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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sábado, 21 de março de 2009

E o espetáculo continua


Como diria Karl Marx: a religião é o ópio do povo. E ele tinha razão. Logo após uma época onde a razão era o crivo de tudo, mergulhamos de cabeça na era da intuição, na era da religiosidade.

Hoje não é mais vergonha ter religião como era há alguns anos atrás, Muito pelo contrário, não ter religião, não ter fé é mostrar uma insensibilidade à vida.

É engraçado como toda religião se resume em: o homem fazendo algo para alcançar o divino. Em todas as religiões o homem passa a sua vida, ou várias vidas, pagando a sua dívida com o divino. No hinduísmo, islamismo, judaísmo, espíritas, cristianismo e também os evangélicos.

O fazer algo para que Deus nos abençoe ou para que ele nos retribua com a salvação é apenas uma cópia barata das outras religiões.

Mas um dia o cenário pode cair, e acredito que já esta caindo. Se nós evangélicos pregamos uma coisa e vivemos outra, provamos que somos apenas mais uma opção religiosa e que Jesus é apenas mais um ópio.

Não podemos usar a religião como uma fuga de nós mesmos, como um jeito de ser justificado de nossos pecados. Ir a igreja, dar o dízimo, transar depois do casamento, fazer o bem ao próximo é bom, mas não justifica ninguém.

A vida religiosa pode enganar por um tempo, mas um dia a casa cai e todos verão que era apenas fachada, só para os outros verem.

É por isso que adoro a mensagem do evangelho e do Reino de Deus, pela única vez vi Deus indo até o homem e Ele mesmo pagando o preço.

No direito romano, diz Santo Agostinho, a pena é estipulada não pelo erro que cometeu, como é aqui no Brasil, mas por quem você ofendeu. Se você matasse um escravo, sua pena era leve, mas se matasse um governador provavelmente receberia a pena de morte. Tudo se baseia em quem você é e a quem você ofendeu e, não necessariamente, o que você fez.

O problema é que o ser humano ofendeu a Deus, pois pecamos contra Ele, e nossa divida não tem como ser paga por nós. A única forma é se Ele mesmo decidir pagar, pois uma dívida contra Deus só pode ser paga por um Deus.

Nessa mensagem libertadora da cruz de Cristo é que somos perdoados completamente, porque Cristo pagou a pena e nos justificou. Por essa razão posso viver uma vida sem ilusão, sem falsidade, pois quem poderia me julgar já me julgou e declarou: PERDOADO!