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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ser mais humano

É essa minha vontade maior: SER MAIS HUMANO.
"Anseio por uma humanidade não fingida, que não tenta transformar a mensagem do evangelho em um espelho mágico, que fala o que desejo ouvir. Lerei a Bíblia também contra mim. Permitirei que, como espada, ela penetre no mais profundo do meu ser, discernindo, inclusive, as intenções nebulosas de meu coração.
Atenderei a admoestação do profeta Miquéias: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (6.8).
Acredito que vem dele minha teimosia em acreditar que não precisamos esperar morrer para começar a viver. E, como passamos rapidamente, sugiro que comecemos já."
Pr.Ricardo Gondim
Faço minha as suas palavras.
Um abraço fraterno do Thiago

Mesmo EU não vendo,Deus cuida.


Toda crítica feita sobre um filme para crianças carrega em si o peso de uma responsabilidade maior. Nossos pequenos vivem uma fase da vida em que estão muito abertos a influências e sugestionamentos, e discernir se um longa-metragem é apenas pura diversão ou se pode exercer algo mais sobre o intelecto e a alma desses preciosos seres humanos em miniatura torna-se um peso. No caso de “Horton e o mundo dos Quem!”, podemos ir às salas de exibição tranqüilos. Com um alento: este é um filme que dá margem a debates profundos com as crianças, partindo da história e chegando a verdades importantes da fé.


Em termos cinematográficos, a produção não é um grande feito. Fica naquela faixa dos filmes medianos, sem grandes avanços nem na tecnologia nem na história. É apenas uma trama engraçadinha e bacaninha, adaptada da história de Dr. Seuss - uma espécie de Monteiro Lobato de língua inglesa, autor de outros livros que já viraram filmes, como ”O Grinch” e ”O Gato”.


No original em inglês (versão a que você provavelmente não vai assistir, já que 95% das cópias chegam aos cinemas dubladas em português), quem dá voz aos personagens são figuras conhecidas, como Jim Carrey e Steve Carrell. São eles que ajudam a contar a história de Horton, simpático elefante que, um dia, ouve um pedido de socorro vindo de um microscópico grão de poeira. Apesar de todos acharem que ele enlouqueceu, Horton está disposto a ajudar seus mais novos e minúsculos amigos: os Quem, criaturinhas que habitam aquele mundinho pequenininho.


Ao longo de 86 animados minutos, vemos o desdobramento das aventuras do elefante, que segue a nobre filosofia de que ”uma pessoa é uma pessoa, não importa o quão pequena seja”. Só aí já reside uma forte mensagem cristã de anti-acepção, que reforça a importância do amor pelo próximo - do mais célebre ao mais humilde. Sem discriminações. Com muita imaginação, é possível até usar a história para falar sobre aborto, uma vez que o lema de Horton abre caminho para argumentarmos: já somos seres humanos, mesmo que sejamos pequenos embriões invisíveis a olho nu.


Prepare-se para rir muito enquanto assiste a Horton mostrar que é um amigo leal. Ele dá tudo de si para cumprir sua meta: proteger os serezinhos que vivem no grão de poeira - do mesmo modo que Deus faz conosco. A analogia é clara. Embora não vejamos esse Ser imenso, por ser ele de uma realidade que somos incapazes de vislumbrar plenamente (Is 55.9), podemos ouvir sua voz (como os Quem ouvem Horton), falar com ele (como os Quem falam com Horton) e depender dele como o maior amigo que temos para cuidar de nós (como os Quem dependem de Horton). Dele depende nossa vida e nosso futuro (como a vida e o futuro dos Quem dependem de Horton). E é sempre bom e confortante lembrar que estamos em suas mãos. Bem, nesse ponto, o elefante se diferencia: ele sustenta os Quem não em suas mãos, mas em sua tromba.


Com 1,66 de altura , mas com um coração do tamanho do Ceará

Thiago Oliveira Braga

Paul Tillich


“A religião só poderá falar ao povo de nossa época se conseguir dizer uma palavra transcendente e, portanto, julgadora e transformadora. De outra forma, não será mais do que mera colaboradora do que se aceita comumente, serva da opinião pública, exercendo posições de tirania tão terríveis como as de qualquer outro tirano. Mas se nossa religião puder transcender tudo isto, em que direção deverá se mover?”
Paul Tillich

Paul Johannes Oskar Tillich (20 de agosto de 1886 -Starzeddel – 22 de Outubro de 1965 - Chicago ) foi um teólogo alemão-estaadounidense, um filósofo cristão. Tillich foi comtemporâneo de Karl Barth, um dos mais influentes teólogos protestantes do Século XX.