Quem sou eu ?

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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vestibular X Mercado de trabalho


Ontem foi o vestibular 2010.1 da UECE (Universidade que curso Filosofia), e toda vez que vejo essa charge, lembro que no final do semestre estarei de formando e vejo que a questão do emprego fica cada dia mais difícil.
O que fazer ? O que escolher ? O que move nossas motivações ? Dinheiro ou vocação ?
São perguntas pertinentes que a cada dia nos tomam. Mas vida que segue e o melhor remédio pra essa crise e fazer as escolhar certas que nos motivem a fazer com excelência.
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Patativa prisioneira


Antonio Gonçalves da Silva, no registro civil, Patativa do Assaré, nome poético adotado Patativa como o pássaro do Assaré, associado à cidade onde nasceu em 05 de março de 1909 no sítio Serra de Santana município do Assaré - Ceará. Homem simples, camponês sem currículo escolar, poeta de maior expressão do verso no nordeste brasileiro.


Seus poemas são cantados por grandes ícones da música popular brasileira, lançado por Luiz Gonzaga o Rei do Baião e seguido por outros artistas consagrados como: Elomar, José Geraldo, Zé Ramalho, Elba Ramalho e muitos outros. Patativa é agraciado como Doutor Honóris Causa por quatro universidades, Cidadão Honorário de Fortaleza e Cidadão Honorário de Potiguar.


Viveu trabalhando na roça até aos 70 anos de idade, mudando-se para a cidade quand o foi impedido de trabalhar na roça devido a vista curta do olho bom, pois o outro olho perdera aos 4 anos de idade; ouvindo pouco e aleijado por atropelamento. Viveu 93 anos. Foi personagem de documentários e filmes em curta e longa metragem; autor de roteiro musical de filme; tem 06 livros publicados, participação em coletâneas e antologias.


Sua obra serviu de tema para acadêmicos no Brasil, na França e na Inglaterra; gravou alguns discos com seus poemas; por 03 vezes o aplaudiram com seus versos no Memorial da América Latina, em São Paulo; a sua cidade o eternizou num Memorial para acomodarem nele haveres, safras poéticas produzidas por Patativa do Assaré.


Em 2008 na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará tramitaram dois Projetos de Lei em homenagem a ele, sendo que um marcava a data de seu nascimento como “O Dia Cearense da Poesia”. Patativa é admirado por todos os poetas e amantes da poesia popular brasileira . O Brasil comemora o primeiro centenário do maior poeta do século XX.


Nessas três estrofes em quadra, recitando-as em plena rua, citou a situação de abandono da administração municipal. Um policial o prendeu “por desacato a autoridade política” na sala livre da cadeia, cantava uma patativa engaiolada, Patativa então cantou:


“Patativa descontente,
Nesta gaiola cativa
Embora bem diferente
Eu também sou Patativa.


Linda avezinha pequena,
Temos o mesmo desgosto,
Sofremos a mesma pena
Embora, em sentido oposto.


Meu sofrer e teu penar,
Clamam a divina lei:
Tu, presa para cantar,
Eu. Preso porque cantei”.

Patativa foi espetacular. Feliz aquele que teve contato com sua obra e sobretudo sua história.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

REGULAMENTO SÉRIE C 2010‏

Regulamento da Série C (terceira divisão) 2010:

1 – As equipes que não possuem refletores em seus estádios deverão ter os seus jogos realizados à tarde.
2 – Os estádios com capacidade inferior a 1.000 lugares deverão iniciar a venda dos ingressos 1 hora antes do início das partidas. Devendo se reservar os lugares do picoleseiro e do pipoqueiro.
3 – Cada equipe deverá apresentar os seus jogadores pelo menos com a camiseta da mesma cor, caso contrário o time da casa deverá jogar sem camisa para não confundir o juiz.
4 – O time da casa terá que trazer a bola, não valendo bola dente de leite ou de capotão.
5 – Quando um time tiver a quantidade máxima de 8 jogadores, o campo deverá ser reduzido, fazendo as traves com chinelo.
6 – Se um time começa a ser pressionado e a equipe adversária chuta muito forte, seu goleiro pode botar havaianas nas mãos para não doer.
7 – O jogador que chutar a bola para fora do estádio terá que ir buscá-la.
8 – Se mais da metade do time estiver de pés descalços, os outros jogadores têm que tirar a chuteira.
8.1 – Não serão aceitos jogadores com travas muito altas para não estragar o campo, ou machucar o adversário.
8.2 – De preferência, eles deverão usar Kichute.
9 – Caso um time estiver jogando muito mal, um jogador da outra equipe poderá trocar de time para equilibrar a partida.
10 – No final da partida será disponibilizada uma mangueira para os jogadores tomarem um banho rápido.
10.1 – O sabonete ficará por conta de cada um.
11 – Os preços dos ingressos já estão estipulados:
Sentado – R$ 1,00; Sentado no Chão – R$ 0,50; Em pé escorado – R$ 0,25; Em pé sem escora – R$ 0,10; Agachado – R$ 0,05
E quem será o campeão ?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sábias Palavras


"Não existe fracasso no erro, e sim na desistência."

Mário Sérgio Cortella

Texto de Lédio Carmona sobre o acesso do Ceará S.C.



Raramente o futebol é justo. A Série B em 2009 foi um desses minguados casos. Subiu quem merecia. O quarteto que comandou o G4 durante 80% da competição bateu martelo na penúltima rodada e está de volta à primeira divisão. Todos com méritos e trabalho bem-feito. Do Vasco já escrevemos demais. Montou um time razoável, uma comissão técnica de grife e ganhou a segundona. Clube do tamanho do Vasco não tem outra opção. Se joga a B, tem que vencer. E assim foi feito. Agora é montar um time com cara de A, convencer Dorival Junior a permanecer, o que nesse momento é muito difícil, e manter a comunhão com os torcedores. E os outros?


Não me lembro de um time que tenha começado a Série B na lanterna e conseguido terminar no G4. O Ceará foi assim. Campanha irretocável. Superou preconceitos, sacanagens, gol descarado com a mão, receita enxuta e foi à luta. O Vozão bateu no peito e disse: ” A vaga é minha”. Contra tudo e contra todos. Vencendo bairrismo, patotas e hipócritas, camufladamente espalhados pelo Brasil. Seja bem-vindo, Ceará.


O Guarani também está de volta. Campeão brasileiro em 1978, superou uma crise financeira, a desconfiança dos torcedores, apostou na experiência de Vadão, montou um elenco com critério e também subiu. É bom ver o Bugre de volta. Tem tradição, tem história, tem estofo. Não é time de passagem. O Guarani tem uma trajetória. E só tem a somar ao Brasileirão.


E, por último, o Atlético Goianiense, dono do ataque mais positivo entre todas as divisões do Campeonato Brasileiro: 73 gols. Um time que joga voltado para o ataque, até meio romântico, e talvez por isso tenha oscilado tanto na competição. Mas, após idas-e-vindas, o rubro-negro goiano subiu. Também merece os parabéns. Nunca um G4 foi tão perfeito e coeso.

Lédio Carmona é Pai do Pequeno Bob, o niteroiense Lédio Carmona é jornalista há 23 anos. Esteve nas últimas cinco Copas do Mundo. Trabalhou em grandes jornais, como Jornal do Brasil, O Globo e Diário Lance, foi repórter, editor e colaborador da Revista Placar e chefe de reportagem da TV Globo. Atualmente é comentarista do SporTV e blogueiro do GloboEsporte.com. O atual blog é o segundo de sua trajetória na grande rede, iniciada com o Jogo Aberto, espaço que comandou entre 2005 e favereiro de 2009.

Obrigado


Obrigado ao Buiú.

Se não fosse aquele gol do Central aos 36 do segundo tempo, teríamos seguido em frente na Copa do Brasil. Daí, com um pouco mais de sorte, poderíamos ter superado o Vasco na fase seguinte. Lotaríamos o Castelão, relembraríamos o vice de 94, falaríamos mais uma vez que o Ceará tem tradição na competição e, finalmente, chegando às oitavas ou quartas, aquele velho sentimento de dever cumprido se transformaria em desculpa: "é, até que fomos longe".

Obrigado ao Douglas.

Se não fossem os verdadeiros milagres operados pelo goleiro do Fortaleza na final, teríamos sido campeões cearenses. Aí, com a faixa no peito, teríamos coroado a incompetência de um péssimo segundo turno. Teríamos entrado num lenga-lenga de Parque dos Campeonatos X Reconhecimento de Penta X Maior Torcida do Estado e versus tudo que é discussão sem fim. E, por fim, teríamos zoado tanto o nosso rival, que por sua vez teria se reforçado muito mais para a série B e, sem precisar do Chiquinho de Xangô ou Bento XVI, talvez hoje tivesse numa situação menos vexatória.

Obrigado às seis primeiras rodadas.

Se não fosse o desastroso começo de campeonato, provavelmente teríamos prosseguido com o Zé Teodoro. Assim, com uma derrotinha aqui e uma zoninha acolá, teríamos feito a décima sétima proposta para o Givanildo - e escutado o décimo sétimo "não". O tabu de não vencer fora estaria completando 3 anos, e o seis de 16 anos de Série B estaria pintando o 7. PC Gusmão seria treinador do Fluminense. Geraldo, meia do Naútico. E o Mota, bem, o Mota estaria comendo carne de cachorro na Coreia e fazendo uma ruma de gols pra gente ver só no Youtube.

Obrigado ao Wellington Silva, ao Charles Hebert e à Ticiane Falcão.

De coração, gostaria de cumprimentar pessoalmente cada um deles. Dando a mão, claro. Tudo bem, se não fosse o digno trio, poderíamos ter empatado ou até vencido aquele jogo contra o Paraná. Mas aí, pense bem, não teríamos escutado o PC Gusmão garantir para todo o Brasil, na vigésima quinta rodada, que o Ceará iria subir, sim senhor. Não teríamos mostrado para o restante do país o quanto cearense é tinhoso, o quanto temos sangue nos olhos e, principalmente, o quanto nos tornamos invocados quando arengados.

Obrigado à Varicela.

Se não fosse fosse a catapora do Rômulo, é possível afirmar que o Sérgio Alves não teria sido relacionado para nenhuma partida. Certo, sem o Carrasco, poderíamos até estar onde estamos. O Luizinho poderia ter desencantado, o Preto poderia ter voltado a marcar e, inesperadamente, o Éslei poderia mostrar a que veio. Mas, uma coisa é certa, sem as bolinhas vermelhas do Rômulo, não teríamos visto um estádio ir à loucura, vibrando com um gol aos 44 do segundo tempo - literalmente chorado. Não teríamos cantado mais uma vez a música que está virando segundo hino e, o que é pior, não teríamos a imagem de um dos nossos maiores ídolos, aos 39 anos de idade, comemorando um gol feito um menino.

Obrigado.

Não, não vou agradecer ao PC Gusmão, ao Geraldo, ao Michel, ao Mota, ao Boiadeiro, ao Fabrício, ao Evandro Leitão, enfim, não vou agradecer a ninguém que hoje faz o Ceará Sporting Club. Não agradeço porque, simplesmente, não consigo. Com palavras, não. Mesmo sendo redator, mesmo escrevendo trocentos textos, há trocentos anos, definitivamente não sei expressar o tamanho dessa gratidão. Ok, posso até dizer obrigado pelos gols, pelas vitórias e pelo acesso à série A. Se fosse assim, estaria feito. Mas é que pra mim, o Ceará, este Ceará aí, é bem mais do que isso. E é aqui que a coisa começa a ficar preta. E branca. Por exemplo, como que eu posso agradecer pela felicidade de ver um sujeito, que não ia ao estádio há 10 anos, vibrar e marejar a cada gol do Vozão? Ainda mais quando este sujeito é seu próprio pai? Por favor, quem conseguir descrever, aceito currículos. E mais: como é que eu posso ser de fato gentil a quem está fazendo com que nossas crianças tenham mais orgulho em ser Ceará do que torcer um time de SP ou do RJ?

É, acho que é por isso que, no lugar de escrever, torcedor expressa paixão - e gratidão - cantando: Valeu, Vovô. Valeu, Vovô...

Cyro Thomaz é publicitário

Um novo ciclo


Por Felipe Araújo *

Há exatos dez anos, no fim da temporada de 1999, o então presidente do Ceará Sporting Club, Átila Bezerra, participava de uma mesa redonda dominical numa emissora local de TV e avaliava as perspectivas do clube para o ano seguinte. O Ceará acabara de ser tetracampeão estadual; batera na trave na disputa por uma vaga na primeira divisão do Campeonato Brasileiro – perdendo a vaga para o Goiás –; via seus rivais locais afundados em graves crises financeiras; e estava na iminência de fechar uma parceria com o banco Icatu Hartford, que prometia reinventar o modelo de gestão esportiva no futebol cearense a partir da profissionalização dos quadros da administração alvinegra. Para 2000, anunciou o mandatário, o (segundo) pentacampeonato estadual estava garantido e a sonhada vaga na elite do futebol brasileiro era apenas uma questão de tempo em função dos novos ares em Porangabuçu.


Mesmo o mais desconfiado dos alvinegros não poderia imaginar quão infelizes seriam aquelas declarações. A partir de 2000, a era de aquarius para o Ceará virou uma quadra de tristeza e frustrações. O calendário alvinegro passou a ser pautado pelas disputas fratricidas entre seus dirigentes, pela demagogia e pela incompetência administrativa de seus gestores, pela obtusidade e pelo cinismo de setores da imprensa comprometidos com interesses inconfessáveis dentro do clube e, por tabela, pela impaciência da torcida. Com isso, os anos 00 foram uma das piores décadas da história alvinegra: a fogueira de vaidades em que ardia o ego dos tragicômicos “cardeais alvinegros” inviabilizou a parceria com o banco e legou uma herança maldita que durante anos assombrou as contas de Porangabuçu, o clube viu seu principal rival renascer das cinzas, conquistou apenas dois campeonatos cearenses (embora o campeonato de 2004 não tenha sido decidido dentro de campo por conta de uma constrangedora armação da FCF) e balançou por diversas vezes na corda da bamba que dava para o abismo da terceirona.


Ontem, o Ceará chegou por seus méritos (sem precisar ser guinchado de divisões inferiores, ressalte-se) à elite do futebol brasileiro. Uma campanha que emocionou a maior (e mais fiel) torcida do Estado e arrancou elogios mesmo dos comentaristas mais sisudos. Dentro de campo, o time de PC Gusmão soube combinar o pragmatismo tático com a garra exigida pelas arquibancadas. Não houve futebol vistoso, mas houve futebol compromissado. Nenhum novo Zé Eduardo despontou, mas bons jogadores (Mota, Geraldo, Michel, Boiadeiro, Erivelton, Misael, Fábio Vidal e outros) vestiram com muita dignidade a camisa alvinegra e suaram lágrimas junto com a massa.


Fora de campo, a gestão de Evandro Leitão abraçou com seriedade e competência o desafio de comandar a maior paixão esportiva do Estado, implementando novas práticas gerenciais e reerguendo a auto-estima do torcedor alvinegro. Dez anos depois da famigerada barrigada do então presidente alvinegro, que deu início a um ciclo a ser esquecido pelos alvinegros, Evandro tem a oportunidade de novamente olhar para o futuro anunciando uma nova era para o Vozão. Um novo ciclo marcado não pela presunção vazia ou pela vaidade inútil; mas pelo planejamento e pela seriedade no trato com o patrimônio alvinegro. Um novo tempo marcado não apenas pelo desafio de montar times vencedores, mas pela missão de fazer do Ceará um grande clube.


É o que deseja o torcedor alvinegro, que hoje vai dormir bêbado de alegria, comemorando o tão sonhado acesso de nosso time querido. Mas que amanhã vai acordar com o desafio da primeira divisão pela frente.



Parabéns, Vozão!
*Felipe Araújo é jornalista

Classe operária chega... à elite


União do grupo, comando firme, porém compreensivo e amigo, vaidades pessoais passando longe, idem para mercadores de jogadores, líder que defende e intermedia os interesses do grupo e principalmente uma torcida como poucas, esses são alguns dos ingredientes que levaram o Ceará Sporting, após 16 anos, de volta à Primeira Divisão do futebol brasileiro.


Antes, havia um pensamento pequeno: “Subir pra que, só para cair no ano seguinte”. Ouvi isso de um ou outro torcedor, porém mais de diretores. O torcedor alvinegro, renda per capita à parte, sabe da força que tem e por isso pensa grande. Tem consciência de que o seu comparecimento aos jogos é suficiente para bancar as despesas do clube. O que entrar além disso é lucro. E sabe também que o Ceará precisava, antes de tudo, acabar com o velho vício de diretor tirar dinheiro do bolso para pagar salário e bicho de jogadores e comissão técnica.


Agora, que o sonho em preto-e-branco se transformou em realidade, passemos à etapa seguinte. Vamos fortalecer as escolinhas para formar os próprios craques, alvinegrinhos que crescerão na luta pelo objetivo comum: fazer o Ceará grande. E manter a base atual, em busca não apenas de “se manter” ou “não cair”. Afinal, é preciso pensar maior... E continuar sonhando!


Neno Cavalcante é jornalista e dentre outras atividades é um ilustre torcedor do Ceará S.C.

domingo, 22 de novembro de 2009

Nosso amor é de PRIMEIRA.


Meu time do coração é o Ceará Sporting Club, 40 vezes campeão do estadual cearense e de maior torcida do Nordeste. Pois é, o VOZÃO, como é carinhosamente conhecido, voltou a PRIMEIRA DIVISÃO do Brasileiro. Na capital do Ceará é só alegria.

Eu que acompanho futebol desde de meus 12 anos, vi o Ceará ser campeão "arrastão" em 1993, dei volta olímpica com o troféu e no segundo semestre vi o Ceará jogando a primeira divisão. Pena que naquele ano caímos pra série B, e por lá ficamos 16 anos, onde nesse tempo "batemos na trave" na possibilidade de cair.
Prova disso, além de salários atrasados, pagamentos em saco plástico, etc., é que, antes da campanha de 2009, se fizermos um balanço com as outras 15 temporadas em que o time ficou na Série B, o alvinegro estava, digamos, "negativado". Saldo de gols no negativo, mais derrotas do que vitórias, e, em apenas 2 oportunidades conseguiu terminar a competição entre os 10 primeiros. A campanha de 2009 equilibrou as contas deixando até um saldo positivo. Um absurdo para um time da grandeza do Ceará.

Mas o bom trabalho foi coroado na tarde de ontem em Campinas, depois da vitória sobre a Ponte Preta o Ceará conseguiu com 1 rodada de antecedência o acesso a 1° divisão. Parabéns jogadores, comissão técnica, diretoria e sobretudo a torcida alvinegra.

Demorou , mas nada melhor que subir no campo, sem canetada e contra tudo e contra todos.

Nosso amor é de PRIMEIRA! Valeu Vozão

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Consciência Negra


O dia 20 de novembro é o dia da Consciência Negra. A data foi escolhida pelo Movimento Negro em contraposição ao 13 de maio (dia da suposta abolição da escravatura) e é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, que faleceu neste dia há 308 anos. Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares - que é considerado o maior foco de resistência negra à escravidão no Brasil. Mais de três séculos após a sua morte, constata-se que o racismo não deixou de existir, ou de se manifestar cruelmente. Na verdade, a opressão de cor somente modernizou-se, assim como a sociedade da opressão modernizou suas formas de dominação durante os anos

Aos que não estão "ocupados" demais com o feriado é uma otima oportunidade para refletir sobre o papel da palavra CONSCIÊNCIA em nosso cotidiano.

E vida que segue.

Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia mundial da filosofia


Hoje é o dia mundial da filosofia. Você sabia ? Pois fique sabendo. Um dia do calendário mundial dedicado à Filosofia foi o que a UNESCO instituiu para que o papel da Filosofia seja fortalecido e para que seja reconhecida sua fundamental importância para a sociedade. Uma nova data para uma prática tão antiga como é o filosofar. Esse dia é a terceira quinta-feira do mês de novembro que, pelo 8º ano vêm sendo comemorado com grandes eventos em todo o mundo e, através desses eventos, se oportunizando a criação de espaços para o diálogo intercultural, para se debater o ensino da filosofia, para gerar novas perspectivas sobre a contemporaneidade e o mundo. Esses eventos marcam a história, reacendendo os debates filosóficos em todo o planeta.

Respeito pelos filósofos

Há quem encare os filósofos como deuses ou como sábios: com muito respeitinho, não ousando discordar deles. Para essas pessoas, as palavras de um filósofo são como a voz de um oráculo que, em vez suscitar discussão, é preciso aceitar e repetir respeitosamente. Mas isso é a própria negação da filosofia, pois é um convite à suspensão da nossa capacidade crítica.

Olhar para os filósofos desta maneira é confundir filosofia com religião. Além de que, por incrível que possa parecer a algumas pessoas, os filósofos são seres humanos como os outros: comem, dormem, amam, choram, vão à praia, usam telemóvel e... erram. Assim, a melhor maneira de respeitar um filósofo é encará-lo simplesmente como filósofo – não como pregador – discutindo criticamente as suas ideias. O que os filósofos querem é respeito, não respeitinho.

Eis, pois, algumas afirmações de filósofos importantes que, com o devido respeito, me parecem disparatadas:

Do que não se pode falar, há que ficar em silêncio. Wittgenstein, o autor desta afirmação, considerava que o mais importante é precisamente o que não pode ser dito. Mas deverá esta afirmação ser levada a sério? Se sim, Wittgenstein está a ser incoerente, pois está a exprimir algo acerca do que não se pode falar. Razão parece ter um outro filósofo, Frank Ramsey, ao comentar que o que não pode ser dito nem sequer pode ser assobiado. Pelo que se vê, Wittgenstein fez mais do que assobiar, pois não conseguiu ficar em silêncio acerca do que não se pode falar.

Até aqui os filósofos têm-se dedicado a interpretar o mundo, porém o que importa é transformá-lo. Marx, autor da frase, dava uma prioridade à praxis (prática ou acção) em relação à teoria. Mas há demasiados exemplos de que a prática, quando não é iluminada por uma compreensão prévia da realidade, acaba por se tornar cega e mesmo perigosa. Como sabemos o que transformar ou sequer se podemos mudar o que ainda não tentámos compreender? E será que é realmente importante mudar o que eventualmente possa estar bem? Não será fundamental saber antes o que está bem ou mal e porquê para sabermos se vale realmente a pena mudar seja o que for? Assim, a ideia subjacente de que a teoria e a prática são coisas divergentes é manifestamente errada e até perigosa.

O que não me mata torna-me mais forte. Disse-o Nietzsche, mas também o dizia a minha avó, que nunca ouviu sequer falar de Nietzsche. E até já a avó da minha avó o dizia também, só que de uma forma ligeiramente diferente: o que não mata engorda. Mas basta pensar um pouco para ver que tanto Nietzsche como a minha avó foram algo precipitados a tirar conclusões, o que se desculpa mais à minha avó do que a Nietzsche. A ideia de Nietzsche é a de que a vida é para ser vivida sem restrições, sem disfarçar a dor e a alegria, como acontece com os mais fortes e corajosos, que nada recusam. Assim, dar o peito às balas é próprio dos mais fortes. Só que há balas que não matam mas moem, deixando-nos fracos e feridos para o resto da vida. Nem Nietzsche nem a minha avó foram incapazes de evitar uma falácia muito comum: a falácia da generalização precipitada.

Claro que as frases destes filósofos têm mais que se lhe diga e o contexto em que foram produzidas pode dar-lhes outro sentido. Mas tem de se começar a discussão por algum sítio e isto é só um princípio de discussão.

A todos que são amigos do saber, parabéns.

Milésimo gol, 40 anos

Faz 40 anos que o único 1000° gol da história do futebol profissional foi marcado por Pelé, contra o Vasco, no Maracanã.
Sobre a façanha, outro gênio brasileiro escreveu:

"O difícil não é fazer mil gols como Pelé. O difícil é fazer um gol como Pelé".
Nada a acrescentar depois de Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Hábitos que transformam‏


Em 1989, o reverendo John Stott veio ao Brasil para falar num dos congressos da VINDE -- Visão Nacional de Evangelização. Depois de uma de suas palestras, nos reunimos para conversar com ele. Era um grupo pequeno de jovens pastores, sentados em torno de um dos maiores expositores bíblicos da nossa geração, perto de completar 70 anos. A conversa seguiu animada. Ele nos deu liberdade para perguntas pessoais e, entre outras, não faltaram aquelas sobre o porquê de não se casar.

Porém, de todas, guardei apenas a resposta que ele deu quando lhe perguntaram sobre a razão do seu longo ministério tão frutífero. Ele respondeu: “Leio a Bíblia e oro todos os dias, vou à igreja todos os domingos e nunca falto à celebração da Eucaristia”. A resposta foi surpreendente por sua simplicidade.

Sabemos que ler a Bíblia e orar todos os dias, ir aos cultos e participar da Ceia nunca foram, por si só, sinais confiáveis de espiritualidade, muito menos um caminho seguro para a maturidade. Muitas pessoas fazem isso por puro legalismo. Por outro lado, sabemos também que não fazer nada disso é um caminho seguro e certo para o fracasso espiritual.

O doutor James Houston, criticando o abandono da leitura devocional em nossos dias por uma literatura funcional e pragmática, afirma: “Os hábitos de leitura do chiqueiro não podem satisfazer a um filho e aos porcos ao mesmo tempo”. Ao usar a imagem da Parábola do Filho Pródigo, ele nos chama a atenção para o risco de nos acostumarmos com a vida do chiqueiro. Para Houston, as práticas devocionais nos ajudam a perceber que existe algo maior e mais excelente na vida de comunhão com o Pai.

O reverendo A. W. Tozer (1897-1963) escreveu um artigo afirmando que “Deus fala com o homem que mostra interesse”, e que “Deus nada tem a dizer ao indivíduo frívolo”. Mais do que cultivar o hábito de ler a Bíblia, orar e participar do culto, o que na verdade fazemos quando cultivamos estas práticas devocionais é demonstrar o interesse vivo que temos por Deus e por sua Palavra.

Da mesma forma como a vida necessita do básico (ter o suficiente para comer e vestir, onde descansar), a natureza da vida espiritual repousa sobre o que é essencial (Bíblia, oração, comunhão, adoração e missão). São esses hábitos básicos que nos colocam no lugar onde podemos experimentar a graça de Deus e crescer.

Há hoje muita oferta para a vida e para a espiritualidade. A sedução do supérfluo despreza o essencial. Vivemos o grande perigo de negar o básico, achando que podemos experimentar a graça de Deus e provar sua bondade e amor sem nos aquietar e deixar que sua Palavra molde nosso caráter, que a oração fortaleça nosso espírito e que a comunhão nos sustente em nossa identidade como povo de Deus.

As disciplinas espirituais básicas cultivadas pelo reverendo Stott ao longo de sua vida formaram seu caráter como cristão. Nada pode substituir a prática diária da oração nem a leitura devocional das Escrituras. Nada substitui o valor do culto comunitário nem o mistério da Eucaristia. O cultivo destas disciplinas requer de nós não apenas tempo e perseverança, mas também humildade e coragem para sermos transformados pelo poder de Deus.

Deus não nos chamou para a realização pessoal, mas para a comunhão pessoal e íntima com ele e o próximo. Deus não nos chamou para sermos operários agitados do seu reino, mas para amá-lo e amar ao próximo de todo o coração. Os hábitos devocionais libertam-nos da “normalidade” do chiqueiro e nos transportam para uma existência de comunhão com Deus que enobrece a vida. São estes hábitos que preservam nossos olhos voltados para o alto, para que, aqui na terra, nossa existência ganhe a grandeza dos ideais divinos.
As práticas devocionais fazem parte do processo formativo da alma diante de Deus. Precisamos cultivá-las a fim de permanecermos em sintonia com o reino de Deus, que molda o nosso caráter em Cristo. É a palavra de Deus que devolve a vida aos “ossos secos” da agitação moderna.

Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

sábado, 14 de novembro de 2009

Juntar as mãos


O ato de juntar as mãos em oração é o começo de uma insurreição contra a desordem do mundo.

Karl Barth

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

UM BOM DIA


5 passos para começar bem o dia.


1 - Inicialize o computador.

2 - Crie um novo arquivo.

3 - Salve-o como o nome "Torcedor do Fortaleza".

4 - Clique em "excluir". Vai aparecer a seguinte mensagem:"Tem certeza que deseja enviar 'Torcedor do Fortaleza' para a lixeira?"

5 - Clique "sim".

Pronto, seu dia começará bem melhor.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A queda do muro de Berlim

Portão de Brandemburgo, hoje
A queda do muro de Berlim encerra um ciclo da história mundial que se iniciou com a Revolução Russa de 1917 e teve seu apogeu nas décadas de 1950 e 1960 com a assim chamada guerra fria. O mundo nesse período foi regido por uma lógica bipolar, resultado do conflito em escala planetária das superpotências militares, Estados Unidos e União Soviética, que representavam modelos econômicos e ideológicos antagônicos. Parecia assim ter fim o maior conflito ideológico da história humana com a desmontagem do bloco socialista e a consolidação do processo de globalização econômico levado a cabo pelos países capitalistas centrais.
O historiador americano Francis Fukuyama apressou-se em interpretar a queda do muro de Berlim como índice do fim da História, do fim dos conflitos ideológicos e como prova empírica irrefutável da superioridade da economia de mercado sobre qualquer forma de controle da atividade econômica pelo poder estatal. Mesmo discordando das análises de Fukuyama, não se pode negar que o colapso do bloco socialista europeu teve duas conseqüências imediatas: primeiro, acelerou o processo mundial de liberalização do fluxo de mercadorias, serviços e capitais em escala global com a desmontagem das economias periféricas, menos competitivas e muito mais vulneráveis aos ataques especulativos do capital financeiro; segundo, abalou intensamente o pensamento critico e a postura da esquerda que via no capitalismo um sistema social de opressão, pois produz a mercantilização das pessoas, a concentração do poder e dos meios de produção, gera alienação social, explora e danifica profundamente a vida no planeta. Apos 20 anos, como avaliar os efeitos desastrosos da hegemonia do pensamento neo-liberal e a desarticulação e desutopização provocadas no campo do pensamento social crítico?
Checkpoint Charlie, um dos pontos de passagem entre os lados da cidade
As maiores vítimas da onda de globalização sob hegemonia neoliberal foram os trabalhadores e as coletividades nacionais, com privatização maciça das empresas públicas, forte redução dos direitos trabalhistas e do poder reivindicatório dos sindicatos, perda do poder político dos Estados e conseqüente perda de soberania nacional, larga privatização da saúde e da educação, com o conseqüente sucateamento de hospitais públicos e de escolas públicas. Como afirmava Immanuel Wallerstein, há alguns anos atrás, o neoliberalismo tem um custo social enorme, com aumento da pobreza e da exclusão social e com a deslegetimação das lideranças locais, nacionais. Dessa maneira, o sistema se torna incapaz de resolver as crises produzidas por ele próprio: a crise social, com níveis de desigualdades intoleráveis, e a questão ambiental, resultado de uma atividade produtiva predatória e sem limites.
A recente crise no sistema global explicita as contradições do capitalismo e põe em suspeição a ideologia neoliberal que o sustenta.

O muro cerca o Portão de Brandemburgo, entrada de Berlim Oriental

Novo mundo No entanto, o fato mais auspicioso dos últimos anos é a rearticulação do pensamento social critico e das formas de luta, de insubmissão e de resistência social. Em breve, estaremos comemorando os 10 anos de instalação do Fórum Social Mundial, que foi decisivo enquanto instância de reorganização do pensamento de esquerda e de combate ao neoliberalismo. Trata-se aqui, sobretudo, como explicitou o sociólogo Emir Sader, de construir a esfera pública em contraposição à esfera mercantil, de resgatar a autonomia do político em contraposição à lógica instrumental capitalista. É exatamente na America Latina, que hoje se rearticula de uma forma mais protagônica uma nova esquerda, preocupada com as minorias, com a questão ambiental, com a democratização dos meios de comunicação, com a multiculturalidade. A America Latina tem hoje um numero razoável de governos preocupados em defender a soberania nacional, em construir alternativas às investidas imperialistas do capitalismo central, em resgatar sua dívida social e em preservas suas riquezas naturais.
Vinte anos após a queda do muro de Berlim, podemos nos dar conta que tudo não passou de um espetáculo, uma piada de mau gosto, que muro nenhum ruiu, que há muitos muros sendo construídos diariamente e que precisamos empunhar sempre um martelo entre as mãos... Ou uma foice... Nós, os alertas...
José Maria Arruda é Doutor em Filosofia pela Universidade de Essen/Alemanha com Pós-Doutorado na Universidade de Aachen/Alemanha e atualmente Professor Associado II do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.

domingo, 8 de novembro de 2009

Porque hoje é domingo (01)


Como andam as universidades no Brasil? O que elas tem produzido? Qual a função social que elas tem ocupado ? Como andam os concursos para as universidades públicas ? Fica aqui a reflexão ...

Deus abençoe a todos.
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

sábado, 7 de novembro de 2009

Charge desta sexta (6/11/09) do O POVO


Boa sorte e vida longa ao nosso representante cearense na série B 2010.
Força ICASA
Com o empate, o Leão já fez o check-in para embarcar rumo à Série C
Vai em paz, Alecrim-RN, Paysandu-PA, Central de Caruaru e outras "potencias" te esperam.