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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cegueira






“Todo cristão que aceita cegamente as opiniões da maioria e segue, por medo ou timidez, o caminho da conveniência ou da aprovação social torna-se mentalmente  e espiritualmente  num escravo.”

Martin Luther King

terça-feira, 28 de setembro de 2010

E continuando a falar de política.

Acabei de ler um pequeno texto do Júlio Zabaliero. Concordo quando ele diz que “não há neutralidade em política. Não há ausência de política no exercício do poder religioso. Não se confundam, não se enganem. As pregações pastorais são, sempre, políticas. São políticas pelo exercício de poder. Só quem não saiu do jardim de infância ainda pensa que política só tem a ver com partidos e eleições. Política tem a ver com o exercício do poder, em todas as relações, em todos os níveis da vida social. ”

Todo cidadão é um ser político e precisa ter consciência disso para o melhor exercício possível de sua cidadania.

Quem tem nojo de política, será governado por alguém que não tem, mesmo que esse alguém seja “nojento”.

Mas não é somente por meio da militância político-partidária que se exerce a política. Existem, pelo menos, três opções:
  1. O exercício da cidadania via eleições – é para todos. Por isso é preciso envolver-se nas campanhas eleitorais, não necessariamente fazendo campanha para alguém, mas conhecendo o mais de perto possível o candidato que receberá o seu voto. Mais do que isso, acompanhar os mandatos de seus candidatos e avaliar seus projetos e o cumprimento do que foi prometido. Todos estamos inseridos nessa área;
  2. A discussão de políticas públicas - O Estado não consegue cumprir todas as suas responsabilidades e precisa contar com outras instituições e os cidadãos que o compõem. Mesmo que desencadeadas pelo Estado, tais discussões em vistas do bem comum, devem ser protagonizadas pelos cidadãos do Estado. Isso quer dizer que ninguém melhor do que você para discutir melhorias na área da saúde, educação, saneamento, segurança, tendo como ponto de partida o posto de saúde de seu bairro, a escola da vizinhança, os índices de segurança de sua região, etc. Discutir políticas públicas é cooperar com o Estado na geração do bem coletivo em vistas da emancipação de todas as pessoas. Todos devemos nos envolver com essa área;
  3. Política partidária – acredito que nossa peregrinação por essa terra só terá sentido se investirmos nossas vidas no exercício de nossas vocações. Acredito que existam pessoas vocacionadas para ocuparem cargos políticos visando a boa política. Nosso desalento se dá pelo fato de que não reconhecemos as vocações de muitos dos políticos eleitos, exatamente por não serem pessoas vocacionadas para tal. Muitos são oportunistas, muito são manipuladores que reclamam para si prerrogativas que são de todos, muito são populistas que advogam em favor de segmentos minoritários que dão base para seu mandato. Mas não podemos demonizar todo um ambiente pelo fato de muitos de seus ocupantes serem corruptos. Em todos os segmentos, existem pessoas boas e sérias, pessoas más e corruptas, pessoas que estão no lugar certo, exercendo suas vocações, pessoas aproveitando-se de um lugar, fazendo dele sua ocupação, para a realização de seus próprios interesses. Se você tem vocação para a política, responda ocupando o espaço que é teu. Se não é vocacionado, escolha alguém que seja, mas não se meta onde não foi chamado. Esse espaço é para pessoas que têm um chamado para a “vida pública”.
Todos somos chamados ao exercício de nossa cidadania usando nosso principal instrumento democrático, o voto.

Todos devemos nos envolver com a discussão de políticas públicas, atentando para sua aplicação em nossos contextos imediatos e maiores em vistas da promoção da justiça e do bem comum.

Alguns são vocacionados para ocuparem os espaços públicos e reconhecemos isso 1. quando o candidato tem projeto que gera mudanças estruturais que geram benefícios comuns, priorizando o pobre e todo tipo de exlcuído, visando a uma sociedade melhor e mais justa para todos; 2. quando tem história que autentica tais projetos com a chancela de um caráter irrepreensível ; 3. quando acompanhamos não só o processo de proposição mas também o cumprimento daquilo que se propôs.

Por questões éticas, eu não comento sobre quem são meus candidatos, muito menos faço campanha, mas faço votos que nessa eleição nosso país cresça um pouco mais num debate democrático e que falar de política não se restrinja aos períodos eleitorais.

Thiago Oliveira Braga.

domingo, 26 de setembro de 2010

Religião e cidadania

 Igreja não vota. Igreja não faz aliança política. Igreja não apoia candidato. Igreja não se envolve com política partidária. Há pelo menos cinco razões para este posicionamento.

Primeira: o Estado é laico. Igreja e Estado são instituições distintas e autônomas entre si. É inadmissível que, em nome da religião, os cidadãos livres sofram pressões ideológicas. Assim como é deplorável que os religiosos livres sofram pressões ideológicas perpetradas pelo Estado. É incoerente que um Estado de Direito tenha feriados santos, expressões religiosas gravadas em suas cédulas de dinheiro, espaços e recursos públicos loteados entre segmentos religiosos institucionais. É uma vergonha que líderes espirituais emprestem sua credibilidade em questão de fé para servir aos interesses efêmeros e dúbios (em termos de postulados ideológicos e valores morais) da política eleitoral ou eleitoreira.

Segunda: o voto é uma prerrogativa do cidadão. Assim como os clubes de futebol, as organizações não governamentais, as entidades de classe, as associações culturais e as instituições filantrópicas não votam, também a igreja não vota. Quem vota é o cidadão. O cidadão pode ser influenciado, melhor seria, educado, por todos os segmentos organizados da sociedade civil, inclusive a igreja. Mas quem vota é o cidadão.

Terceira: a igreja é um espaço democrático. A igreja é lugar para todos os cidadãos, independentemente de raça, sexo, classe social e, no caso, opção política. A igreja é lugar do vereador de um lado, do deputado de outro lado, e do senador que não sabe de que lado está. A igreja que abraça uma candidatura específica ou faz uma aliança partidária, direta e indiretamente rejeita e marginaliza aqueles dentre seu rebanho que fizeram opções diferentes.


Quarta: a igreja não tem autoridade histórica para se envolver em política. Na verdade, não se trata apenas de uma questão a respeito da igreja cristã, mas de toda e qualquer expressão religiosa institucional. A mistura entre política e religião é responsável pelos maiores males da história da humanidade. Os católicos na Península Ibérica e em toda a Europa Ocidental. Os protestantes na Índia. Os católicos e os protestantes na Irlanda. Os judeus no Oriente Médio. Os islâmicos na Europa e na América. Todos estes cometeram o pior dos crimes: matar em nome de Deus. Saramago disse com propriedade que “as religiões, todas elas, sem exceção, nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana”.

Quinta: o papel social da igreja é profético. Quando o governo acerta a igreja aplaude. Quando o governo erra a igreja denuncia. Quando a autoridade civil cumpre seu papel institucional a igreja acata. Quando a autoridade civil trai seu papel institucional a igreja se rebela. A igreja não está do lado do governo, nem da oposição. A igreja está do lado da justiça.

Todo cristão é também cidadão. Todo cristão deve exercer sua cidadania à luz dos valores do reino de Deus e do melhor e máximo possível da ética cristã, somando forças em todos os processos solidários, e engajado em todos os movimentos de justiça.

Comparecer às urnas é um ato intransferível de cidadania, um direito inalienável que custou caro às gerações do passado recente do Brasil, e uma oportunidade de cooperar, ainda que de maneira mínima, na construção de uma sociedade livre, justa e pacífica.

 Ed René Kivitz

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

VOTE!



Ética deriva do termo grego ethos: bons costumes que regem ou deveria reger a conduta humana. 
 
Devemos cobrar ética na política. Sem duvida, mas, também temos que ensinar ética as nossas crianças: para que elas apreendam a respeitar e valoriza os colegas da escola; devolver o que emprestou; agradecer; pedir: por favor, com licença e obrigado. 
 
A ética regulamenta as relações humanas e sociais. Na Idade Média os valores éticos predominantes eram os religiosos. Que seguia sempre a dualidade: bem e mal.
 
Após a revolução iluminista. A fundamentação ética saiu do Teocentrismo, Deus no centro, passando para o antropocentrismo, homem no centro.  
 
As consequências da mudança desse eixo ético são: 
 
Nesse novo eixo temático ético, a razão, passa ser o guia pessoal: agir eticamente  é seguir a sua consciência. Por isso nessas eleições devemos votar consciente se assim o fizermos estaremos sendo éticos.
 
Assim Kant define a ética. 
 
“Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”.
 
Aristóteles define: o ser humano, sendo um animal político. 
 
“É evidente que a cidade faz parte das coisas naturais, e que o homem é por natureza um animal político. E aquele que por natureza, e não simplesmente por acidente, se encontra fora da cidade ou é um ser degradado ou um ser acima dos homens, segundo Homero (Ilíada, IX, 63) denuncia, tratando-se e alguém: sem linhagem, sem lei, sem lar.” (Política Aristóteles).
 
Política é a busca do bem comum.
 
Na história política do Brasil a partir do descobrimento começamos a viver numa monarquia. 
 
Em 1989 foi proclamada a República; De 1899 a 1930 a primeira etapa da república; em 1930 Vargas implantou a Ditadura; 1964 foi dado o Golpe Militar, regime de recessão e opressão; Em 1985 Sarney foi eleito de forma indireta. Em 1989 Collor foi eleito de forma direta. Com o propósito de acabar com os marajás ficou no poder até 1992; Assume como presidente Itamar Franco, ele nomeia Fernando Henrique Cardoso FHC para seu Ministério; 1994 FHC é eleito presidente e reeleito em 1998; 2002 Lula, operário, sindicalista, semi-analfabeto foi eleito para ocupar o cargo maior da nação.
 
Fiz esse breve histórico para reafirmar que embora a postura ética não esteja na conduta de alguns políticos, não devemos nunca deixar de vota.
 
Jamais venda seu voto!
 
Não anule! 
 
Nem vote em branco!
 
Foram longo e penosos anos. Muitas vidas foram ceifadas, para que hoje, eu e você pudéssemos escolher os nossos governantes. Não desperdiçamos a luta dos justos que nos antecederam.
 
VOTE! Obviamente de forma racional, clara e consciente.
 
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Definição de filosofia

Sempre, ao final de minhas aulas, me perguntam "o que faz um filósofo?" "Há campo de trabalho para um filósofo?". Na próxima vez vou responder dando um cartão com o presente link.
 
A imagem:
 

Bem que eu poderia ser aquele filósofo clássico cujo melhor amigo era o ócio. Aristocrata com orgulho.

E vida que segue.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

DEFICIÊNCIAS, Mario Quintana




"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis"
são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

DEFICIÊNCIAS, Mario Quintana (escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994 .

Com vocês, ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga