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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Uma viagem que valeu história


Viajei no dia 9 de Julho de 2009 para São Paulo para trabalhar numa temporada de acampamento de crianças e adolescentes em Arujá-SP. Até aí nenhuma informação extraodinária, afinal com os preços das passagens mais baratas que ônibus, até eu estou viajando.

Mas o motivo desse texto não será pra relatar mais uma de minhas idas a cidade de São Paulo, mas especificamente a data, que ficou marcada pra mim, pelo fato de ter sido feriado na cidade e mudou completamente os meus planos, ao chegar (sem falar do frio, que é um componente significativo pra quem mora no Ceará).

Mas como sou curioso, fui aos livros entender melhor o motivo do feriado, e o que tem de tão importante nessa data pra ter até um feriado em todo o estado, pois aqui no Ceará, só tem desses se for por algum motivo religioso, caso contrario, não lembro de nenhum desses aqui na minha cidade/estado.

Então, senta que lá vem história ...

1932 – Começa a Revolução Constitucionalista, que opôs os paulistas ao governo federal, chefiado por Getúlio Vargas.

Com a vitória da Revolução de 30, Getúlio assumiu o poder e instalou um governo provisório. O Congresso e as Assembléias foram fechados, e interventores federais nomeados para governar os estados.

Para São Paulo foi nomeado o tenente João Alberto Lins de Barros.

A exclusão do governo do Partido Democrático (PD) – que havia apoiado a Revolução de 30 – deu início a uma campanha de mobilização da sociedade paulista, pela imediata reconstitucionalização do país e a ampliação da autonomia política dos estados.

Apesar da renúncia de João Alberto, a hostilidade entre os paulistas e o governo Vargas só fez aumentar.

No início de 1932, os dois principais partidos paulistas se uniram, formando a Frente Única Paulista (FUP), que passou a preparar uma revolta armada. Percebendo a força do movimento, Getúlio nomeou o civil e paulista Pedro de Toledo como interventor e publicou o novo Código Eleitoral, que previa a realização de eleições para a Assembleia Constituinte em maio do ano seguinte.

Essas medidas foram entendidas pelos paulistas como manobra protelatória de Vargas.
Em 23 de maio, um grupo de jovens estudantes tentou invadir a sede de um jornal favorável a Getúlio. No conflito com um grupo de tenentistas, morrem os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais de seus nomes foram usadas para designar uma sociedade secreta, MMDC, que passou a tramar a derrubada do governo Vargas.

(Muitos anos depois, a Lei estadual nº 11.658, de 13.01.2004 criou o “Dia dos heróis MMDCA” (23 de maio), incorporando ao quarteto original a inicial de Orlando de Oliveira Alvarenga, ferido no dia 23 de maio, mas que só veio a falecer em 12 de agosto.
As ruas Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo, Alvarenga e MMDC se cruzam no bairro do Butantã, em São Paulo.)

No dia 9 de julho eclode o movimento na capital e no interior do estado. Comandavam as forças rebeldes Bertoldo Klinger e Euclides Figueiredo – militantes da Revolução de 1930 –, e Isidoro Dias Lopes – líder do levante de 1924.

A revolução teve apoio de amplos setores da sociedade paulista, como intelectuais, industriais, estudantes, políticos ligados à República Velha ou ao Partido Democrático. Todos lutavam contra a ditadura de Vargas.

Durante três meses, São Paulo viveu um verdadeiro esforço de guerra: indústrias se mobilizaram para fabricar armamentos, e a população se uniu na campanha Dê ouro para o bem de São Paulo.

O bloqueio naval da Marinha ao porto de Santos impediu que simpatizantes de outros estados pudessem integrar a revolução. Apesar de setores políticos gaúchos e mineiros serem solidários com a causa constitucionalista, decidiram permanecer leais ao Governo Provisório.
Isolados, os paulistas assinaram a rendição em outubro de 1932.

O governo federal evitou fazer represálias, cuidando logo de abastecer a capital com os gêneros de primeira necessidade que começavam a faltar devido ao prolongado isolamento.
Além disso, em agosto de 1933, São Paulo finalmente viu chegar um civil e paulista à chefia do governo, com a nomeação de Armando de Sales Oliveira para substituir o general Valdomiro Lima.

E finalmente, em 1934 foi promulgada(quer dizer que foi votada, e não imposta quando no caso é outorga da a nova Constituição).


3 comentários:

Israel Branco disse...

Uns minino réi malcriado, achando que é alguma coisa. Tinha que descê a chibata mesmo. Acho que ainda vou implantar uma ditadura aqui no Brasil - Só para fazer como foi na China: Morte aos professores!

Obs: Assembleia não tem mais acento e o parêntese tá no canto errado na última linha.

Thiago Oliveira Braga disse...

Faço votos que você não tenha sucesso no sua tentativa de uma outra ditadura, mas acredito que vc comentou no post errado, mas enfim, muito le alegra em saber o carinho pelos "professores" e se inspirar com os Chineses.

Percebi que está aproveitando bem o dia do soldado lendo o meu BLOG, agradeço a visita.

Obs.: As correções já foram feitas na "Assembleia" e o parêntese.

Valeu parceiro.

Caio Rondon disse...

Thiago "componente significativo pra que mora no Ceará" não seria quem?
Post massa (: