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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quando o outro é essencial.


Quando nos percebemos como donos das nossas decisões, e portanto, da nossa história, precisamos ter o cuidado de não desprezarmos as complexidades das relações humanas, lembrando que, como seres sociais, não podemos viver sozinhos, isolados, somente em comunidade, onde um dependendo do outro.



Toda vez que tomamos uma decisão, outras pessoas estão envolvidas nela, direta ou indiretamente. E isso não pode ser desprezado.


O padre Leonardo Boff escreveu um pensamento muito profundo sobre as relações humanas:


“O universo é constituído por uma imensa teia de relações de tal forma que cada um vive pelo outro, para o outro e com o outro; o ser humano é um nó de relações voltado para todas as direções.”


Ninguém pode, a partir de seus desejos, sair matando seus inimigos. Ou melhor, pode. Mas isso o tornaria um egoísta, e a curto prazo, um doente. O egoísmo, via de regra, nos deixa doentes.


Quando o filho pródigo foi embora, desconsiderou a relação que mantinha com sua família. Desprezou suas relações pessoais, e decidiu tocar a vida sozinho. E, com essa decisão, aprendeu uma dura lição: sozinho não existe vida.


Ninguém é capaz de viver sozinho.


Essa foi a lição que o Filho Pródigo aprendeu.


Portanto, cuide de suas relações pessoais, e saiba que são elas que dão sentido a vida. Não despreze esse fato, mas o leve em conta em cada vez que for tomar uma decisão.

 

E como Vinícius de Moraes certa vez cantou:
 
 
"Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho ..."
 
 
Bom final de semana.
 
 
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Foi-se a Copa?


Foi-se a Copa? Não faz mal.


Adeus chutes e sistemas.

A gente pode, afinal,

cuidar de nossos problemas.



Faltou inflação de pontos?

Perdura a inflação de fato.

Deixaremos de ser tontos

se chutarmos no alvo exato.



O povo, noutro torneio,

havendo tenacidade,

ganhará, rijo, e de cheio,

A Copa da Liberdade.



Carlos Drummond de Andrade (Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais, 31 de outubro de 1902 - Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1917) - Considerado um dos maiores poetas brasileiros, autor de uma vasta obra poética, que também inclui contos e crônicas. Morou no Rio de Janeiro a maior parte de sua vida, onde, foi funcionário público. Foi traduzidos para vários idiomas e é uma referência fundamental na poesia brasileira.

domingo, 11 de julho de 2010

O valor de uma derrota.



Perdedores que lutam com galhardia serão sempre grandes vencedores. O Uruguai nessa Copa da África do Sul foi uma inspiração.

Caiu de pé, perdeu lutando, time valente, todos os clichês do mundo valem para a valorosa Celeste Olímpica.

Foi até onde deu, até onde o outro time deixou. Lutando, sim, como sempre foi com essa pequena aldeia ao sul do Sul.


O Uruguai mostrou a ele mesmo que dá. Dá para voltar a ser grande, dá para sonhar com uma terceira estrela, dá para se orgulhar de um time de futebol. Vamos tomar uma Patricia, Montevidéu. Outras Copas virão, aí à margem do Rio da Prata o tempo anda diferente, não há pressa.

Não chore, Montevidéu. Quando lembrar da Copa de 2010, inevitavelmente lembrarei desse pequenino gigante.

Uruguaios podem voltar contentes, não ganhar uma Copa não é o fim do mundo.

O jogadores honraram suas camisas, seus companheiros e seus treinadores, e ninguém ficou no pódio combinando balada no celular, como o Ronaldinho Gaúcho fez em Pequim em 2008.

Isso ninguém me contou, eu vi. Quer dizer, vi o cara falando ao celular desinteressadamente enquanto argentinos e nigerianos, acho, recebiam ouros e pratas. Não sei se estava combinando balada, isso já é maldade minha. Mas achei meio desrespeitoso.

E vida que segue... e Copa fecha as cortinas hoje.
 
Bom domingo. Boa final. Viva o futebol.

sábado, 10 de julho de 2010

Orgulho que faz bem !


"Saudações ao sofrido povo pobre nordestino,


povo destinado, povo destemido,

Que Deus abençoe a todos

favelados , mendigos, bóias-frias

mantidos no sufoco,

povo injustiçado, nordestinos

desconsiderados considerados desnecessários



Válidas as banais arriações pelo sotaque

por muitos otários

Povo que enfrenta vários obstáculos,

luta duro, dão murro com razão



Sua coragem e determinação prolongam

a confiança nos seus fortes punhos,

mãos calejadas, suor escorre pelo corpo

cansado, enfadado mesmo

não desistem e continuam a caminhada



Deus, abençoe à todos



Deus abençoe meu povo"

 
Faces do Subúrbio




É com essa letra belíssima da banda Faces do Subúrbio que peço a todos os Nordestinos que tenham orgulho de nascer nesta região belíssima do Brasil! Amem sua terra, honrem seu estado e principalmente, TORÇA PARA UM TIME DE SUA CIDADE. Sigamos em frente, afinal, o nordestino é antes de tudo UM FORTE.
 
Com vocês no serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

Pós-copa



Assim que terminar o Mundial, domingo, todos sofreremos de Depressão Pós-Copa, doença que acomete todo o planeta por alguns dias, até que os campeonatos nacionais retomem seu ritmo normal, e nossas vidas também.



Partilho uma coletânea com videos de clássicos da história das Copas que vale a pena ser visto. O link está aqui, ó. Tem até um documentário de 8 minutos sobre a Copa de 1950

Bom final de semana.
 
Outro com direito a final de Copa do Mundo, só em 2014.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Até tu, Paul?


Essa é simpática.

Consta que PT e PSDB acabaram de cancelar seus contratos com Ibope, DataFolha, Vox Populi e Sensus e estão atrás de Paul, o Polvo. O cartunista Amarildo é o autor.

Se despedindo desse clima de Copa do Mundo e iniciando o eleitoral.

E vida que segue...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Internet – use com moderação!


Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

Filipenses 4:8



A internet é um meio extraordinário de comunicação. Ela facilita a vida das pessoas e das empresas, abrindo um leque de informações incomparável. Os correios eletrônicos permitem nos comunicar instantaneamente com o mundo inteiro. Contudo, apesar de seus benefícios, a internet representa um perigo real. Os provedores competem uns com os outros com propagandas sedutoras: “Possibi­lidades ilimitadas – Navegue grátis sem restrição!”


Esse slogan contém um paradoxo: a liberdade para navegar acorrenta o usuário imprudente ao computador. As possibili­dades podem ser ilimitadas, mas nossa vida não é. Este mundo está destinado à destruição e podemos ser arrastados se nos prendermos a ele. Tome cuidado! Não desperdice o tempo que Deus lhe concedeu. Esse tempo, que não é ilimitado, nos é dado para buscar e conhecer a Deus.


Mesmo se usarmos os recursos da internet com sobriedade, estaremos nos expondo a toda sujeira contida nela. Todo tipo de pessoas, grupos e empresas utilizam esse meio para promover suas idéias e produtos. É preciso estar alerta! A advertência de Paulo aos gálatas se aplica a esse caso: “Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor” (cap. 5:13).

Extraído do devocional BOA SEMENTE

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Barcelona, 5 de julho de 1982.

Era isso que estava escrito sob esta foto de Reginaldo Manente na capa do “Jornal da Tarde” no dia seguinte à derrota do Brasil para a Itália no Sarriá.


É a melhor capa de jornal de todos os tempos. A foto, local e data, nada mais. Importa muito pouco o que estava escrito lá dentro, nas páginas do jornal que eu lia, e que não é mais o mesmo faz tempo. O “JT” foi um sopro de inovação na imprensa brasileira no final dos anos 60, e curiosamente nascido numa tumba do conservadorismo como é o grupo “O Estado de S.Paulo” com seu jornalão reaça e quatrocentão. Conservadorismo assumido, pelo menos. E, apesar disso, vítima do que de pior o conservadorismo deixou no Brasil, a censura tacanha, a invasão de suas redações por alcaguetes do regime militar. Não deixa de ser irônico. O mais conservador dos jornais teve no conservadorismo seu maior algoz. E foi uma de suas mais vibrantes peças de resistência.


O Brasil perdeu da Itália no dia 5 de julho de 1982 e Manente flagrou o menino na arquibancada do Sarriá. Nada expressa melhor aquela derrota de exatos 28 anos atrás. O fim do sonho de criança de ver a bola bem jogada levantando uma taça. Nem o Sarriá existe mais. Virou condomínio de luxo em Barcelona.


Valdir Perez; Leandro, Oscar, Luizinho e Júnior; Falcão, Cerezo, Sócrates e Zico; Serginho e Éder. Telê no banco. Todos, exceto Falcão, jogavam no Brasil. Já falei dessa Copa e desse time dias atrás, aqui mesmo. Mas hoje faz 28 anos, e é data que não deve passar em branco quando, mais uma vez, está na boca do povo o eterno duelo futebol-arte x futebol-de-resultados. Discussão eterna que nunca vai ter fim. Mas se a gente olhar para a foto do moleque (quem será ele, por onde anda?), dá pelo menos para entender um pouco por qual tipo de time se chora no futebol.


Outros não merecem uma lágrima sequer.

Vamos em frente?


"O que vocês querem?" João 1.38

Quem sabe hoje Deus não esteja dizendo pra você: o que você quer? Quem sabe você já tenha levantado inquieto, pois o dia será intenso e necessita de força, capacitação, paz, ânimo, coragem, investimento, etc...

Você deseja enfrentar a intenssidade do dia na tua força? Jesus é quem faz a pergunta e se está fazendo é que está disposto a querer fazer algo por você. Sei que sua vida é corrida, mas quem sabe não dizer e ele sua necessidade? Traga-o para o centro de sua vida e esponha o que deseja. Não tenha receio. Talvez não seja seu hábito, mas estou apenas querendo te ajudar a dar um passo e falar, expor e pedir.

Deus abençoe e uma semana abençoada.

Thiago Oliveira Braga.

domingo, 4 de julho de 2010

Qual o tamanho do teu mundo?


Qual o tamanho do teu mundo?


Experimento VIVER

No sentido mais intenso

Que essa palavra carrega



Respire a liberdade

Sinta a ADRENALINA

Teste os teus sentidos



Qual o tamanho do teu MUNDO?



Descubra o mundo onde você vive

Sinta-se parte dele

Aprenda com as diferenças

Viva sem fronteiras



Qual o TAMANHO do teu MUNDO?



Não basta apenas ler

Nem ouvir falar

Vá até lá, toque, sinta

A liberdade é o espaço que a felicidade precisa



QUAL O TAMANHO DO TEU MUNDO?

sábado, 3 de julho de 2010

Adorando ganhar mas aprendendo a perder.

A verdade matemática e evidente – embora o evidente nem sempre seja notado – é que em uma Copa do Mundo 31 perdem e 1 ganha. Ou, vá lá, ponderando que 20 seleções vêm a passeio, então 11 perdem e uma ganha. É óbvio, é matemático. Mas assim mesmo sofremos a cada Copa perdida como se fose um fato bizarro, uma loucura, algo a ser esclarecido em CPI do Congresso. Não é. Perder, queiramos ou não, é mais comum que ganhar títulos.




Assim mesmo começam as teorias, as suposições, os “cientistas” da bola dizendo o popular “eu já sabia” e coisas do gênero. Sabiam nada, né… Ou, se sabiam, erraram na Copa das Confederações, na Copa América, nas Eliminatórias, no primeiro tempo contra a Holanda.



Nesse desespero por uma explicação para algo que é matematicamente banal, já recebemos, depois de 2006, um monte de “certezas”. Senão vejamos:

Weggis foi uma farra. Agora fizemos os treinos de preparação em silêncio absoluto.

A seleção reuniu-se na Europa e não sentiu a pressão da torcida em casa. Agora o time foi reunido em Curitiba.

A seleção só tinha astros preguiçosos. Agora optamos pelos operários voluntariosos.

A seleção abusou do número de atacantes. Agora dimunuimos pela metada a presença de jogadores de frente.

A seleção foi vítima dos comerciais ufanistas. Agora os comerciais eram contidos.

A seleção deixava os boleiros boêmios correrem atrás da mulherada nas nights de folga. Agora ninguém botou o nariz para fora da concentração.

A seleção dava entrevistas demais. Agora deu o mínimo possível.

A seleção era filmada o tempo todo. Agora era menos filmada que agente da CIA.

Os jogadores só perseguiam recordes individuais. Agora só importavam os objetivos do grupo.

O treinador era permissivo e educado demais. Agora tínhamos um general com cabelos do Exterminador do Futuro.

A seleção não era unida. Agora todos se amavam.



Algo mais? Você certamente vai se lembrar de algum outro motivo anunciado com pompa e circunstância como “a razão para a perda da Copa de 2006″. No entanto, fazendo tudo diferente, chegamos exatamente ao mesmo local: 3 a 0 nas oitavas, eliminação nas quartas.



Obviamente que existem erros e acertos, existem condutas corretas e erradas, existem atitudes postivas ou não. Mas a verdade é que o futebol é mil vezes mais simples do que alguns querem que nos pareça. Sem tirar os méritos da Holanda, que mereceu ganhar; a verdade é que o ótimo Sjneider meteu uma bola área, ninguém tocou e, para surpresa do próprio batedor, aconteceu o empate. A verdade é que, no primeiro tempo, se o Daniel dispara meio segundo depois, o gol anulado seria valido. E pronto. Muda tudo.

Assim como um impedimento mal marcado contra a Bélgica nos permitiu passar das oitavas em 2002. Um chute de bico de Ronaldo contra a Turquia nos levou à finalíssima e ao penta. E aí, de repente, tudo passa a ser visto como certo e perfeito, o trabalho foi maravilhoso, as pessoas que ali estavam foram brilhantes.

Claro que foram. Mas em um detalhe, um acaso, uma falha de jogador ou árbitro, tudo poderia ter sido perdido. E aí? Diríamos que estava tudo errado? Que o bigode do Felipão era vasto demais para um treinador de respeito? Que dividir o mesmo hotel com a imprensa é um absurdo?

Que o Ronaldo usar aquele corte de cabelo pavoroso “tirou o foco” e desequilibrou o grupo….?

Nada disso.



Vamos usar mais essa derrota para amadurecer. Esqueçamos as teses bobocas, os “culpados”, a “santa inquisição” que precisa queimar alguns coitados para redimir os nossos pecados e dores.



Repito: há atitudes e decisões importantes, há experiências e lições mas, no fundo no fundo, o futebol é simples e, em grande parte, casual.

Por isso nós o amamos e assim ele se fez o maior esporte da humanidade.

 
http://colunas.sportv.globo.com/expressodabola/2010/07/03/aprendendo-a-perder/
 
Décio Lopes, do expresso da bola do SPORTV.

E a Copa do Mundo começou. Nada mais importa. (6)


O futebol tem o poder de aprisionar o tempo. Só um jogo de futebol, e somente ele, nos dá a noção quase imediata do que é passado, presente e futuro. Porque o passado a gente costuma esquecer, o presente nunca parece o suficiente, o futuro é algo tão distante e incerto que quando ele chega, a gente não percebe.




No futebol, não. Quando começa um jogo, aqueles minutos em que você ficou na arquibancada esperando começar passam imediatamente a fazer parte do passado, e você sabe disso. A bola na trave é passado, e você sabe disso no chute seguinte, aquele que o goleiro pegou. Esse é o presente, o goleiro pegou. E será passado de novo no próximo gol perdido, no impedimento mal marcado, na falta que não foi.



O jogo está zero a zero, e você sabe que dali a uma hora, 30 minutos, 15, o futuro terá chegado, e não será zero a zero, talvez até seja, mas você saberá que ele, o futuro, chegou, e não é um futuro distante, longínquo e imprevisível, não haverá incerteza alguma quando o juiz apitar, num jogo de futebol o futuro tem hora para chegar, e você pode, então, abraçar todas as dimensões do tempo que são incompreensíveis fora de um estádio.



Futebol não tem outra importância que não seja essa, a chance de viver uma alegria instantânea que dali a alguns minutos pode ser a maior das tristezas, esse jogo de passado-presente-futuro que se resolve em 90 minutos, com um intervalo para respirar.



Ontem fui o mais feliz dos seres humanos a cada gol do meu time, a cada gol do outro, e o pior dos miseráveis quando tudo acabou, quando o futuro chegou. É só um campeonato, uma bola e um gramado, já passou, é passado, mas na hora em que vi esse menino chorando no jornal, a dor voltou para o presente, porque a graça está aí: sorrir, chorar, sorrir, sofrer, e depois esquecer.



Porque a gente sempre esquece, daqui a pouco começa outro campeonato, o sorriso volta, as lágrimas ficam para trás, não há nada, mesmo, mais parecido com a vida do que um jogo de futebol. O menino da foto, os meus meninos que estavam do lado dele debaixo de chuva, todos os meninos do mundo aprendem a viver assim.



Texto escrito pelo Jornalista da ESPN Brasil Flávio Gomes, torcedor da Portuguesa, depois de mais uma uma classificação no campeonato paulista, mas sua reflexão sobre o futebol vale a pena.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

História que marca.

Sempre gostei muito de praticar esportes. As minhas maiores disputas esportivas foram durante a minha adolescência nas olimpíadas colegiais. Vitórias inesquecíveis e derrotas vergonhosas me acompanharam ao longo desse tempo. Lembro-me de uma corrida que participei nas Olimpíadas Maristas, em Maceió-AL.O dia era 8 de Julho de 1998, penúltimo dia de competição,e em meio a Copa do Mundo da França.



Como o Brasil classificou-se para as semi-finais contra a Holanda (marcada para mesma data), a competição que seria realizada durante a tarde, foi antecipada para a manhã, minha prova foi disputada por volta do meio dia. Era prova de 800 metros (duas voltas completas na pista). Entrei na corrida sem muita pretenção.

Dada a largada eu tentei acompanhar o “bloco" de corredores na primeira volta, e completando, fazer a ultima volta dando o máximo, no entanto o calor excessivo me deu um certa tontura.Dai passou um “filme” em minha mente, de tudo que eu tinha treinado e me preparado para estar lá.

Nos 200 metros finais eu estava em terceiro.No sprint final algo inesperado aconteceu, tropecei e quase cai, fui cambaleando até quase a linha de chegada, quando percebi que minha única opção de não perder o 3º lugar era me jogar rumo a linha de chegada, e com o salto consegui ultrapassar a linha de chegada, e garantir a medalha de bronze.Completar a prova foi uma prova de superação pessoal, infelizmente a pista não era de material sintético, como costumamos ver em jogos olímpicos, mas às marcas da queda foram devidamente cuidados, mas a satisfação de conquistar uma medalha no “Maristão” é algo que marcou a minha história, mesmo passados 12 anos.



Nos tempos de colégio, ficaria frustrado comigo mesmo se não tivesse terminado a corrida.Poderia ter desistido e culpamos o calor pela derrota. Mas quando a minha corrida rumo à Deus ? Se eu parar ou desistir, a quem culparei ? Mesmo tropeçando e caindo sei que não posso desistir “Sete vezes cairá o justo e se levantará” Pv 24:16. Não posso olhar para os meus pecados ou para qualquer homem senão não prosseguirei. Olharei firmemente para o autor e consumador da minha fé, Jesus. Porque sei que Ele está sempre pronto para me receber. Porque sei que Ele é o caminho a verdade e a vida. Porque sei que, quando encontrá-lo face a face, terei completado a minha carreira.


“Porque ainda dentro de pouco tempo aquele que virá, e não tardará; todavia o meu justo viverá pela fé, e: se retroceder, nele não se compraz a minha alma.”


Hebreus 10.37-38



Com vocês no serviço d’Ele, Thiago Oliveira Braga