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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sábado, 28 de julho de 2007

Geração conectada com o Mundo e lincada com ninguém


Nós jovens temos o orgulho de sermos a geração da tecnologia, de sabermos mexer nas maquinas de última geração muito mais do que os nossos pais. É muito engraçado ver um pai de 45 anos pedindo (ou até implorando) ao seu filho de 15 anos para ensinar a mexer no computador novo que ele comprou.

Alguns adultos tentam desprezar, outros até a menosprezar a tecnologia, mas o fato é que nossa sociedade está cada vez mais dependente dela, e esta é mais acessível e controlável pelos jovens

Os jovens não pedem mais o telefone das meninas e sim o e-mail ou o endereço do “messenger”. Nossa geração não brinca mais no quintal (nem temos mais quintal), preferimos passar horas jogando em nossos computadores ou em nossos videogames avançados, e as meninas não têem mais diários e sim palms.
Dizem que somos da geração que está conectada com o mundo, mas eu fico pensando se isso é verdade ou não. Nós jovens temos o sistema de comunicação avançado aos nossos pés (ou em nossas mãos), mas acredito que este sistema não responde as nossas ansiedades.

Desde que inventaram o radio, capacitando o homem a ouvir o que estava acontecendo à distância, depois o telefone onde possibilitou a conversa mesmo com os que estão longe; logo veio a televisão permitindo-nos ver ao vivo os acontecimentos no mundo, e agora a internet que nos permite fazer tudo isso junto. Desta maneira foi passado para nós que o mundo se globalizou, e virou um grande bairro e que estamos conectados com o mundo.

Mas ao invés de ver nossa geração feliz por estar conectada com todos, vejo jovens cada vez mais sós e insatisfeitos É claro que ao invés de conversar, nós preferimos nos isolarmos do mundo com nossos Ipods para ouvirmos nossas bandas prediletas. Não precisamos chamar mais nossos amigos e vizinhos para vir em casa, já que temos os jogos eletrônicos que vem completo (até com o parceiro). Nem quero comentar muito da TV que tirou toda aquela conversa entre pai e filho na varanda, pois bem sabemos que o jornal, a novela e o futebol são mais importantes que isso, não é?

Ouvi falar que antigamente as famílias iam visitar os avós uma vez por mês, é claro que agora isso já não precisa mais, pois temos celulares e podemos ligar toda semana para ver como eles estão.

E por último, mas não menos importante, temos a maravilhosa internet na qual eu entro e gasto horas todos os dias. Percebi que tenho muito mais “amigos” lá dentro do que aqui fora. Afinal de conta minha conta no orkut ta lotada! Lá eu não sou tímido e nem tenho nenhum complexo, pois posso ser quem eu quiser (ou quem eles querem que eu seja).

Apesar de todas estas facilidades da comunicação eu vejo uma juventude solitária. O que era para nos unir nos deixou mais sós. E é por isso que eu volto a afirmar: O que nós jovens precisamos não é de mais veículos de comunicação em nossa vida, mais tecnologia, nós precisamos de pessoas, mais relacionamentos, mais amor. Precisamos mais é de amizade, de abraços, de toques, de sentir o cheiro do outro, de um bom cafuné da mamãe. A geração da tecnologia clama: Pai me ensina o que é relacionamento!!!

Marcos Botelho