Quem sou eu ?

Minha foto
Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Troco 100 scraps por 1 abraço


A cada ano que passa eu recebo mais scraps no meu aniversário e menos abraços. Tudo começou com a popularização do celular há alguns anos atrás. Meus amigos e familiares começaram a me ligar no dia do meu aniversário e pararam de vir me visitar para me dar um abraço, desejar um feliz aniversário e comer um bolinho da minha mãe. Mas foi depois do Orkut que todos sumiram de vez.

Agora, quando chega o meu aniversário, entro no meu computador e gasto horas lendo todos os scraps maravilhosos que recebo, são de pessoas de longe, de perto, e o mais engraçado, dos meus vizinhos também. O problema é que leio no fim das frases: bjs e abraços, mais não os sinto. O fato de só lê-los não me faz sentir que realmente fui lembrado e visitado.

Por sinal estou ficando neurótico, não sabia que tantas pessoas faziam aniversário cada dia. Todo dia vejo no Orkut uma lista de pessoas que nem conheço tão bem assim, mas vi em um acampamento ou num evento, que estão fazendo aniversário e, pelo fato do Orkut me lembrar, me sinto na obrigação de mandar um scrap, mesmo sabendo que se não fosse o Orkut não teria a mínima possibilidade de eu saber que este colega estaria fazendo aniversário.

O que fazemos com esta pressão? Mandamos o scrap por desencargo de consciência!

Por isso lanço essa campanha solidária, onde deixo bem claro que troco 100 scraps de feliz aniversário por um abraço.

Não sei no mercado de valores quanto está valendo um abraço, mas sei que, proporcionalmente, para mim: 100 scraps valem 1 abraço e os scraps animados estão muito mais desvalorizados 1000 por 1; um depoimento está valendo 45 por 1; um telefonema está valendo 20 por 1 e uma carta de correio escrita a mão esta valendo 5 por 1.

Essa grande tabela de valores muda todos os dias, mais de uma coisa eu tenho certeza, quando vamos avaliar mesmo o que nos faz sentir amados pelos nossos amigos, os scraps não estão valendo nada. Por isso fique sabendo que: quando você vir a minha foto e de muitos amigos que tenho conversado, na lista de aniversariantes do seu Orkut, estamos trocando 100 scraps por 1 abraço.
Marcos Botelho

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Aquilo que mais amo.


O amor é belo, é atraente e envolvente.
Ele nasce conosco, empolga-nos, faz vibrar nossos sentimentos e nossas emoções,
transforma nosso viver, mexe com o nosso existir dando-lhe em significado todo especial,
torna-nos sensíveis, abertos e sonhadores.
Trilhar o caminho do amor nem sempre é fácil. Tem-se que ter coragem, decisão e perseverança.
O caminho do amor é traçado por luta e superações.
Amar, muitas vezes, é arriscar tudo sem ter a certeza de que vai ser recompensado por isso.
Castelos já foram destruídos pela traição; colunas jamais se reestruturam devido ao badalo de uma decepção;
pontes da união jamais se reergueram devido à catástrofe de uma separação; o sol da vida de muitos se ofuscou perdendo seu filho produzindo um semblante caído diante de uma desilusão; sonhos se transformaram em pesadelos devido à tormenta de uma pedra;
vidas foram sufocadas por anseios impossíveis; almas foram abatidas pelo punhal da pessoa amada; muitos já ficaram sós na estrada da vida, outros se perderam sem qualquer destino ou direção procurando o amor perdido, perdendo, assim, até o amor próprio, e, tantos outros, absortos pelo medo de uma nova derrocada, de mais um castelo em ruínas, um castelo em ruínas, uma catástrofe separada, se tornaram imponentes para dar um novo passo, investir e tentar uma nova caminhada.
Muitas pessoas se tornaram para dar um novo passo, investir e tentar uma nova caminhada.
Muitas pessoas se tornaram como um dia sem sol ou uma noite sem lua e estrelas.Entretanto, quando “teimosamente”, o amor é preservado como bem mais precioso, apesar de todas as lutas e decepções, conduz seu portador à vitória. A vitória sobre tudo que desacredita a possibilidade de ser feliz apenas por não desistir de amar e de acreditar na vida. A vitória de ver o sol atrás das densas e carregadas nuvens. A vitória de conseguir sobrepujar a dor.
O amor cultivado no coração não morre mais vive. Faz o arco-íris reaparecer no céu da nossa existência; trás de volta o resplendor e o calor do sol; é capaz de reerguer pontes, reedificar colunas tornando-as mais fortes que anteriormente, reconstruir castelos alicerçados; renova-nos fazendo-nos sonhar, arquejar, desejar e conquistar.
Esse amor sempre triunfa.
Esse amor é como uma noite de lua prateada rodeada por estrelas cintilantes, enchendo de esperança e romantismo as almas dos viventes.
Dessa forma ele conduz os mais fracos e imponentes ao podium dos vitoriosos, transformar os que foram “derrotados” em verdadeiros guerreiros, destemidos, corajosos, ousados e invencíveis.
Decidir amar sempre é trilhar um caminho mais que excelente, pois o amor preenche o anseio de uma alma, renova as forças do combalido e sustenta firme a esperança de um coração.
Na verdade o amor se traduz um ema virtude muito além de um simples sentimento. Amar é um propósito.
Amor é o que de mais belo há na composição de virtudes do criador, pois Deus é amor.
Amor é inspiração dos poetas, o som melodioso dos músicos, o tema preferido dos compositores, é a beleza do dia e do romantismo da noite, é o ele que uma duas pessoas, é a força do guerreiro que (como a Fênix) o ergue das cinzas para continuar a batalha, é a verdadeira instrução dos pequeninos e a gloria dos velhos, o estimulo dos jovens, é o calor de ternos braços, o pulsar de um coração compassivo e o toque de mãos piedosas.A inspiração do amor vem de Deus que é amor que nos amou de “tal maneira” de forma que não ficamos abandonados à mercê do destino.
O amor é capaz de alcançar lugares longínquos,transpor as fronteiras do preconceito, auxiliar sem acepção, dar sem requerer retribuição, sofrer em prol da felicidade de alguém, morrer para o outro viver.

O amor é muito, mas muito mais, que falar, sentir, ou mesmo sonhar ...
É viver!
Paulo R. P. Cunha.
Faço dele as minhas palavras, uma semana abençoada.
Thiago Oliveira Braga




domingo, 27 de julho de 2008

Religião, política e futebol não se discutem?


Existe um ditado popular que diz "religião, política e futebol não se discutem". Gostaria de discordar dessa afirmativa. De fato, apesar de serem temas desafiadores, são os três temas que me agrado muito.É inevitável NÃO falar de política em ano eleitoral, mas me deu o direito de refletir, pois ainda acredito que a transformação social se dá pela MUDANÇA, e ela não se faz na urna, mas na minha postura como cidadão.

Partilho uma poesia de autoria de João de Almeida Neto, convidando pra refletirmos sobre o nosso Brasil, sobre a importância da nossa escolha!

"Um país que crianças elimina; e não ouve o clamor dos esquecidos;

Onde nunca os humildes são ouvidos; e uma elite sem Deus é que domina;

Que permite um estupro em cada esquina; e a certeza da dúvida infeliz;

Onde quem tem razão passa a servis; e maltratam o negro e a mulher;

Pode ser o país de quem quiser; mas não é, com certeza, o meu país.

Um país onde as leis são descartáveis; por ausência de códigos corretos;

Com noventa milhões de analfabetos; e multidão maior de miseráveis;

Um país onde os homens confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz;

Mas corruptos têm voz, têm vez, têm bis, tem o respaldo de um estímulo incomum;

Pode ser o país de qualquer um; mas não é, com certeza, o meu país.

Um país que os seus índios discrimina; e a Ciência e a Arte não respeita;

Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina;

Um país onde a Escola não ensina; e o Hospital não dispõe de Raios X;

Onde o povo da vila só é feliz; quando tem água de chuva e luz de sol;

Pode ser o país do futebol; mas não é, com certeza, o meu país!Um país que é doente;

não se cura; quer ficar sempre no terceiro mundo;

Que do poço fatal chegou ao fundo; sem saber emergir da noite escura;

Um país que perdeu a compostura; atendendo a políticos sutis;

Que dividem o Brasil em mil brasis; para melhor assaltar, de ponta a ponta;

Pode ser um país de faz de conta;

Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que perdeu a identidade; sepultou o idioma Português;

Aprendeu a falar pornô e Inglês; aderindo à global vulgaridade;

Um país que não tem capacidade; de saber o que pensa e o que diz;

E não sabe curar a cicatriz; desse povo tão bom que vive mal;

Pode ser o país do carnaval; mas não é, com certeza, o meu país!"

O voto é um direito de todo o cidadão, como também um dever. Não venda, não distribua seu voto, por favores e regalias. Vote com consciência, pensando em representantes que vão defender a maioria dos interesses dos brasileiros. Sobre tudo dos discriminados, esquecidos, sem voz e vez.

Com vocês ao serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga

Buscando o que acredito


O escritor Chaim Potok descreveu como foi a descoberta de sua vocação,de ser um escritor desde pequeno,mas, quando foi para a faculdade, sua mãe se aproximou e disse "Chaim, eu sei que você quer ser um escritor, mas eu tenho uma idéia melhor. Por que você não se torna um neurologista. Você impedirá a morte de muitas pessoas; você ganhará muito dinheiro." Chaim respondeu: "Não, mãe. Eu quero ser um escritor."


Ele voltou para casa nas férias, e sua mãe falou-lhe novamente. "Chaim, eu sei que você quer ser um escritor, mas ouça a sua mãe. Seja um neurocirurgião. Você impedirá a morte de muitas pessoas; você ganhará muito dinheiro." Chaim respondeu: "Não, mãe. Eu quero ser um escritor."


O diálogo foi repetido em todas as férias, todos os feriados, todos os reencontros: "Chaim, eu sei que você quer ser escritor, mas ouça a sua mãe. Seja um neurocirurgião. Você impedirá a morte de muitas pessoas; você ganhará muito dinheiro." Todas as vezes, Cham respondia: "Não, mãe. Eu quero ser um escritor."


Com o tempo, o clima ficou tenso, a pressão se acumulou. Finalmente, aconteceu a explosão. "Chaim, você está perdendo o seu tempo. Seja um neurocirurgião. Você impedirá a morte de muitas pessoas e ganhará muito dinheiro." Esta explosão levou a outra explosão: "Mãe, eu não quero impedir que as pessoas morram;eu quero mostrar-lhes como viver"


Essas palavras redefiniram minha vocação. Todas as pessoas à minha volta aconselharam-me a fazer coisas boas, ajudar a resolver problemas e obter sucesso, mas não era aquilo que eu queria. Na verdade, eu nunca quis aquilo. Eu não queria impedir que as pessoas morressem; eu queria mostrar-lhe como viver.


Extraído do livro "À sombra da planta imprevisível", de Eugene H. Peterson.
Com vocês ao serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga

segunda-feira, 21 de julho de 2008

História de um sertanejo


Certo dia um cabra esperto
Quis passar perna em Jesus:
“Mestre diga o que farei para ir morar
no céu?”
Este foi o desafio daquele doutor da Lei:
“Mestre diga o que farei. Mestre diga o que
farei.

Pra uma pergunta inteligente,
Uma outra como repente:
“O que está escrito na Lei, e como você a interpreta?”
Enquanto ele vinha com a mandioca o Sábio Senhor Jesus já tinha
pronta a tapioca.

Respondeu o professor de Teoria:
“Ame a Deus de coração.
E também ame ao seu próximo, como
Tu amas a ti mesmo”
É certo disse-lhe Jesus, se praticar
Que bom seria.
Faça isso e viverá, faça isso e viverá.

Mas quem é esse tal meu próximo?
Pergunta o preconceituoso.
Jesus responde com uma história, de
Um viajante solitário:
Que é por Jagunços assaltados, fica
Ferido e desmaiado.
E veja só o que sucedeu, e veja só que o que Sucedeu.

Se achega um religioso.
Homem de grande devoção
O coronel lá da igreja, ta sempre com
A Bíblia na mão;
Mas quando vê o pobre caído foge
Pela contramão.
Esse não dava nem pra ser,
Lá do bando de lampião.

Atrás veio seu assistente,
Do templo era o dirigente.

Zeloso nas quatro paredes, fora um
Sujeito negligente.
Pra minha trova encurtar, repete a cena do da frente.
Eita sujeito inconseqüente!
Não socorreu o próprio parente.

Lá vem mais um personagem do Sertão.
Em cima dele um desprezado sertanejo.
Vê o estrangeiro ferido lhe estende
A calejada mão.Bota remédio nas feridas e o levanta
Do chão.Monta o homem no jumento e o leva
Pra pensão.

Qual dos três foi o próximo da vitima?
Jesus pergunta pro doutor.
O que agiu com compaixão, admiti o nobre professor.
Pois vá e faça a mesma coisa, disse o Senhor Jesus.
Pra ser um bom samaritano tem
Que amar a todos como irmão.
Independente de sotaque,Posse, raça, cor ou posição.

Essa história conto a todos, que é pra todos alertar
Nessa vida passageira num podemos nos privar
De amar o nosso proxímo e a Deus sempre honrar.
Meu amigo e minha amiga, num podemos esquecer
que Jesus o bom pastor, estende a mão pra nos erquer.

Com vocês ao serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Jonas - Criador ,Cria e atura!


Jonas foi um profeta israelita daTribu de Zebulão, filho de Amitai, natural Gete-Héfer. Profetizou durante o reinado de Jeroboão, Rei de Israel Setentrional. (II Reis 14:25; Jonas 1:1) Crê-se que tenha sido o escritor do livro bíblico do A.T. que leva o seu nome.


Jonas é comissionado pelo Deus de Israel para ir aNínive, capital da Assíria. A sua missão era admoestar os assírios que devido a sua crueldade e ao muito derramamento de sangue, iriam sofrer a ira Divina caso não se arrependessem dentro de quarenta dias. Os assírios eram famosos, por exemplo, por decapitar os povos vencidos, fazendo pirâmides com seus crânios. Crucificavam ou empalavam os prisioneiros, arrancavam seus olhos e os esfolavam vivos. Temendo pela sua vida, Jonas foge rumo a Társis, no SE da Península Ibérica (na moderna região da Andaluzia). Situa-se a aproximadamente 3.500 km do porto de Jope (a moderna Tel Aviv-Yafo).


Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece um violenta tempestade. Esta só acaba quando Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um "grande peixe [em grego këtos]" (Jonas 1:17) e no seu estômago, passa três dias e três noites. Sentindo como se estivesse sepultado, nesta situação arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa praia e segue rumo para Nínive.


Mas lendo "À sombra da planta imprevisível" - Uma investigação sa Santidade vocacional, de Eugene H.Peterson. Me chamou muita atenção a oração que Jonas fez,em ação de graças no seu momento mais emblematico de todo o livro,onde ele tinha todos os motivos do mundo de murmurar,ele percebeu que era o início de uma oportunidade de fazer algo diferente,e ELE FEZ.


Oração de Jonas (2:2-9)


"Na minha angústia clamei ao Senhor,

e ele me respondeu;

do ventre do abismo gritei,

e tu ouviste a minha voz.

Pois me lançaste no profundo,

no coração dos mares,

e a corrente das águas me cercou;

todas as tuas ondas e as tuas vagas

passaram por cima de mim.

E eu disse: Lançado estou

de diante dos teus olhos;

como tornarei a olhar

para o teu santo templo?

As águas me cercaram até a alma,

o abismo me rodeou,

e as algas se enrolaram na minha cabeça.

Eu desci até os fundamentos dos montes;

a terra encerrou-me para sempre com os seus ferrolhos;

mas tu, Senhor meu Deus,

fizeste subir da cova a minha vida.

Quando dentro de mim desfalecia a minha alma,

eu me lembrei do Senhor;

e entrou a ti a minha oração,

no teu santo templo.

Os que se apegam aos vãos ídolos

afastam de si a misericórdia.

Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz de ação de graças;

o que votei pagarei.

Ao Senhor pertence a salvação."
Com vocês no serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga

terça-feira, 15 de julho de 2008

Trans-descendência integral do Evangelho

"Na proclamação do convite do evangelho não temos o direito de ocultar o preço do discipulado. Jesus continua a requerer de todos que desejam segui-lo que se neguem a si mesmos, tomem a sua cruz e identifiquem-se com uma nova comunidade. Os resultados do evangelho incluem obediência a Cristo, inclusão no seio da igreja e serviço fidedigno no mundo". (Pacto de Lausanne IV)

A OUTRA COMUNIDADE Nos escritos de Mateus os discípulos são confirmados pelo sacramento do batismo: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações batizando-os em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo..." (Mateus 28.19). Uma nova percepção de Divindade integral se instala no cenário do Novo Testamento: Deus Pai, soberano criador de todas as coisas – Deus transcendente, indescritível,inominável, pleno de amor e justiça.Jesus Cristo, o Filho do Pai que trans-descende entre o povo, contextualiza-se participando da história,de situações sócio-econômicas e culturais. E, o Espírito Santo, o Deus que habita em nós consolando, edificando,intercedendo – portanto, realidade no campo psico-emocional.


A divindade como comunidade trinitária é uma inusitada percepção do Reino de Deus sobre todas as coisas: Todo o universo, todos os processos históricos e os espaços mais restritos e subjetivos dos sentimentos humanos. Assim, o preço do discipulado requer, antes de um compromisso com todas as pessoas e com humanidade toda, um compromisso de amar e acolher toda a plenitude de Deus. Não apenas uma identificação com a nova comunidade dos discípulos, mas, sobretudo, com a comunidade Trinitária. Através da adoração, contemplação e apreciação inteligente somos cativados pelo Espírito Santo a amarmos a Deus, a vivermos em desfrute de todas as virtudes de Jesus Cristo e em plena obediência a todo o conselho de Deus.

INCLUSÃO NO SEIO DA IGREJA

Alcançamos pelo amor do Pai, os discípulos são contagiados a viver numa comunidade de amor. A comunidade dos discípulos é a maquete, uma expressão dessa "Outra cultura" modelada pela comunidade Trinitária; sendo ao mesmo tempo, a alternativa continua de transformação da sociedade. Entendemos desse modo, que a Missão Integral não se reduz a uma tarefa. É de fato, a priori, o acolhimento da graça e do amor de Deus, para então, como conseqüência,se viver o exemplo da vida plena de nosso Senhor Jesus Cristo. É a instauração dos paradigmas do Reino de Deus; o desenvolvimento, pelo Espírito, de uma "inteligência espiritual comunitária" capaz de discernir todas as manifestações do bem e do mal. Uma comunidade desafiada a obedecer o mandamento de amar internamente, para expressar com coerência, amor pelos "de fora".Sua unidade interna não anula o supremo mandamento de amar a todos.

SERVIÇO FIDEDIGNO AO MUNDO

Como desdobramento, a comunidade dos discípulos pelo testemunho, proclamação e serviço ao próximo a sua missão no mundo. As virtudes do discípulo são evidenciadas na simples presença – pois, "Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte" (Mt.5.14). A humildade de espírito, a sensibilidade, a fome e sede de justiça, a santidade, a construção da paz, a prática da misericórdia são manifestações que identificam a presença dessa nova comunidade (Mt.5.1-12)
Como o ser humano diferencia-se dos demais animais, também, pela capacidade de comunicação, o discípulo proclama as boas novas do Reino de Deus, a fim de que, todas as pessoas tenham a oportunidade de responder ao chamado de Jesus Cristo. `

À semelhança do Filho, a comunidade dos discípulos serve em amor ao próximo, contextualiza-se, inseri-se entre o povo, corre todos os riscos, participando ativamente no processo histórico de construção de todo o bem na luta contra o mal. À semelhança do Pai, a igreja age por amor e graça. A semelhança do Espírito Santo, torna-se a consoladora dos afligidos pelo mal, ora intercedendo para que o Reino venha em plenitude e socializa todos as suas virtudes e bens.
A Missão Integral é ser e fazer discípulos – homens e mulheres transformados de glória em glória até a imagem de nosso Senhor Jesus Cristo (II Co 3.18). É ser uma presença, em essência e modelo,da comunidade Trinitária: Corpo de Cristo, Povo de Deus, Comunhão do Espírito Santo. É ser uma expressão, sinal visível do Reino de Deus no mundo.

Que Deus o Pai, Seu filho Jesus Cristo e o Espírito Santo inspirem a todos nós, a fim de que, possamos participar ativamente com discípulos e discípulas que expressam e praticam coletivamente as convicções,valores e princípios do Reino de Deus.

Carlos Queiroz

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Do mundo virtual ao espiritual


Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas, como a companhia aérea oferecia outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: "Qual dos dois modelos produz felicidade?"

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: "Não foi à aula?" Ela respondeu: "Não, tenho aula à tarde". Comemorei: "Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde". "Não", retrucou ela, "tenho tanta coisa de manhã..." "Que tanta coisa?", perguntei. "Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina", e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: "Que pena, a Daniela não disse: `Tenho aula de meditação!´"


Estamos construindo super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a inteligência emocional. Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem 60 academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: "Como estava o defunto?" "Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!" Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega Aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais...


A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções - é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é `entretenimento´; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!" O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.


Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, falta de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...


Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald´s...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: "Estou apenas fazendo um passeio socrático". Diante dos olhares espantados, explico: "Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz".
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/1902/55/
Frei Betto - 06/06/08 Escritor, autor, em parceria com Luis Fernando Veríssimo e outros, de O desafio ético (Garamond), entre outros livros

segunda-feira, 7 de julho de 2008

História que marca

“Desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos é proposta, olhando firmemente para o Autor e consumador da fé, Jesus.”
Hebreus 12.1
Sempre gostei muito de praticar esportes. As minhas maiores disputas esportivas foram durante a minha adolescência nas olimpíadas colegiais. Vitórias inesquecíveis e derrotas vergonhosas me acompanharam ao longo desse tempo. Lembro-me de uma corrida que participei nas Olimpíadas Maristas, em Maceió-AL.O dia era 8 de Julho de 1998, penúltimo dia de competição,e em meio a Copa do Mundo da França.

Como o Brasil classificou-se para as semi-finais contra a Holanda (marcada para mesma data), a competição que seria realizada durante a tarde, foi antecipada para a manhã, minha prova foi disputada por volta do meio dia. Era prova de 800 metros (duas voltas completas na pista). Entrei na corrida sem muita pretenção.Dada a largada eu tentei acompanhar o “bloco” de corredores na primeira volta, e completando, fazer a ultima volta dando o máximo, no entanto o calor excessivo me deu um certa tontura.Dai passou um “filme” em minha mente, de tudo que eu tinha treinado e me preparado para estar lá.

Nos 200 metros finais eu estava em terceiro.No sprint final algo inesperado aconteceu, tropecei e quase cai, fui cambaleando até quase a linha de chegada, quando percebi que minha única opção de não perder o 3º lugar era me jogar rumo a linha de chegada, e com o salto consegui ultrapassar a linha de chegada, e garantir a medalha de bronze.Completar a prova foi uma prova de superação pessoal, infelizmente a pista não era de material sintético, como costumamos ver em jogos olímpicos, mas às marcas da queda foram devidamente cuidados, mas a satisfação de conquistar uma medalha no “Maristão” é algo que marcou a minha história, mesmo passados 10 anos.
Nos tempos de colégio, ficaria frustrado comigo mesmo se não tivesse terminado a corrida.Poderia ter desistido e culpamos o calor pela derrota. Mas quando a minha corrida rumo à Deus ? Se eu parar ou desistir, a quem culparei ? Mesmo tropeçando e caindo sei que não posso desistir “Sete vezes cairá o justo e se levantará” Pv 24:16. Não posso olhar para os meus pecados ou para qualquer homem senão não prosseguirei. Olharei firmemente para o autor e consumador da minha fé, Jesus. Porque sei que Ele está sempre pronto para me receber. Porque sei que Ele é o caminho a verdade e a vida. Porque sei que, quando encontrá-lo face a face, terei completado a minha carreira.

“Porque ainda dentro de pouco tempo aquele que virá, e não tardará; todavia o meu justo viverá pela fé, e: se retroceder, nele não se compraz a minha alma.”
Hebreus 10.37-38

Com vocês no serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Se há uma coisa...


" Se há uma coisa em que tenho profunda convicção e fé é que um dia a justiça ira imperar no mundo. Toda a minha vida é dedicada a isso."

Frei Betto
*Frei Betto Nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. É frade dominicano e escritor.

A essência da Reforma


A Reforma Protestante foi um acontecimento inicialmente religioso. Porém, tendo acontecido em um contexto secular,repercutiu intensamente em todas as instituições sociais.
Pode-se dizer que esta foi a primeira grande revolução dos tempos modernos, já que ocorreu em meio a transformações políticas,econômicas, sociais e culturais que agitavam a Europa e se entrelaçaram às questões religiosas. Por isso, não foi um ato isolado, uma rebelião de um monge alemão que não queria mais obedecer ao Papa. Foi muito mais que isso.Na verdade, tratou-se de uma revolução capaz de convulsionar e de reanimar a vida cristã européia, dando-lhe o vigor necessário para ecoar até os dias de hoje.

Atualmente, os efeitos da Reforma são bem visíveis na nossa sociedade ocidental. As implicações em todos os setores sociais geradas pelo movimento reformador continuam crescentes e, acompanhando este crescimento, ocorrem muitas confissões de fé cristãs no Brasil, fato que já se tornou uma verdade incontestável. Como fruto desse processo, a Igreja Evangélica brasileira vai, paulatinamente, perdendo sua própria identidade. Na década de 60 seus seguidores eram "protestantes", nos anos 70 eram "crentes", nos anos 80, "evangélicos" e agora somos "gospel".
Se cada década os cristãos sentem a necessidade de mudanças de títulos,naturalmente,no decorrer desse longo processo histórico perderão,com isso, a essência do evangelho : ser sal da terra e luz do mundo. ( Mt.5.13).

Portanto, a Igreja precisa novamente ser voz profética na sociedade onde estamos inseridos, talvez seja a hora de uma nova REFORMA, de novos Luteros, de uma nova postura. Talvez seja a hora de protestar contra o protestantismo e tudo que ele se tornou. Então vamos à Reforma! Façamos valer o evangelho verdadeiro de Cristo, "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12.2).

Com vocês, no serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga