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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sábado, 21 de junho de 2008

Morte e vida Verdarina


Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer,devia ter arriscado mais, ter feito o que eu queria fazer” (Titãs)


O título deste texto é uma alusão a poesia de João Cabral de Melo Neto, “Morte e Vida Severina”, mas trata-se de um diálogo da morte com a vida, imaginário e real vividos pela “verdade” de cada um de nós, Severinos, e Severinas; ou ainda da Verdade com Severina, as Verdarinas e os Verdarinos de Jesus.


A verdade cristã é aquela que indica o caminho do sentido do Evangelho em nossas vidas corresponde à realidade de quem realmente somos; ou seja, a essência da identidade humana e a contemplação da realidade do cotidiano da vida em Jesus e com Ele nesta caminhada.


Rubem Alves parafraseando Sêneca diz que, “preparar-se para a repetição do passado, é ter a ilusão de que o tempo não passou”, ou seja, as pessoas condicionam suas vidas a partir dos contextos históricos que manipulam,iludem e muitas vezes, expressam sentimentos superficiais e distantes da realidade de opressão interior e miséria humana, pecadora vivenciadas por nós, Severinos iguais em tudo na vida...


Neste contexto podemos perceber que “a morte tem poder de colocar todas as coisas nos seus devidos lugares”.Perceber o que não se viveu é um estimulo para reinventar a vida a ser vivida. Experiências à beira da morte nos fazem compreender que o rio da vida é belo e esta beleza enquadra a plenitude do rio e as margens da morte. O conjunto desta natureza revela a verdade que se apresenta sobre nós, por meio de nós e em nós, independente de quem somos.


Portanto, acreditamos que esta alegria de viver de muitos verdarinos e verdarinas, que misturam a Verdade da vida e a vida na Palavra de Deus não deve sentir-se ameaçada pela morte porque “viver é morrer... para viver melhor, para viver mais integralmente, para viver de modo imortal, pois foi para isto que o Senhor veio para que tenhamos a vida eterna”. Sentir o conjunto da Obra de deus em sua plenitude. Não há um rio Vida verdadeiro sem margens da morte; uma vida Verdarina eternamente linda fundamentada na Verdade, em Jesus. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida...” João 14.6

ML Giselle Gomes

Extraído do Boletim Nº 33/2006 da Catedral Anglicana da Santíssima Trindade. Recife – PE. (Igreja Episcopal Anglicana do Brasil)