No dia 31 de outubro comemora-se o aniversário da Reforma Protestante, marco importante na história do cristianismo pelo fato da mesma simbolizar um desejo de se restaurar a pureza da fé cristã, tão contaminada, na época, pelo envolvimento da igreja com o poder temporal.
Impondo a bandeira da “Sola Escriptura e Sola fidei” (Só a Bíblia e só a fé), Martinho Lutero, impulsionado por vários episódios que já vinham acontecendo ao redor da Europa, escreveu as famosas 95 teses, denunciando o desvio da igreja católica e convocando o povo cristão de então, a um retorno a fé evangélica. Denunciava ele, a cobrança de indulgência, idolatria, nepotismo e tantas outras idéias maléficas que tomaram conta do imaginário cristão de então. Martinho Lutero defendia que todos deviam ter livre acesso às escrituras, interpretando as mesmas sob a orientação do Espírito Santo e que a salvação era fruto da fé no sacrifício redentor do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Uma belíssima história de luta e muito sangue derramado, envolveu este episódio da história da humanidade e em especial do cristianismo. Hoje somos fruto daquela luta de mais de 500 anos atrás. Temos uma tradição riquíssima e cheia de “ruas” que ainda precisam ser descobertas e conhecidas até os nossos dias, com o objetivo de enriquecer ainda mais a tradição Protestante.
Olhando para os dias atuais e percebendo a total falta de conhecimento da parte de muitos que se dizem “protestantes”, mas que lamentavelmente não conhecem a história e ainda fazem questão de demonizá-la, afirmando que tradição é coisa de crente frio que não tem o Espírito Santo, ou ainda percebendo “crentes” que estão mais atualizados com o Halloween (festa das bruxas) do que com o fato da mais alta relevância histórica que é a Reforma; ficamos a pensar o que será do nosso futuro como igreja protestante nos próximos anos e por que não pensarmos logo o que será também das próximas gerações de cristãos protestantes ao redor do mundo?
A chamada igreja protestante brasileira, que é a que eu conheço um pouco, tem a cada dia se transformado numa coisa estranha e muito distante dos princípios que nortearam a Reforma; uma igreja em que o místico ocupa todas as atenções enquanto que a reflexão teológica crítica aos poucos vem sendo banida da mesma e ainda por cima acusada de ser a causa da frieza e do descaso moral e ético de muitos “crentes”; uma igreja mais preocupada com resultados, crescimento numérico e sucesso no campo empresarial do que preocupada em servir a humanidade colocando-se como a serva dos servos através de ações concretas de combate a miséria, fome, desemprego, prostituição infantil, racismo, homofobia e tantas outras manifestações de pecado em nossa sociedade; líderes religiosos que, a exemplo dos líderes da época da primeira Reforma, buscam para si títulos, poder e influência em vez de se colocarem como exemplo dos fiéis, servindo-os com suas vidas e atitudes, mediante uma vida digna, porém sem opulência; uma igreja que cresce numericamente através dos vários pacotes (G12, G5, Igreja com Propósito, Rede Ministerial, Evangelismo Explosivo, etc.) e ocupa espaço na mídia e na arquitetura das grandes cidades brasileiras, mais que a cada dia cai no descrédito das pessoas se nivelando por baixo na sua conduta ética em meio ao mundo em que estamos inseridos.
Enfim, precisamos urgentemente de uma nova e vigorosa reforma no seio da igreja atual. Uma nova e vigorosa reforma que resgate os pilares teológicos defendidos pelos primeiros “pais” da tradição cristã; uma reforma que resgate o servir como exemplo de sucesso e a simplicidade, como meta a ser seguida e desejada por todos. Uma reforma que resgate a oração, a leitura e estudo da Palavra de Deus e, consequentemente, traga um avivamento de mudança de vidas e das estruturas do mundo em que vivemos, uma reforma que faça a igreja olhar para a ecologia e sua aflição em nosso planeta e que por fim, faça-nos resplandecer a luz do evangelho através de uma vida simples, séria, cheia do Espírito Santo e totalmente contaminada com o exemplo de serviço do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Pr. Wellington Santos
Impondo a bandeira da “Sola Escriptura e Sola fidei” (Só a Bíblia e só a fé), Martinho Lutero, impulsionado por vários episódios que já vinham acontecendo ao redor da Europa, escreveu as famosas 95 teses, denunciando o desvio da igreja católica e convocando o povo cristão de então, a um retorno a fé evangélica. Denunciava ele, a cobrança de indulgência, idolatria, nepotismo e tantas outras idéias maléficas que tomaram conta do imaginário cristão de então. Martinho Lutero defendia que todos deviam ter livre acesso às escrituras, interpretando as mesmas sob a orientação do Espírito Santo e que a salvação era fruto da fé no sacrifício redentor do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Uma belíssima história de luta e muito sangue derramado, envolveu este episódio da história da humanidade e em especial do cristianismo. Hoje somos fruto daquela luta de mais de 500 anos atrás. Temos uma tradição riquíssima e cheia de “ruas” que ainda precisam ser descobertas e conhecidas até os nossos dias, com o objetivo de enriquecer ainda mais a tradição Protestante.
Olhando para os dias atuais e percebendo a total falta de conhecimento da parte de muitos que se dizem “protestantes”, mas que lamentavelmente não conhecem a história e ainda fazem questão de demonizá-la, afirmando que tradição é coisa de crente frio que não tem o Espírito Santo, ou ainda percebendo “crentes” que estão mais atualizados com o Halloween (festa das bruxas) do que com o fato da mais alta relevância histórica que é a Reforma; ficamos a pensar o que será do nosso futuro como igreja protestante nos próximos anos e por que não pensarmos logo o que será também das próximas gerações de cristãos protestantes ao redor do mundo?
A chamada igreja protestante brasileira, que é a que eu conheço um pouco, tem a cada dia se transformado numa coisa estranha e muito distante dos princípios que nortearam a Reforma; uma igreja em que o místico ocupa todas as atenções enquanto que a reflexão teológica crítica aos poucos vem sendo banida da mesma e ainda por cima acusada de ser a causa da frieza e do descaso moral e ético de muitos “crentes”; uma igreja mais preocupada com resultados, crescimento numérico e sucesso no campo empresarial do que preocupada em servir a humanidade colocando-se como a serva dos servos através de ações concretas de combate a miséria, fome, desemprego, prostituição infantil, racismo, homofobia e tantas outras manifestações de pecado em nossa sociedade; líderes religiosos que, a exemplo dos líderes da época da primeira Reforma, buscam para si títulos, poder e influência em vez de se colocarem como exemplo dos fiéis, servindo-os com suas vidas e atitudes, mediante uma vida digna, porém sem opulência; uma igreja que cresce numericamente através dos vários pacotes (G12, G5, Igreja com Propósito, Rede Ministerial, Evangelismo Explosivo, etc.) e ocupa espaço na mídia e na arquitetura das grandes cidades brasileiras, mais que a cada dia cai no descrédito das pessoas se nivelando por baixo na sua conduta ética em meio ao mundo em que estamos inseridos.
Enfim, precisamos urgentemente de uma nova e vigorosa reforma no seio da igreja atual. Uma nova e vigorosa reforma que resgate os pilares teológicos defendidos pelos primeiros “pais” da tradição cristã; uma reforma que resgate o servir como exemplo de sucesso e a simplicidade, como meta a ser seguida e desejada por todos. Uma reforma que resgate a oração, a leitura e estudo da Palavra de Deus e, consequentemente, traga um avivamento de mudança de vidas e das estruturas do mundo em que vivemos, uma reforma que faça a igreja olhar para a ecologia e sua aflição em nosso planeta e que por fim, faça-nos resplandecer a luz do evangelho através de uma vida simples, séria, cheia do Espírito Santo e totalmente contaminada com o exemplo de serviço do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Pr. Wellington Santos
Um comentário:
PASTOR SOU MEMBRO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL , CONCORDO PLENAMENTE, QUE ESTAMOS PRECISANDO DE EVANGELICOS MAIS SÉRIOS , ENVOVIDOS COM ORAÇÃO E A PALAVRA (ESCRITURA SAGRADA), E NÃO COM MOVIMENTOS QUE LEVAM AO AUMENTO NUMÉRICO SEM CONTEUDO E FRACOS NA FÉ,SE SER TRADICIONAL É LER A BIBLIA , TENDO UMA ESPERANÇA DE FÉ DE DIAS MELHORES SÓ NA VIDA ETERNA , ENTÃO SOU TRADICIONAL PORQUE O MUNDO JAS NO MALIGNO E TEM SEU DESTINO, ENTÃO TEMOS QUE NOS PREPARAR. UM ABRAÇO COM A PAZ DO SENHOR JESUS CRISTO.
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