Quem sou eu ?

Minha foto
Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

domingo, 27 de julho de 2008

Religião, política e futebol não se discutem?


Existe um ditado popular que diz "religião, política e futebol não se discutem". Gostaria de discordar dessa afirmativa. De fato, apesar de serem temas desafiadores, são os três temas que me agrado muito.É inevitável NÃO falar de política em ano eleitoral, mas me deu o direito de refletir, pois ainda acredito que a transformação social se dá pela MUDANÇA, e ela não se faz na urna, mas na minha postura como cidadão.

Partilho uma poesia de autoria de João de Almeida Neto, convidando pra refletirmos sobre o nosso Brasil, sobre a importância da nossa escolha!

"Um país que crianças elimina; e não ouve o clamor dos esquecidos;

Onde nunca os humildes são ouvidos; e uma elite sem Deus é que domina;

Que permite um estupro em cada esquina; e a certeza da dúvida infeliz;

Onde quem tem razão passa a servis; e maltratam o negro e a mulher;

Pode ser o país de quem quiser; mas não é, com certeza, o meu país.

Um país onde as leis são descartáveis; por ausência de códigos corretos;

Com noventa milhões de analfabetos; e multidão maior de miseráveis;

Um país onde os homens confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz;

Mas corruptos têm voz, têm vez, têm bis, tem o respaldo de um estímulo incomum;

Pode ser o país de qualquer um; mas não é, com certeza, o meu país.

Um país que os seus índios discrimina; e a Ciência e a Arte não respeita;

Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina;

Um país onde a Escola não ensina; e o Hospital não dispõe de Raios X;

Onde o povo da vila só é feliz; quando tem água de chuva e luz de sol;

Pode ser o país do futebol; mas não é, com certeza, o meu país!Um país que é doente;

não se cura; quer ficar sempre no terceiro mundo;

Que do poço fatal chegou ao fundo; sem saber emergir da noite escura;

Um país que perdeu a compostura; atendendo a políticos sutis;

Que dividem o Brasil em mil brasis; para melhor assaltar, de ponta a ponta;

Pode ser um país de faz de conta;

Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que perdeu a identidade; sepultou o idioma Português;

Aprendeu a falar pornô e Inglês; aderindo à global vulgaridade;

Um país que não tem capacidade; de saber o que pensa e o que diz;

E não sabe curar a cicatriz; desse povo tão bom que vive mal;

Pode ser o país do carnaval; mas não é, com certeza, o meu país!"

O voto é um direito de todo o cidadão, como também um dever. Não venda, não distribua seu voto, por favores e regalias. Vote com consciência, pensando em representantes que vão defender a maioria dos interesses dos brasileiros. Sobre tudo dos discriminados, esquecidos, sem voz e vez.

Com vocês ao serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga

Buscando o que acredito


O escritor Chaim Potok descreveu como foi a descoberta de sua vocação,de ser um escritor desde pequeno,mas, quando foi para a faculdade, sua mãe se aproximou e disse "Chaim, eu sei que você quer ser um escritor, mas eu tenho uma idéia melhor. Por que você não se torna um neurologista. Você impedirá a morte de muitas pessoas; você ganhará muito dinheiro." Chaim respondeu: "Não, mãe. Eu quero ser um escritor."


Ele voltou para casa nas férias, e sua mãe falou-lhe novamente. "Chaim, eu sei que você quer ser um escritor, mas ouça a sua mãe. Seja um neurocirurgião. Você impedirá a morte de muitas pessoas; você ganhará muito dinheiro." Chaim respondeu: "Não, mãe. Eu quero ser um escritor."


O diálogo foi repetido em todas as férias, todos os feriados, todos os reencontros: "Chaim, eu sei que você quer ser escritor, mas ouça a sua mãe. Seja um neurocirurgião. Você impedirá a morte de muitas pessoas; você ganhará muito dinheiro." Todas as vezes, Cham respondia: "Não, mãe. Eu quero ser um escritor."


Com o tempo, o clima ficou tenso, a pressão se acumulou. Finalmente, aconteceu a explosão. "Chaim, você está perdendo o seu tempo. Seja um neurocirurgião. Você impedirá a morte de muitas pessoas e ganhará muito dinheiro." Esta explosão levou a outra explosão: "Mãe, eu não quero impedir que as pessoas morram;eu quero mostrar-lhes como viver"


Essas palavras redefiniram minha vocação. Todas as pessoas à minha volta aconselharam-me a fazer coisas boas, ajudar a resolver problemas e obter sucesso, mas não era aquilo que eu queria. Na verdade, eu nunca quis aquilo. Eu não queria impedir que as pessoas morressem; eu queria mostrar-lhe como viver.


Extraído do livro "À sombra da planta imprevisível", de Eugene H. Peterson.
Com vocês ao serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga