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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O QUE TEMOS NÓS COM O MUNDO?

“Assim como me enviaste ao mundo, eu vos enviei ao mundo”.
Jesus








Quando se fala do mundo num ambiente evangélico, logo se pensa em tudo pode comprometer a nossa vida: pecado, carnalidade, sensualidade, etc.... Sempre aparece alguém pregando sobre o perigo de se envolver com pecadores e como o estilo de vida dessas pessoas pode corromper nossa fé, parecendo até que o ditado “me dizes com quem tu andas que te direi quem és” virou versículo bíblico. Mas é interessante relembrar a oração de Jesus no qual ele diz que Ele nos envia ao mundo, sendo testemunhas Dele.

Não parece estranho que Jesus nos mande para o mundo enquanto muitas vezes somos advertidos na igreja a não se envolver com o mundo? Quem está com a razão?

Em sua estada por esse mundo, o Senhor Jesus comeu e bebeu com pecadores, abraços os excluídos pelo sistema (inclusive religioso), tocou e foi tocado por aqueles tidos como impuros, agiu com misericórdia com prostitutas e pegos em pecado, gastou seu tempo ouvindo cegos pedintes, tomou crianças nos braços e afirmou que seu Reino era daqueles que se assemelham a elas, acolheu mulheres(também descriminadas pela sociedade de sua época), confrontou lideranças e marcou a História dividindo-a entre antes e depois Dele.
Na praia, na praça, em festas, nas ruas e mesmo no deserto (e de vez em quando no templo...), Jesus era presente na vida de seu povo e marcou sua geração porque seu entendimento de missão passava necessariamente pelo convívio e pela identificação com as pessoas!
O reformador alemão Martinho Lutero uma vez afirmou "O Reino tem que ser estabelecido em meio aos teus inimigos. Quem não quiser se sujeitar a isso não quer ter parte no Reino de Cristo, mas que viver cercado de amigos, viver em um mar de rosas, na companhia de gente piedosa, jamais de gente má. Ó blasfemadores e traidores de Cristo! Se Cristo tivesse agido como vocês, quem teria se salvo?.
Penso que a grande tragédia de nosso tempo é ver que embora cresçamos em número, não influímos positivamente no mundo. Por que será embora cresça o número de igrejas e adeptos as igrejas evangélicas, o Brasil não se torna um país melhor? Não seria por conta da nossa ausência? Quais são as grandes questões suscitadas por nós que têm feito a sociedade brasileira repensar seus valores? Queridos, se a nossa geração nos lembrar apenas pelo barulho causado pelos nossos cultos, nossa contribuição é pobre e não merecedora da grandiosidade do projeto do Reino de Deus para o Brasil.
Ante a vida de Jesus, Somos provocados a perceber que para ser testemunhas dele, somos chamados a viver como ele e segui-lo exemplo de caminhada. Eu e você somos desafiados a não viver em nossos grupinhos ou guetos religiosos, mas a entender que nossa fé deve sair das quatros paredes frias dos templos religiosos e encontrar seu espaço nos palcos da vida.
Caso isso não aconteça, seremos sal que não salga, luz que não alumia, uma igreja irrelevante e que marcará sua presença na história por sua ausência. Seremos tudo, menos testemunhas vivas de Jesus, o ressucitado.

Em Cristo, nossa Viva Esperança,
Caio César Marçal

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Se Você pudesse falar pra Deus, o que diria?

Se vc pudesse ver, ouvir e falar com DEUS,por 30 segundos.O que diria a ele?

domingo, 6 de abril de 2008

Como apresentar Cristo a sua geração?

Como nos sentiríamos se fossemos convidados a apresentar a um grupo de pessoas, alguém que não conhecemos? Sem dúvida, nossa tarefa seria bem difícil devido a este desconhecimento. No evangelismo acontece o mesmo, você pode decorar versículos para as mais diversas situações, pode até decorar 500 técnicas de abordagens evangelísticas e 18.000 respostas para perguntas díficeis. Mas não podemos confundir evangelização com aberturas de xadrez; saiba que, para cada pergunta sempre haverá uma resposta, e para cada resposta sua, sempre haverá uma boa pergunta; este é o limite da apologética. Sendo assim, precisaremos estar bem seguros quanto ao que, em nosso caso a Quem, devemos apresentar em nossa prática de evangelização. "Usando outro exemplo: eu posso não saber os nomes dos meus bisavós, mas isso não impede que eu possa apresentar meu pai a qualquer pessoa. A razão para isso é simples: posso não ter todas as informações relacionadas à minha família, mas conheço suficientemente ao meu pai para apresentá-lo. Pegou a idéia? Você pode não saber de cor a genealogia de Jesus mas deve ter um relacionamento pessoal com ele que o capacite a apresentá-lo. Os apóstolos disseram desta forma: “não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos” (Atos 4:20).

"Isto levanta a questão sobre o que temos visto e ouvido e como isto nos impulsiona à evangelização.

"Quando reduzimos a evangelização a técnicas de abordagem, a respostas inteligentes para perguntas difíceis, ou a mensagem do Evangelho a uma teoria sobre Jesus Cristo; perdemos o ponto. O Reino de Deus é relação e o Evangelho é o relato do que Deus fez (e faz!) em Cristo para viabilizar esta relação do ser humano com Deus, do ser humano consigo mesmo, do ser humano com seu próximo, do ser humano com a criação e até da criação com a própria criação. Tudo que o pecado afetou pode ser restaurado, reconciliado por meio do que Deus fez em Cristo na Cruz (Colossenses 1:19-20). E aqui estamos diante da difícil questão: é isso o que temos visto e ouvido? Todas as coisas sendo reconciliadas em Cristo! É isto que demonstra a nossa vida comunitária em nossa igreja local? É isso que apresenta minha vida, como resultado da minha decisão de seguir a Jesus Cristo?

"Chegamos ao ponto onde podemos relacionar a questão da evangelização com nossa vida devocional. Em primeiro lugar, é importante afirmar que nossa vida devocional não se limita a uma dimensão de minha vida privada restrita aos tempos tranqüilos de oração e leitura bíblica. Minha vida de comunhão com os irmãos é fundamental para uma vida devocional saudável. Fomos salvos para fazer parte de um povo, de uma nação eleita de uma comunidade. Quando oramos o Pai Nosso, devemos manter nossa atenção para o fato de que o Pai é nosso e não meu. Uma vida devocional que se imagine “independente” da qualidade de nossa relação comunitária no Corpo de Cristo, ou seja, nossa igreja local (para ser mais específico), é o mesmo que um velocista que decide usar somente uma das pernas para correr quando dispõe de duas para enfrentar seu desafio.

"Sei que viver com os irmãos no céu é glória e que viver com os mesmos irmãos na terra é outra estória, no entanto, parte da minha vida devocional é a capacidade de perdoar e de ser perdoado. Ninguém escapa do desafio de expressarmos, na história, os benefícios da cruz de Cristo, ao fazer de um grupo de pecadores um só povo. Povo que vive (deveria viver) hoje, na história, os sinais do que será perfeito um dia quando nosso Senhor retorne.

"Quando entendemos que nossa vida devocional começa primeiramente na esfera da vida comunitária, podemos dar um passo adiante para o aspecto da vida privada. Nunca é demais lembrar que esta dimensão particular da vida não significa isolacionismo individualista. Vivemos no corpo de Cristo e, mesmo quando estamos sós, ainda estamos no Corpo de Cristo. Estou frisando muito este aspecto porque creio que uma das maiores deficiências que encontramos na Igreja Evangélica no Brasil (para não falar de outros) é a compreensão que temos de vida comunitária. Confessamos que cremos na Trindade e não temos muita idéia do que isso significa para a vida da igreja. Voltando à dimensão privada da vida devocional, quero dizer que será nossa experiência diária de obediência a Jesus Cristo que nos permitirá conhecê-lo cada vez mais. Em diferentes situações e contextos, suas promessas, orientações e consolo nos levarão a uma maior intimidade com Ele.

"Perceba bem que enfoquei o aspecto obediência e não a oração e a leitura bíblica. Por que será? Porque podemos ter leitura bíblica sem obediência e oração que expressem nossos motivos errados, que visem nossos próprios prazeres (Tiago 4:3). Assim como o povo de Israel, segundo o relato do primeiro capítulo de Isaías, podemos ter uma “prática espiritual” que expresse distância de Deus e não proximidade. Uma vida devocional que expresse indiferença e não intimidade, como o que aconteceu com a Igreja em Laodicéia (Apocalipse 3:14). Se nossa vida devocional for marcada pela famosa advertência de Tiago 1:22, de sermos praticantes e não meros ouvintes (enganando-nos a nós mesmos), as promessas bíblicas indicam que seremos íntimos do Senhor. “Quem tem os meus mandamentos e os obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele.” (João 14:21); “Voces serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno” (João 15:14). "Isso é tudo que precisamos: amigos de Jesus Cristo que apresentem de forma viva o que têm visto e ouvido! Aquele que no passado nos falou “muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos antepassados pelos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho” (Hebreus 1:1), e que nos dá a conhecer em sua Palavra o que nos torna sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus (II Timóteo 3:15), pois “não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).

"Devocional e Evangelismo estão portanto visceralmente ligados. Não podemos apresentar alguém que não conhecemos. Em se tratando do Senhor Jesus Cristo, não o conheceremos sem uma vida marcada pela obediência a sua Palavra. Esta vida de obediência deve ser expressa numa vida devocional, comunitária e privada, pois este Evangelho é o Evangelho da reconciliação, o Evangelho do Reino de Deus."

Ziel Machado

O PREGADOR e o CONTADOR DE HISTÓRIAS


O PREGADOR e o CONTADOR DE HISTÓRIAS

Elementos para o diálogo entre Eclesiastes e Forrest Gump

Ziel Machado.

1- PARALELO

Os dois autores se colocam diante da vida para fazer uma revisão do que se passou.
Forrest passa pelos principais momentos da história recente dos Estados Unidos, com uma ingenuidade (privilegio de um QI " inferior")que não lhe permite ver todas as implicações do que esta ocorrendo.
E porque deveria? Seu sofrimento foi minorado, e o que realmente lhe toca não são os fatos (que ele descreve de tal maneira que mataria um historiador de raiva), o que lhe toca são as perdas de pessoas significativas (a mãe, o amigo de guerra, e Jenny), e a surpresa da nova vida (descoberta do filho).
Em Eclesiastes a preocupação central é o sentido da Vida. Não se trata de uma pessoa que tem um QI inferior, muito pelo contrário, é um rei que não tem problemas financeiros. Faz então um relato cheio de perguntas existênciais e apresenta uma visão cíclica da vida (como Forrest que no início do fim entra no ônibus escolar, e no fim do filme no mesmo lugar coloca o filho no mesmo ônibus). Não é a História que é cíclica, mas os padrões específicos que são:
· busca pelo poder : encontros com vários presidentes (fora do cerimonial - descaso)
· busca pela acumulação : descaso e a distribuição da riqueza advinda da pesca de camarões, propaganda de raquetes.
· busca pela glória F** futebol, tênis de mesa, herói de guerra (1° enc. com o tenente apos o retorno), capa da fortuna,
O rei Salomão enfoca em seus livros a sabedoria e os estágios pelo que passa.
· Provérbios - questão do manejo de poder
· Cantares - o jovem enamorado
· Eclesiastes - a sabedoria do velho
Percebam que são todos livros poéticos, nada de racionalidade moderna, mas o que chamaríamos hoje de pós-moderno.

Tudo é vaidade! Não só sentido moral, moralista, mas existencial; como um sopro. Algo que é relativo e não tem valor perene, ou seja, sem sentido permanente, relativo, passageiro. Esta é a conclusão de Salomão sobre suas buscas referentes aos padrões específicos (poder, acumulação e glória).

2-TUDO TEM SEU TEMPO ECL. 3:1-15 (síntese do texto de Jorge Atiência)

Nossa vida se desenvolve em uma complexidade de relações pessoais, e nestas relações descobrimos que estamos marcados por experiências passadas que nos trazem tristeza e lembranças desagradáveis. Como lidar com nosso processo de revisão em nossas vidas, como lidar com nosso passado? O pregador nos diz que: "Deus restaura o que passou".
O pregador começa por uma definição do que venha ser TUDO (1-9).
. "TUDO TEM SEU TEMPO”
Debaixo deste todo ele agrupa quatro categorias:
a) as estações da vida: tempo de nascer/morrer
Plantar/ arrancar
b) as emoções : tempo de matar/curar
Destruir/ edificar
Chorar/ rir
Pranto/ alegria
c) dos projetos/ iniciativas: tempo de espalhar pedras/ juntar
Abraçar/afastar
Buscar/ perder
Guardar/ deitar fora
Rasgar/ coser
Falar' estar calado
d) das relações: tempo de amar/ aborrecer
guerra/ paz A vida humana se desenvolve nestas quatro expressões: estações, emoções, os projetos, as relações.

3-COMO É A REALIDADE

Agora está em questão o caráter deste tudo.
a) este tudo se refere ao que esta debaixo do céu, ou seja, uma realidade caída. Não se esta especulando com o que acontece acima no céu, mas sim com a realidade que nos toca viver.
b) este todo não é uniforme, mas um leque de inclui muitas situações diferenciadas.
c) não é um tudo estáticio, mas sim dialético. A paz não seria possível se não fosse precedida por guerra, não poderíamos qualificar amor sem conhecer o ódio, a morte não seria real se não houvesse vida.
As contradições vão forjando as novas situações. Estamos falando de dialética numa realidade caída, não no céu.
d) é uma realidade em processo, não em regressão em direção ao pior, mas um processo de progresso marcado por pólos de nascimento (v.2) e paz (v.8).
Temos aqui uma indicação de que esta dialética da existência humana nos leva a estados de harmonia. Atravessamos por um mosaico de experiências, a maneira como manejamos a vida pode nos levar ao tempo de paz.
O psicanalista Eric Erikson divide a vida em oito estágios, ou ciclos de crescimento, o primeiro e o ciclo de nascimento e o último é o ciclo da integração, que corresponde à idade adulta. Podemos comparar este ciclo de integração com o conceito de paz de Eclesiastes; Shalom.
Quando um chega ao estagio de shalom, chega a um estágio de reconciliação e harmonia com a existência humana, de reconciliação com seu passado, com suas relações e um período de integração. A pessoa procura viver segundo certas convicções e lições que aprendeu da vida, começa então a desenvolver certa harmonia e a colocar as coisas no lugar.
Para chegar a este estagio de maturidade profunda, a pessoa precisa passar por todos os diferentes ciclos, ou estações, viver diversas emoções, e todo este conjunto de relações.

4-O HOMEM E A REALIDADE

O que tem haver esta realidade com o ser humano?
a) Temos uma realidade para viver, não podemos fugir dela, a menos que estejamos sofrendo de algum tipo de esquizofrenia.
b) v.9 É inútil o tentar mudar o estabelecido. A vida vem dada com estes componentes: morte e vida, plantar e arrancar, construir e destruir, abraçar e deixar de abraçar.
c) É importante que o Homem viva cada ciclo, porque de outra forma não estará preparado para viver o seguinte. Partindo do nascimento chegando a morte, é importante que se viva cada ciclo, plantar e arrancar, construir e destruir quando chegue o momento.
ex. de movimentos que desejam ser estáticos, congelar estágios de vida cristã, ficar preso a lembranças ou expectativas.
Existe hora de construir e destruir. Se não nos abrimos aos ciclos normais da vida, não iremos nos renovar. Depois de um período existem coisas que devem deixar de ser feitas, para assumir coisas novas.

5- A REALIDADE NA PERSPECTIVA DE DEUS.

Qual é a relação de Deus com esta realidade?
a) Na primeira analise da realidade que faz o pregador, ele não inclui Deus (3:10-11). O que acontece quando ele leva em consideração Deus?
Precisamos incluir Deus para escapar da tirania do inexorável.
Sem Deus a realidade é detonadora, sem transcendência a Historia nos leva ao cinismo (desistência do curso, existencialismo, niilismo), sem Deus lutamos com um destino e não com um propósito.
ex. F** "Qual é o meu destino mãe ? Não sei, terás que encontrar sozinho!
"Eu não sei se cada um tem seu destino, ou se flutuamos sem rumo como a brisa, talvez as duas coisas aconteçam juntas".
Deus coloca e dá sentido para a História. Um pode perguntar-se que sentido tem construir algo, para onde vamos se tudo é tão cíclico, qual é o propósito?
No v.10 encontramos uma linguagem mais positiva. Deus entra na análise, tudo passa, tudo tem seu tempo, mas Deus limita este tempo e lhe dá sentido. Nesta entrada de Deus vem junto à alegria, a eternidade, o fazer bem. Então:
· Deus é criador do formos (ver com a ótica de Deus). V.11

Mas o que tem de formoso uma guerra, na guerra, no tempo de arrancar?
A formosura não é dada pelo conteúdo, mas sim pelo momento, pela pertinência da experiência. O que acontece no seu tempo é formoso.
Pode haver beleza no conteúdo, mas sobretudo na sua pertinência. Até as experiências mas difíceis, a seu tempo, são sentidas como formosas. As coisas fora do tempo não são belas.

· Deus semeia o eterno
Quando olha para si mesmo com a perspectiva de Deus descobre a eternidade no coração humano.
Deus nos salva da tirania do inexorável ao nos dar a eternidade. Por meio dela sabemos que existe muito mais que as estações da vida, que a vida é muito mais do que alcançamos observar. Isto nos encoraja a avançar, se a vida terminasse no v.8, que sentido teria lutar por ideais?
Deus nos salva das contingências da vida, dos ciclos, colocando a eternidade em nossos corações, e assim nos faz viver com uma nostalgia de um novo ciclo de vida mas também com uma nostalgia do eterno, do absoluto, do significado permanente para viver. Todavia nós podemos compreender esta semente de eternidade, posta em nossos corações.
Implicações: nenhuma teoria ou ser humano pode abarcar a totalidade (psicanálises, materialismo dialético).
· Deus restaura o que passou
Estaremos condenados a: viver marcados por nossas experiências?
Determinismo histórico?
Marcas de guerra?
Das experiências de rejeição?
As marcas do passado são irremediáveis?

Restaurar é fazer com que uma peça volte a ter seu estado original. Mas restaurar aqui não significa viver em estado de primavera, mas voltar a experimentar os ciclos da vida; porque a pessoa marcada pelo passado tende a ficar congelada neste passado.
Quando Deus restaura, Ele tira da situação de amargura, não para viver eternamente em paz, mas para voltar a ser normal; ou seja, enfrentar a vida com seus ciclos e opostos e chega um momento que podemos entender aquilo que passou, sua misericórdia nos permite sair da estação da dor e entrar na graça e Deus nos permite construir a vida com as lições que aprendemos da história.

6- A RESPOSTA DO HOMEM

1- v.10 vi
v. 12 sei
v. 14 sei / entendi

Temos uma progressão ver, conhecer e entender.
1- O que se vê - a realidade que me toca a viver, tenho que aceita-la (realismo x esquizofrenia).
2- Sei/ conheci - a realidade com Deus tem sentido, posso me alegrar e desfrutar. Três elementos entram na historia quando Deus está presente: a celebração, o fazer bem e o sentido do trabalho.
3- Sei / entendi-O que Deus faz é formoso e não deve modificar-se. De nada vale tentar modificar o que foi criado por Deus (ex. casamento), melhor receber como Deus nos deu. (Melhor temer a Deus v.14).
7- Conclusão
1. aceitemos a dialética, assim é a vida.
2. não tratemos de saltar as estações da vida
3. a eternidade nos permite transcender o inexorável. Não estamos presos pelos ciclos da vida, podemos aspirar ao desconhecido, ao que ainda não vivemos.
4. desfrutar do tempo da graça, que nos permite reconciliar com as experiências do passado.
5. Não nos congelemos a uma estação da vida, aceitemos a graça de Deus e sigamos ao encontro da próxima estação.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

De tudo ficaram três coisas


De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos começando,
A certeza de que é preciso continuar e
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar
Fazer da interrupção um caminho novo,
Fazer da queda um passo de dança,
Do medo uma escola,
Do sonho uma ponte,
Da procura um encontro,
E assim terá valido a pena existir!

Fernando Sabino, do livro "Encontro Marcado"
(*12-10-1923 +11-10-2004)