmente é preciso, decisivo.



E o chute sempre vai milimetricamente no canto.



Nesta temporada, só pelo Barcelona, já são 49 gols.



É o jogador com mais gols numa única temporada no futebol espanhol (superou Zarra e se igualou a Puskas)



Na Liga BBVA, Messi tem 30 gols em 29 jogos. Além de 18 assistências.



Ou seja, o Barça depende do argentino, até aqui, em quase 56% dos gols no Espanhol.



Na Champions são 9 gols e 3 assistência em 10 jogos.



Na Copa do Rei, 7 gols e 2 assistências em 7 partidas.



E ainda há 3 gols na Supercopa da Espanha.



Impressionante!



Resumo 2010-11:



Jogos: 46

Chutes certos: 112

Gols: 49

Assistências: 23

Vitórias: 35

Derrotas: 3

Empates: 7

PS: Texto em constante atualização…

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dia do goleiro.



O goleiro, dizem, é um herói solitário.


De um heroísmo e uma solidão que o torcedor raramente reconhece.



E que solidão é esta de um homem com tantos privilégios:

O de ser o número 1?

O de vestir-se diferentemente dos outros?

O de ser inatacável em sua pequena área?

O de pode usar as mãos num esporte chamado foot-ball?



Assim como o goleiro é um personagem ímpar no grande palco do futebol,

as defesas que ele pratica são momentos igualmente únicos.



Veja o quanto de arrojo, elasticidade, reflexo, intuição, firmeza, talento,

há nestas defesas de goleiro e convença-se de que ele merece sua admiração.



Trechos da crônica escrito por João Máximo e narradas por Marcelo Duarte na Sala Dança do Futebol – Museu do Futebol.

Sucesso


FIZERAM UMA enquete entre pessoas que, a seu juízo, tiveram sucesso, eu entre elas. Queriam descobrir o segredo. Eram seis perguntas:




1) Se tivesse que definir sua história profissional em três palavras, quais seriam?

Um jovem me perguntou: como planejei a minha vida para chegar aonde cheguei? Respondi: cheguei aonde cheguei porque tudo o que planejei deu errado. A primeira palavra, então, seria “acidente”.

Depois, há de se ter um dom, coisa que não se faz, mas se recebe dos deuses. Quis muito ser pianista. Fracassei porque me faltava o dom. Já vi muitas promessas em livros de autoajuda do tipo “você está destinado ao sucesso…”. Isso é mentira. O querer nada pode sem o dom.

Finalmente, é preciso trabalhar.



2) Quais diferenciais uma pessoa deve possuir para conquistar o sucesso em sua profissão?

Não gosto dessa palavra “sucesso”. O que é sucesso? Vender um milhão de livros? Muitos livros medíocres são vendidos aos milhões, enquanto outros livros geniais não vendem uma única edição.

Muitos sucessos acontecem por acidente, trapaça ou malandragem. Ser eleito deputado ou senador -isso é sucesso?

Não se aprisionar ao costumeiro. Uma mulher que não conheço me enviou um presente, um quadro bordado em ponto cruz com as palavras “Deus abençoe essa bagunça”… Nietzsche nos aconselhou a construir nossas casas nas encostas do vulcão Vesúvio… Curiosidade.



3) Você deve ter acompanhado muitas pessoas que atingiram um reconhecimento em sua carreira, mas que, em pouco tempo, acabaram esquecidas. Quais os cuidados que um profissional deve tomar para que isso não ocorra?

Isso nunca me passou pela cabeça… Eu riria de uma pessoa bem-sucedida que se preocupasse com isso. Acho que essa preocupação é própria de pessoas narcisistas. E eu desprezo os narcisistas… Um conselho maroto, de bufão: “Esforce-se para aparecer na “Caras”. Com seu rosto sorridente lá, você não será esquecido…



4) Que ações e atitudes você tomou em sua vida e que, na sua opinião, foram determinantes para o sucesso em sua carreira?

Uma das minhas características que em nada ajudam o sucesso foi a “rebelião”. Fui um rebelde na religião, um rebelde na psicanálise, um rebelde na esquerda, um rebelde na educação. “Em cada chegada, eu sou uma partida”, dizia Nietzsche. E Eliot: “Numa terra de fugitivos, aquele que anda na direção contrária parece estar fugindo…”. Acho que aqueles que gostam de mim têm esse traço comum: andam na direção contrária.



5) Já houve momentos em que você pensou em desistir? Em que pensou que nada daria certo? Se sim, o que você fez para superá-los e seguir em frente?

Sim. Cheguei a me candidatar a vendedor da “Enciclopédia Britânica” de casa em casa… Mas, repentinamente, o vento virou e encheu as minhas velas… É preciso estar atento à direção do vento…



6) Qual a lição mais importante que você teria para quem deseja afinar-se para o sucesso?

Não queira afinar-se para o sucesso. Não faça do sucesso o seu deus. Seja fiel a você mesmo. Se vier o tal de “sucesso”, melhor para você. Ou pior para você, nunca se sabe… Van Gogh foi um fracasso, nunca vendeu um quadro. Ele poderia ter se “afinado” para o sucesso -pintando quadros mais bonitinhos…


Por Rubem Alves

terça-feira, 26 de abril de 2011

Horizonte



"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".


Eduardo Galeano

domingo, 24 de abril de 2011

Vale, e muito.


Aí, aos 44 do segundo tempo, o rapaz de nome Ananias fez o gol, e meus moleques pulam como nunca, gritam como nunca, abraçam o pai e os desconhecidos na arquibancada, e têm o diazinho mais feliz de suas vidas.



Aí abro os jornais no dia seguinte, e ouço as rádios e as TVs, e leio e ouço e vejo que esse campeonato não vale nada, que os grandes estão cheios de tédio, que isso tudo acabe logo para começar o que importa, o que vale.


E então percebo que estão, estamos, talvez, totalmente descolados da realidade. Como assim, não vale nada?


Vou contar uma historinha.


Meus meninos têm 12 e 11 anos. Vão aos jogos do seu time desde quando não conseguiam andar direito e eu tinha de carregar cada um num braço, e subir os degraus até lá no alto, porque eles gostavam de ver aquele campo enorme, um mundo novo e verde estava se revelando, com onze de cada lado, e uma porção de gente assistindo, e gritando, e xingando. Aprenderam a assistir, a gritar, a xingar, a cantar, aprenderam as regras sozinhos, tomaram posse daquele mundo que, no começo, era apenas uma imensidão verde que se via lá do alto, do último degrau.


Domingo, na arquibancada quente, de cimento, havia dezenas, centenas de garotinhos como eles. E eu vi seus olhinhos brilhando. E ouvi do meu mais novo, já no carro, voltando para casa, que ia dormir mais leve.


E vêm os escribas e os locutores do alto de seus púlpitos e de sua pequenofobia para afirmar que não, isso não vale nada.


Que direito tem alguém de ir aos jornais ou à TV e dizer para uma criança de 11 ou 12 anos que sua alegria, sua felicidade, não vale nada? Quem foi que nos deu, a nós jornalistas esportivos, essa prerrogativa divina e sacra de dizer a uma criança qual o tipo de coisa pela qual vale a pena ficar feliz e chorar de alegria?


Eu vi os olhinhos dos meus meninos brilhando. Discretamente, um deles até enxugou algumas lágrimas. Eu até chorei, pai, disse no carro, e o outro disse que não chorou, mas quase.


Elas, essas lágrimas, valem muito. Mais do que todos os reais versus barcelonas desta e das próximas semanas, e de todos os que ainda hão de acontecer até o fim dos tempos.


Elas valem mais do que as cifras repletas de zeros que os jornais e as TVs brandem quando tratam do preço de um ganso, ou do valor de uma arena (arena?), ou dos direitos de transmissão.


Sobram números frios aos meus colegas, mas falta a eles o calor de uma arquibancada de cimento duro num domingo de sol. Falta a eles, e tem faltado a muita gente, olhar nos olhos de uma criança quando ela vê o goleiro do seu time subir no alambrado para olhar nos seus olhinhos. Falta ver de perto um garotinho arrancar a camisa suada e abraçar o pai com a cabecinha colada no peito junto ao distintivo.


Ninguém tem o direito de dizer que isso não vale nada. Ninguém tem o direito de dizer a uma criança que sua felicidade não vale nada, só porque ela eclodiu de repente num estádio antigo num torneio menor, e não diante de uma tela de LCD, com transmissão em HD, numa arena climatizada igualzinha às dos videogames.


A vida real, o futebol de verdade, não está num playstation, nem pode ser visto em HD. Na vida real, os olhinhos das crianças brilham no cimento duro da arquibancada quando seu time faz um gol, e dizer que aquele gol não vale nada é coisa de quem não está entendendo mais nada.

por Flavio Gomes, colunista do ESPN.com.br


sábado, 23 de abril de 2011

O pastor herege - Entrevista de Ricardo Gondim a Revista Carta Capital.


Carta Capital n˚ 643:O pastor herege
“Deus nos livre de um Brasil evangélico”, diz o religioso crítico dos movimentos neopentecostais.
A Gerson Freitas
“Deus nos livre de um Brasil evangélico”. Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência. Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais. Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir:
CartaCapital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?
Ricardo Gondim: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento do número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos se dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.
CC: Como o senhor define esse perfil?
RG: extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos moldes do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhes assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.
CC: O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que um pastor evangélico afirma isso?
RG: Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o Presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da Igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, é o de facilitar a expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.
CC: O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?
RG: O movimento brasileiro é filho do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way life de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui leem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos, de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é a de que Deus abre portos de emprego para os fiéis. Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?
CC: O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.
RG: Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, estão a minha mensagem está fragilizada.
CC: Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?
RG: Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez mais dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.
CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
RG: Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou com a heterossexualidade.
CC: O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?
RG: Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem, então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.
CC: Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.
RG: Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente. Enviado pelo editor Júlio Amorim – São Paulo – jotamorim@gmail.com

terça-feira, 19 de abril de 2011

Dorme em paz ser carolíngio.

A vida é curta. Por isso o nosso bem mais precioso é “tempo”. Ele não é renovável. Portanto, não perca tempo com vaidades e bobagens. Invista seu tempo em algo que realmente vale à pena: amor. Gaste tempo amando. Gaste tempo abraçando. Gaste tempo cuidando do outro. Gaste tempo sendo compassivo. O amor não renovará esse tempo gasto, fará algo melhor: o eternizará. Porque o amor é a casa da eternidade.


Hoje a UECE amanheceu de luto. Morreu Carlos Dália, ex diretor e coordenador do curso de Filosofia. Em decorrencia de problemas na vesícula. Homem que me inspirou muito pra que hoje eu fosse professor, e ele sempre dizia: "Professor temos muitos, seja EDUCADOR".
 
Dália, você tem o respeito e a admiração de todos nós. Esse ser caro carolíngio vai dormir em paz.

Alegria de um povo


Valeu galera,




Com vocês, ao Serviço d’Ele,



Thiago Oliveira Braga

segunda-feira, 18 de abril de 2011

E hoje é segunda feira.



E hoje começa a semana mais curta do mês. Aproveitemos para refletir.


Que tenhamos uma semana exponencial.

Valeu galera,

Com vocês, ao Serviço d’Ele,

Thiago Oliveira Braga

domingo, 17 de abril de 2011

Para que serve o amor? / A quoi ça ser l'amour?



Arrebatador curta que tenta responder à pergunta Para que serve o amor?, tendo com trilha sonora a música de Edith Piaf. A simplicidade dos traços confere ao filme um tom singelo que o torna ainda mais comovente.




Dialética da (nossa) história.


Eu, meu irmão (Braga Neto) e João Pedro (Filho do meu irmão). O boneco do incrível Hulk entrou de "gaiato" na fotografia.

Agora façam as comparações.

Bom domingo.




Com vocês, ao serviço d'Ele.



Thiago Oliveira Braga.

domingo, 10 de abril de 2011

Cassundé



Maria de Jesus Casundé é um exemplo de vitalidade, uma lenda viva do Colégio Marista Cearense, foi minha professora de Matemática no ano de 1994 e tinha algumas colocações que lembro até hoje, como "Não confundir cassarolinha de assar leitão com Carolina de Sá Leitão".

Quem desta inesquecível mulher foi aluno, sabe do que estou falando.


domingo, 3 de abril de 2011

Furtivos encontros

Metáforas são livres para sonhar com realidades e criar ambientes imaginados. E somente por isso é possível que conheçamos, ou desenhemos, um dos possíveis encontros deliberativos relativos à Copa do Mundo de 2014. Com a devida permissão poética, aí vai: foi em certa sala suspeita que alguns elementos, também suspeitos, se reuniram para decidir assuntos de seus interesses. Era um lugar algo estranho, com certo ar de antiguidade deteriorada. Não pareciam estar muito à vontade. Estamos falando de um condomínio, de certo porte, que agregava alguns figurões da sociedade local. Por uma dessas ironias do destino, ou manias de mandar, alguns de seus representantes se investiram do direito de responder e decidir por todos os outros. Quase como um golpe.


Deliberou-se ali sobre a taxa de condomínio e algumas outras formalidades, que passaram a ser exigidas de todos para a boa convivência dos vizinhos. Essas poucas pessoas que ocupavam os sofás pouco cuidados aparentavam estar um pouco alteradas. Diria até que não tinham condições plenas de admissão de suas posições. Um, de alva cabeleira, que mais lembrava um decadente cantor de fundo de quintal, comandava todos os outros, que mais pareciam marionetes ou então lhes faltava muito pouco para tanto. Em voz alta bradava que uma tomada de posição deveria ser assumida. Que absurdo cobrar de todos os moradores do prédio, por exemplo, a manutenção dos elevadores!


Uma garçonete em trajes sumários adentrou o recinto com uma bandeja e provocou um mal-estar no funcionário que guardava a porta – armado, diga-se de passagem. Os participantes da mesa reagiram com absoluta naturalidade, como se aquela visão fosse comum. Na verdade, a maioria estava louca para que aquele encontro se encerrasse logo e assim pudessem se dirigir a um local mais permissivo, digamos assim, que já se encontrava devidamente agendado como uma forma de prêmio pela participação. Só o fato de se recordarem do depois era motivo para extrair um sorriso incontrolável da maioria.


Outro, que se alojava do lado oposto, enquanto saboreava arrogantemente um charuto cubano que comprara nas docas, resolveu colocar mais fogo no gargalo. Levantando insistentemente a mão por mais de dez minutos, conseguiu chamar a atenção do chefão, que, irritado, anuiu à sua palavra. Levantou-se solenemente, como se um lorde fosse, e começou a desfilar suas impressões: “Nós, gente da melhor espécie, temos de imediatamente definir nossas posições. Devemos exigir que nenhum tipo de taxação incida sobre nossas cabeças. Que todos os motoristas particulares nos recebam de joelhos dobrados e cabeça baixa. Que empregados, ah, jamais os tenhamos por perto. Que deixemos de pagar os impostos do imóvel. Que o IPTU e outras extorsões deverão, a partir de hoje, ser pagos pelos funcionários, que trabalharão sem direito a salário e a qualquer tipo de privilégio; muito menos pagamento por horas extras”.

Foi uma loucura. Os pequenos – e pretensos tiranos – comensais se levantaram para um eufórico brinde com uma aguardente envelhecida. O orgulho estampara-se em seus rostos. Sentiam-se o máximo, os únicos, os invencíveis. O que diriam suas pobres esposas, amantes ou suas próximas companhias? Nada mais que isso. Nem sabiam com quem tratavam suas vidas. Ou, quem sabe, conheciam muito bem quem as saciavam de colares, moedas e vergonha. Chamaram a secretária para colocar em ata todos esses absurdos. Um, o pior, escapou no ocaso do evento. Era definitiva a resolução de que nada nem ninguém poderia, a partir daquele momento, ingressar naquele prédio. Nem eles!

Embriagados pelo poder investido, não se deram conta de que era a própria derrocada. Nenhum deles tinha outra fonte de renda nem onde encostar o que possuía. Ficaram ao relento. Os outros moradores e os que habitavam ao lado ficaram estupefatos e não se renderam. Era muita ignorância ou um tremendo blefe de amadores. Pagaram para ver o que é que daria. Era questão de tempo. Todos acabaram retornando para suas próprias casas com o rabo no meio das pernas, mas sempre pensando em novas besteiras a serem feitas. Era só questão de tempo. No condomínio chamado futebol brasileiro tudo é possível.

Em tempo: arenas para a Copa do Mundo, poderes investidos em si próprios, renúncias fiscais da União, implosão do Clube dos 13, negociações paralelas; tudo isso foi recentemente pauta de alguns acordos nascidos desses furtivos encontros.


Sócrates é comentarista esportivo, foi jogador de futebol do Corinthians, entre outros clubes, e da seleção brasileira.