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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sábado, 20 de outubro de 2007

7 presentes que recebi em 2007


Agradeço a todos pela lembrança do meu aniversário, dia 20 de Outubro, dia que pude receber palavras carinhosas de muitos ...
Muito, mas muito obrigado.
Um abraço do Thiaguin pra todos que estão perto ou longe, mas que inpendente da distância tem um carinho por mim.
Valeu
Só procês ter uma idéia dos presentes que recebi nesse ano ...
7 maravilhosos presentes que recebi em 2007 ...
Meu Deus - sem Ele, nada seria...
Minha família – presente do Pai!
Conectados - Adolescentes – cada um com seu jeitinho especial, fazendo a nossa vida ser mais... animada!!!
Minhas histórias e Estórias – não adianta: só sabe quem já ouviu, e olha que isso um dia vai virar livro ... hehehehe
Meus amigos – rir junto, comer junto, celebrar muito...
Minhas viagens - viajar é mais que bom, muitas vezes é necessário!
Meus livros (e os que ainda terei) – ler é bom demais, demais!

;)

Thiago Oliveira Braga

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

[Col. Cearense] Mais um abraço ao Colégio Marista
































O abraço ao Colégio Marista foi realizado pela segunda vez para que mais pessoas pudessem se despedir

Os alunos e ex-alunos do Colégio Marista Cearense realizaram mais um abraço ao colégio ontem pela manhã. Servidores, pais, ex-alunos e alunos cantaram o hino do colégio e deram depoimentos sobre os momentos vividos lá. "Com você eu aprendi a arte de amar, você me ensinou a lição de Champagnat, muitos anos de história envolvendo gerações, nas entranhas da memória encontramos campeões, já é hora de partir, vou seguir o meu caminho, mas um pedaço de mim estará sempre aqui", cantaram.



Como forma de mobilização e também protesto, o encontro foi realizado pela segunda vez para que mais pessoas tivessem oportunidade de se despedir da tradicional instituição de ensino, que continuará suas atividades apenas com o Ensino Superior.



O colégio que foi segunda casa de muitos estudantes, durante 94 anos, encerra suas atividades a partir do dia 31 de dezembro de 2007. O motivo, contido em nota aos educados e educadores maristas, divulgado pela União Norte Brasileira de Educação (Unbec), foi decorrente "à evolução do tempo, à expansão da cidade e a diminuição das áreas residenciais adjacentes que tornaram inviáveis a manutenção da escola".



A atual diretora acadêmica da instituição, Manoela Suassuna, disse que o momento é de solidariedade a todos que fizeram parte do colégio. "O encerramento do colégio não vai diminuir a importância da história construída", enfatizou a diretora. O ex-aluno Francisco Feitosa, da turma de 1972, disse que ligou para a turma e que não poderia perder aquele momento. "Ainda que poucos, estamos aqui, os que não puderam vir também estão de alguma maneira", completou. À tarde, ex-alunos do Marista fizeram uma passeata em torno do colégio.

http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/734965.html

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

[Opinião] Colégio Cearense - Antonio Mourão


[Opinião] Colégio Cearense - Antonio Mourão


29/09/2007

Causou celeuma, na cidade, o anúncio do fechamento do Colégio Cearense. Para aqueles, como meu, que lá estudaram, ficou um gosto meio amargo a deglutir. Nós, que tanto confiamos naquelas pilastras mestras da educação marista, fomos tomados de surpresa..

Mas, devemos nos render às evidências do tempo. Nada daquilo que nos foi ensinado no passado deixa de ter validade. Continuam ensinamentos válidos para muitas gerações. Nada ficou perdido.

Penso que a mudança de perfil da cidade, esvaziando o Centro, foi muito forte. Uma pena que os irmãos maristas não tenham percebido isso a mais tempo e construído, por exemplo, uma sede mais para o lado leste da cidade.

Mas, os ensinamentos maristas continuarão numa série de outras atividades tanto aqui, em Fortaleza, como no Brasil e no mundo. A Ordem se encontra em 76 países dos cinco continentes.

Não penso que o meu casamento deixou de ter validade porque o padre que o oficiou já faleceu. Ou porque o outro, que me batizou, deixou a batina.

Os valores não se apegam ao espaço, ficam marcados em nossas vidas ou não ficam. Ninguém vai ao cemitério para ver como era o ente querido. Ele está, se ainda continuar vivo, em nós. Nas nossas atitudes e condutas.

Em verdade devo confessar-lhe, o meu Colégio Cearense não se localiza na Av. Duque de Caxias. Está em minhas lembranças. No que sou. Na história que estou sendo capaz de construir.

As paredes não fazem as fortalezas. Aquelas aulas, o pátio, o campo de futebol, o recreio... hoje habitam outros planos. Estão muito vivas em minha memória.

Lastimo sim, que outras instituições de ensino, em nossa cidade, tenham transformado o sublime ato de educar, num negócio que envolve muita grana e lucro.

Aí sim, eu choro muito e tenho saudades. Não apenas dos colégios que fecharam, mas dos herdeiros que não tiveram a mesma mística dos fundadores.

Antonio Mourão - Médico antropólogo e professor

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

[Colégio Cearense] Amorosamente


Leio nos jornais que o Colégio Cearense do Sagrado Coração vai fechar as portas ao final do ano e fico triste, jururu com tal infausta notícia. Posso parecer de um romantismo gravemente ingênuo, piegas até, por pensar que o colégio onde passei os treze mais preciosos anos de minha vida fosse uma instituição imorredoura. Pois então, sou do tempo em que estudantes amavam seus colégios e deles guardavam lembranças e saudades perenais. Você entrava menino e saía um homem feito, pronto para as lutas da existência. Foi exatamente assim que aconteceu comigo.




Não me interessam nada os motivos pelos quais o Cearense vai cerrar os portões. Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe, como reza o dito popular. O essencial dessa história triste é que ela não vai ter final feliz como nos melodramas e que uma boa parte de minha história pessoal deixará de existir no plano concreto, vai virar saudade quando dezembro chegar. Que bons tempos foram aqueles vividos entre os maristas, aprendendo coisas que de outro modo não aprenderia, pois saí de lá direto para a universidade federal, o que já não seria pouco.




Sim, sei que nada dura para sempre e que um dia a casa de meu pai, onde nasci, não mais existirá, pois tudo nesse mundo é demasiado provisório. Estou plenamente convencido de minha humana transitoriedade, embora ainda pense, algumas vezes, que bem podia não ser assim. Eis a verdade possível: a única eternidade só existe no território da memória. Ser lembrado para continuar existindo. O telefone toca. Um amigo de colégio perguntando se já sei do gravebundo fato. Respondo que sim, notícia ruim chega voando, as alvíssaras viajam a pé, em lento caminhar.




Minha mulher percebe a tristeza em meu olhar, mas resta em silêncio, pois há momentos em que o silêncio se faz imperativo e absolutamente necessário. Nesse momento, me vem à lembrança o refrão do hino do Colégio Cearense, que costumo cantar de pé e com a mão cruzada sobre o peito, sempre que encontro algum amigo de escola: Por Deus, pela Pátria e por Maria, sempre trabalhar, lutar e vencer! E depois de entoar o cântico, repetimos um pro outro: uma vez marista, sempre marista! Como se fizéssemos parte de uma sociedade secreta. Quem sabe, não o sejamos mesmo, a sociedade dos que lembram, amorosamente.




AIRTON MONTE