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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal e seus presentes





Neste Natal, não quero o Pai Natal das promoções comercias, dos presentes caros embrulhados em afetos raros. Quero o menino Jesus nascido no coração da manjedoura, esperança acesa num pasto de Belém !

Não quero o Pai Natal das lojas enfeitadas, do celofane brilhante das cestas de produtos importados, das garrafas em que o néscios afogam as tristezas rotuladas de alegrias. Quero o sonho do menino Jesus em Busca de uma terra onde nascer e viver, o sonho do Menino Judeu arauto da paz na Terra aos homens e mulheres de boa vontade. Quero o sonho do Menino Jesus dum mundo poupado de estupidez das guerras.

Neste Natal disponso abraços protocolares e sorrisos sob medida, sentimentos retóricos e emoções que encobrem a aridez do coração. Quero o amor sem dor, a oração só louvor, a fé comungada no sabor da justiça. Não quero presentes dos ausentes, a romaria pagã aos templos consumistas dos shopping-centers. Quero o pão na boca duma criança faminta, a paz que se alarga dos espíritos atribulados aos campos de batalha.

Neste Natal não quero essa pavorosa troca de produtos entre mãos que não se abrem em solidariedade, compaixão e carinho. Quero o sonho do menino solto no mais íntimo de mim mesmo, semeando ternura em todos os canteiros em que as pedras sufocam as flores. Não quero esse ruído urbano que esmaga a alma, os ouvidos aprisionados aos telefones, o olfato condenado condenado por odores insalubres, a boca em cascatas de palavras inúteis, despidas de verdade e sentido. Quero o silêncio indevassável do meu próprio mistério, o canto harmónico da natureza, a mão que se estende para que o outro se erga, a fraternura dos amigos abençoados pela cumplicidade perene.

Neste Natal, não me interessam as oscilações dos índices financeiros, as promessas viciadas dos políticos, os cartões impressos a granel, cheios de colorido e vazios de originalidade. Quero as evocações mais ternas : o cheiro do café coado de manhã por minha avó, o som dos sorrisos das crianças. Não quero as amarguras familiares que se guardam como poeira nas dobras da alma, as invejas que me alienam de mim mesmo, as ambições que se tornam tristes. Quero os joelhos dobrados no átrio da igreja, a cabeça curvada perante a humildade desse menino.

Neste Natal não aceitarei os brindes das mãos que não se tocam, nem irei às ceias dos que se devoram. Não comerei do bolo que empanturra corações e mentes, nem deixarei que a aurora do Menino me surpreenda empanzinado de sono. Neste Natal quero que todos os corações apelem à partilha de ternura com aqueles que amamos e qeremos amar eternamente!

Natal

É pra todos os dias ...

Nos nossos corações ...

Nas nossas mentes ...

Natal não está nos presentes ...

Está na ajuda ao próximo, na compreensão ...

É dar-mos as mãos e sentirmo-nos irmãos ...

Quando isso acontece ... É NATAL !!!


Escrito por Frei Betto



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal incomparável


O que faz esta época ser tão especial...
É mais do que presentes,

É o sentimento de gratidão.
É mais do que a ceia,
É o prazer da família reunida.

É mais do que as luzes iluminando as casas,
É o sorriso iluminando o rosto.
É mais do que contar com a chegada de um novo ano,
É estar aqui para você por mais um ano todo.

Neste Natal lhe desejo que:
A "Paz e a Harmonia" encontre moradia em seu coração.

Que a Esperança seja um Sentimento constante em cada ser que habita este planeta.
Desejo que o Amor e a Amizade Prevaleça acima de todas as coisas materiais.
Que as Tristezas ou Mágoas, sejam banidas de seu coração, dando Lugar apenas ao Carinho.
Que a "Dor do Amor", encontre o Remédio em outro Amor.
Que a "Dor Física", seja amenizada e que Deus esteja Ao seu lado, dando muita Força, fé e resignação.
Que a Solidão seja Extinta, E no seu lugar se instale a Amizade Verdadeira, e o Companheirismo.
Que as pessoas procurem olhar Mais a sua "Volta", e não tanto para "Si" mesma.
Que a Humildade e o Respeito Residam na Alma e no Coração de todos.
"Que saibamos Amar e Respeitar o Próximo como a nós mesmos".
Desejamos também que o nosso pedido se Realize não só neste dia, mas em todos os dias de nossas vidas!

FELIZ NATAL a todos os AMIGOS DE DEUS

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Há 40 anos: Ceará campeão do norte-nordeste


Por Ciro Câmara, do Jornal O POVO


Em dias de comemoração pelo acesso à série A do Brasileiro, uma das datas mais importantes da história do Ceará Sporting Club passa em banco em Porangabuçu. Há exatos 40 anos o Vovô alcançava seu título de maior expressão nacional. Com uma vitória por 3 a 0 sobre o Remo (PA), num estádio Presidente Vargas apinhado de gente, a equipe de Ita, Carlindo, Gildo e Chiclets vencia o torneio Norte-Nordeste na tarde de 21 de Dezembro de 1969.
Foram muitos os fatores que levaram aquela conquista ao status de histórica. O clube nunca vencera um título de tamanha expressão fora do Estado; não levantava uma taça em casa desde de o tricampeonato de 1963; e o grupo de jogadores era um dos melhores da história do clube. Mas o fundamental foram as circunstâncias que marcaram as finais daquela conquista. O Vovô perdeu o primeiro jogo da final, por 2 a 1, em Belém, e precisa de duas vitórias seguidas em casa para levantar a taça.
A segunda partida do confronto foi realizada em 19 de Dezembro. Os paraenses abriram 2 a 0 com dois gols do meia Íris. O segundo tempo já estava na metade (e parte da torcida deixava o estádio) quando Magela descontava para os alvinegros, aos 22 minutos. Volta todo mundo porque ainda dá. Dez minutos depois, Zezinho empatava a partida e coloca ainda mais fogo no PV.
Faltava um gol para a sobrevida alvinegra. E a histórica virada veio em em cabeçada certeira do atacante Gildo, o camisa nove do time, aos 43 da etapa final. "Eu comemorei tanto que desmaiei em campo", lembra o maior artilheiro da história do Vovô. A decisão, dois dias depois da virada, novamente no PV lotado, foi mera formalildade. Com o adversário abalado psicologicamente, o Vovô não encontrou dificuldades para marcar 3 a 0 (gols de Gildo, Magela e Gojoba) e conquistou o Norte Nordeste do Brasil em 1969.
E MAIS
> O time titular do Ceará na decisão de 21 de Dezembro foi formado por Ita; Daniel,Cícero,Laudenir e Carlindo; Gojoba e Magela; Osmar, Gildo,Chiclets e Zezinho. O treinador na conquista foi Aríldo Ramos.
> O maior ídolo da história alvinegra, o atacante Gildo, autor do gol da virada na segunda partida final, é o principal artilheiro da história do clube. Ele marcou 246 gols com a camisa do Vovô, conforme as contas do pesquisador Emanoel Richardson.
> O Ceará enfrentou Fortaleza, ABC, América (RN), Sport (PE), Treze e Botafogo (PB) na primeira fase. Classificou ao lado do Sport e pegou o Galícia (BA) e CSA (AL) na fase final nordestina. Venceu o grupo e fez decisão contra o Remo.
Fonte: Colaboraram o pesquisador Lúcio Chaves Holanda e o ex-jogador alvinegro Edmar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

(Re)pensando o futuro




A antiga ordem, que é a ordem dos nossos avós, dizia que para que a vida realmente fosse vivida plenamente e valesse a pena era necessário que a pessoa escrevesse um livro, tivesse um filho e plantasse uma árvore.



Fazendo uma releitura desse parâmetro popular moderno, acredito que hoje e nas eras vindouras buscaremos os mesmo objetivos, mas de formas diferentes.



Ao invés de escrever um livro escreveremos os nossos textos e colocaremos em nossos blogs, pois com o avanço da tecnologia, creio que o livro será uma peça rara, um momento de museu. Agora isso não significa que seremos uma geração ignorante, pelo contrário, nosso aprendizado será mais profundo, pois ao invés de usarmos apenas um sentido (o visual), usaremos dois ou até três (auditivo, tato, visual) em novos métodos de aprendizado, como internet, televisão, aulas altamente pedagógicas. Já é perseptível a redução de números de livros, hoje os textos vêem por email. Eu sou um amante de livros, compro toda vez que posso, mas sei que com o avanço tecnológico esse material será bem menos usado. O meio ambiente agradece.



Antigamente ter filho era um sinal de uma vida bem sucedida, de uma vida feliz, por isso, para se viver plenamente era necessário gerar um filho. Hoje em dia, filho é sinal de despesa e como cada vez mais os casamentos estão sendo postergados, os casais estão deixando para ter filhos sempre com uma idade mais avançada. Na verdade, conheço muitos casais que não tem o desejo de ter filho. Sendo assim, ao invés de buscar ter filho, se busca ter um cachorro. É mais fácil, mais econômico, não reclama, não dá trabalho. Não estou querendo dizer que isso é correto, mas se analisarmos friamente, percebermos que os novos casais estão reduzindo drasticamente o número de filhos, e muitos optaram mesmo por não tê-los.



Mesmo com a consciência popular dizendo que uma vida só teria sentido se você plantasse uma árvore, percebemos que nossos pais não levaram isso muito a sério, na verdade eles destruíram muitas árvores para construir um sonho de metal. Eles trabalharam, trabalharam e entregaram para nós um mundo próximo do colapso, na beira de um abismo irreversível. O engraçado é que muitos ainda olham para essa nova geração e têm a capacidade de denominar essa geração como irresponsável. Por isso, acredito que a geração de hoje será a geração que buscará plantar não só uma árvore, mas sim um jardim inteiro, para tentar reverter o quadro caótico deixado pelos nossos pais.



Talvez seja apenas uma reflexão utópica, mas mesmo assim aqui fica o meu palpite. Nessa nova geração manter-se-á o velho conceito de plenitude de vida de nossos pais. Todavia, trocaram os livros pelos blogs, os filhos pelos cachorros e as árvores pelos jardins.



Deus abençoe e uma boa semana.

Thiago Oliveira Braga

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Memórias



"Quando somos crianças o melhor lugar de estarmos é onde nossos pais estão; quando adolescentes onde está nossa galera; quando nos formamos onde ganhamos dinheiro e quando estamos adultos onde estão nossas memórias"

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nossa cidade tem história


Fortaleza tem passado sim. Querem ver? Você viveu ou conhece alguém que é do tempo em que.....

A COBAL ficava na esquina da rua Assunção com Antonio Pompeu.Vendia-se "chegadim" de porta em porta (o "veinho" passava tocando o triângulo)

O verdureiro ia de porta em porta montado no jumentinho e vendendo verduras frescas.O algodão doce era feito na hora e na cor que vc escolhia (rosa, amarelo, azul...)

Na véspera do Natal ir até a Praça do Ferreira ver as vitrines das lojas todas com enfeites natalinos era moda.

Era chique ir na Lobrás subir e descer na "primeira" escada rolante da cidade.Usar sapato "carinha de bebê", calça cocota e blusa frente única era luxo!

Tempo dos "mingaus pops" da Tatarana, Trasteveri e Santa Esmeralda.

Ir pro escorrega la vai um, o primeiro Cine Driving em Fortaleza.

- Lembra dos fuscas pretos da polícia (TETÉUS)? (é o novo!!!)

Da velha Ponte Metálica em tempo de cair mas não caia.Tempo da Mesbla na Senador Pompeu e da Flama na praça do Ferreira (Símbolo de distinção)Ir ao Recreio Clube de Campo era uma viagem com muito verde e salinas pelo caminho.Havia o restô Toca do Coelho.

E do restaurante Cirandinha em frente do comercial clube ??Das peixadas no restô "Alfredo o Rei da Peixada" e sempre aparecia um boneco ventríloquo para divertir a gente.

Do pequeno zoológico que havia no Parque das Crianças.Ir a shows no Ginásio Paulo Sarasate (Rita Lee, Gilberto Gil, Elba, Ney Matogrosso, Moraes Moreira entre outros).

Ir a Jericoacoara de barco (saindo de Camocim) Jeri sem energia, sem hotel ou pousada (o povo ficava em casa de Pescador)Do bronzeador "Nude bronze", e do "Rayto del sol" diretamente do Paraguai.

Comprar Mentex antes de assistir filme no Cine São Luiz.Do batom rollon sabor morango da Avon que era vendido exclusivamente na Casa Parente do Centro.

Da pizza no Jairo na Av. Santos DumontIr a Feira das Flores no passeio Público (quando ainda era um ambiente familiar).Assistir aos sábados pela TV o programa do Irapuan Lima (com a Xuxa cearense) e do Chacrinha.

Do barzinho Carbono 14.Ir aos domingos ao aeroporto ver os aviões decolarem e andar de charrete na praça em frente com os carneirinhos puxando.Tempo do Edifício Avenida na esquina da Barão do Rio Branco com Duque de Caxias.Usar decote canoa era alta moda.
Da revista POP.Da touquinha da Miss Lene, do vestido tomara-que-caia (que as vezes caía), blusa de elastex,Ferro à carvão comprado ali perto do Zé Pinto na Bezerra de Menezes.Da feirinha da Pça. Portugal na sexta feira.Da feirinha da 13 de Maio aos sábados.Do Jardim da Menopausa (Aquarius) na Beira-mar.Início das bandas de carnavais Periquito da Madame, Que M... é essa?
Bandalheira, Quem é de Bem fica;Das Lojas Di Roma, Xepão, Xepinha, Carvalho Borges, Samasa, Esquisita, Bel Lar, a Esmeralda.O cachorro quente do Romcy!!! hummmm...

Do sorvete no Juarez.

Ir "paquerar" à tardinha, no Center Um ( primeiro shopping da cidade)Da farmácia do Seu Coelho na Avenida Domingos Olímpio, da Farmácia Oswaldo Cruz no centro, Eita!Frequentar a praia do Ideal com salva-vidas e tudo!!! ( chique!!!)

Tempo em que a Av. Sen.Virgílio Távora ainda era Av. Estados Unidos.Do Seu Edgar na rua Antonio Pompeu que consertava tudo. Entre outras coisinhas, ele colocava "virola" nos sapatos. É o novo!Comer "Passaporte de galinha" no treiller na Beira-MarTomar picolé da GELLATI.Tomar sorvete "moreninha", creme holandês e creme de ovos da Kimel.

Churros, quebra-queixos e puxa-puxa na porta do Colégio Cearense.Tomar banho de chuva nas bicas das casas.Andar de ônibus elético.Ir no Jumbo e comprar Grapete, Crush, Guaraná Wilson, TAI e Cacique e levar os cascos vazios pra trocar.Do tamanco Dr. Sholl e do sapato cavalo de aço.Tempo que "ficar" era sarrar.

Tempo em que Soft era uma bala. Hoje é sobrenome de vereadora.Do curso de datilografia na Pça. Coração de Jesus e do Curso Andrade Lima na Av do Imperador. (Vixe!!!!)

Das revistinhas Bolota, Brotoeja, Tininha, Riquinho, Luluzinha.Comprar vassoura e espanador na porta de casaComprar no centrão pote de creme Rosa Mosqueta vindo do Paraguai.Do grupo cearense Quinteto Agreste.

Do Projeto Pixinguinha no Teatro José de Alencar a preço popular onde se apresentaram 14 Bis, Nara Leão, Maria Alcina, Moreira da Silva entre outros.Inauguração das lojas Americanas no centro da cidade.Lembra dos lanterninhas nos cinemas Diogo, Fortaleza, São Luis, no centro da cidade????
Ir passar férias na colônia de férias do SESC em Iparana e na COFECO era tudo de bom.Do tempo em que IJF era Assistência.Do bar Cabaré da Pirrita na Praia de Iracema (um barzinho Irreverente na época e frequentado por políticos, intelectuais emúsicos...Das armações de óculos Cacá (cadê Cacá Cacá Cacá, tá no Boris, Boris, Boris).

Do tempo que criança usava calça enxuta (não existiam fraldas descartáveis)As propagandas do Romcy que ficava na Br. Rio Branco com Liberato Barroso.

Após o Jornal Nacional com Sérgio Chapelen e Cid Moreira você ouvia a voz do Assis Santos dizendo: "Amanhã o barato do dia Romcy é...". he he he !!!! "Romcy é Romcy, barato todo dia"!Dos bailes infantis de carnaval no América, Círculo Militar, Country, Líbano, Náutico e Clube B-25
Quando se vestia a melhor roupa para ir no centro fazer compras e no final merendar no leão do sul aquele pastel de carne com azeitona de caroso e caldo de canaEstudar OSPB e Educação Moral e Cívica. É o novo!E a mais antiga de todas: Chupar rolete de cana que vinha fincado em uns espetinhos.
Resumindo:Se você é fortalezense e tiver vivido algumas dessas coisas, é simplesmente porque viveu os melhores momentos da boêmia e dainocência na cidade de Fortaleza.

Não se trata de que estamos "velhose velhas", e sim de que nós tivemos o privilégio de vivermos o melhor do nosso tempo, o que infelizmente a atual juventude não teve e também não terá.

Era um tempo sem violências, ou melhor, tinha violência sim,(rabo de burro!!!) mas era tão pouca que a gente nem ouvia falar... Que tempo bom e que lembranças gostosas...

E muitas dessas coisas que estão aí, nem faz tanto tempo assim também não...Pense num lugar pai d'égua!
Ô tempo bom que não volta mais...

Autor desconhecido

HINO MARISTA


"Mocidade do Colégio Marista
À sombra do estandarte de Maria
Avante marchemos pela conquista
Do saber, de um sublime ideal.

Marchemos pela estrada do saber
Por Deus, pela pátria, por Maria
Por Deus, pela pátria, por Maria
Sempre trabalhar,
Sempre trabalhar,Lutar e vencer.

Em todos os instantes do nosso combater
Sejamos constantes e fiéis até morrer.
Sejamos constantes e fiéis até morrer.

Do colégio sigamos a bandeira
do Ceará, terra brasileira.

Do Ceará, terra brasileira
Conservemos as nobres tradições.
Que dos nossos ardentes corações
Este grito ressoe constantemente:

Por Deus, pela pátria, por Maria
Por Deus, pela pátria, por Maria
Sempre trabalhar,Sempre trabalhar,
Lutar e vencer."

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Revendo e vivendo o sexo


Esse texto foi escrito por Ingrid, esposa do Diêgo, meu parceiro de ABU que nos presenteou com esse texto que primeiramente foi publicado na revista Ultimato. Espero que gostem, pois eu gostei demais.


Hoje eu entendo com mais clareza o porquê do sexo depois do casamento; ou talvez pudesse dizer porque o sexo é o próprio casamento (de forma alguma querendo dizer que casamento é só sexo).

Criada na igreja, sempre foi firme a minha convicção de que sexo só pode depois do casamento. O porquê era simples: sexo antes do casamento é pecado e pode trazer consequências irreparáveis para o relacionamento depois. Confesso que a certeza do pecado era mais relevante do que a outra justificativa.

Com três anos de namoro, com perspectivas concretas para um casamento, os questionamentos eram inevitáveis: “Se o sexo é o casamento, por que a necessidade de esperar um casamento formal?”. Sei que as respostas para essa pergunta não precisam ser descritas aqui, pois são conhecidas por qualquer cristão que decide esperar pelo momento certo. Mas o que considero ser importante dizer, é que de fato vale a pena esperar.

Casei-me com seis anos e oito meses de namoro. Meu esposo e eu experimentamos o sexo pela primeira vez, dentro do nosso casamento.

A realidade é bem distante das comédias românticas e novelas que sempre me encantaram muito. As dificuldades são maiores do que podemos imaginar enquanto namoramos e vemos o nosso instinto à flor da pele. O sexo é muito mais intenso e transcendental do que podemos imaginar.

Na mistura de sonho, vontade, carícias, dor, beijos, alegrias, você e ele, há o encontro de almas, o “um só corpo”. Se acontece ou não o alcance do prazer, tão pregado e divulgado como a melhor coisa do mundo, não se pode garantir, mas que o sexo protegido pelo casamento e pelo compromisso mútuo perante Deus proporciona, ou me proporciona, o ápice do ser mulher, inteira, entregue... sim, me proporciona.

Se os dias são corridos e esse momento a dois começa a ficar desfalcado nas nossas semanas, o que ocorre não é uma necessidade física demasiada, e sim uma necessidade emocional. Uma saudade do meu esposo, mesmo tendo ele todos os dias, acordando e se deitando comigo. Uma saudade de me sentir inteira, uma inteireza que hoje só pode ser com ele.

Toda a dinâmica da aliança do casamento, firmada e consumada por meio do sexo, foi criada por Deus. Um elo que não pode ser rompido a não ser pelo poder do Senhor. Um vínculo que transcende o nosso entendimento e até mesmo o nosso sentimento.

Ingrid Monteiro de Castro Reis, 22 anos, é casada com Diêgo, cursa pedagogia na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e é membro da Igreja Presbiteriana da Pampulha, em Belo Horizonte, MG.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Para voltar a crer



Não faltam motivos para descrer da Humanidade. Vamos combinar que fizemos coisas extraordinárias, mas nossa passagem pela Terra não está sendo, exatamente, um sucesso. Para cada catedral erguida bombardeamos três, para cada civilização vicejante liquidamos quatro, a cada gesto de grandeza correspondem cinco ou seis de baixeza, para cada Gandhi produzimos sete tiranos, para cada Patrícia Pilar dezessete energúmenos. Inventamos vacinas para salvar a vida de milhões ao mesmo tempo que matamos outros milhões pelo contágio e a fome. Criamos telefones portáteis que funcionam como gravadores, computadores - e às vezes até telefones -, mas ainda temos problema com a coriza nasal. Nosso dia a dia é cheio de pequenas calhordices, dos outros e nossas. Rareiam as razões para confiar no vizinho ao nosso lado, o que dirá do político lá longe, cuja verdadeira natureza muitas vezes só vamos conhecer pela câmera escondida. Somos decididamente uma espécie inconfiável, além de venal, traiçoeira e mesquinha. E estamos envenenando o planeta, num suicídio lento do qual ninguém escapará. E tudo isso sem falar no racismo, no terrorismo e no Big Brother Brasil.


Eu tinha desistido de esperar pela nossa regeneração. Ela não viria pela religião, que se transformou em apenas outro ramo de negócios. Nem viria pela revolução, mesmo que se pagasse para o povo ocupar as barricadas. Eu achava que a espécie não tinha jeito, não tinha volta, não tinha salvação. Meu desencanto era total. Só o abandonaria diante de alguma prova irrefutável de altruísmo e caráter que redimisse a Humanidade. Uma prova de tal tamanho e tal significado que anularia meu ceticismo terminal e restauraria minha esperança no futuro. E esta prova virá neste domingo, se o Grêmio derrotar o Flamengo no Maracanã.

Se o Grêmio derrotar o Flamengo, o Internacional pode ser campeão. Mas o mais importante não é isso. Se o Grêmio derrotar o Flamengo mesmo sabendo as consequências e o possível beneficio para o arquiadversário, estará dando um exemplo inigualável de superioridade moral. A volta da minha fé na Humanidade não interessa, Grêmio. Pense no que dirá a História. Pense nas futuras gerações!

Luis Fernando Verissimo que dentre outras coisas é torcedor do Internacional