Quem sou eu ?
- Thiago Oliveira Braga
- Capital do Ceará, Ceará, Brazil
- cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
O que é um assalto a banco comparado com a fundação de um?
Marcadores:
Reflexão
"Imparcialidade" editorial
Marcadores:
Reflexão
domingo, 15 de abril de 2012
Buenos Aires - Argentina.
Marcadores:
Minhas histórias
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Imagens de uma noite de Copa do Brasil
Copa do Brasil
CEARÁ 2 X 2 PARANÁ
Ceará: Fernando Henrique; Apodi, Thiego, Potiguar e Márcio Careca; Heleno, Everton (Rogerinho), Reina (Misael) e Eusébio; Mota (Romário) e Felipe Azevedo. Técnico: PC Gusmão
Paraná: Luiz Carlos; Paulo Henrique, André Vinicius, Alex Bruno e Henrique Ávila; Alex Alves, Elias (Henrique Alemão), Douglas Packer e Wendell; Nilson (Douglas) e Luisinho (Maicon). Técnico: Ricardinho
Local: Estádio Presidente Vargas
Data: 11/4/2012
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA)
Assistentes: Marcos Rocha (BA) e José Nilton da Costa (PI)
Cartões amarelos: Eusébio (C), Douglas Packer (P), Elias (P), André Vinicius (P), Alex Alves (P), Luiz Carlos (P), Maicon (P)
Gols: Felipe Azevedo, aos 11min, Nilson, aos 21min do 1º tempo; Luisinho, aos 14min, Romário, aos 33min do 2º tempo.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Data: 11/4/2012
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA)
Assistentes: Marcos Rocha (BA) e José Nilton da Costa (PI)
Cartões amarelos: Eusébio (C), Douglas Packer (P), Elias (P), André Vinicius (P), Alex Alves (P), Luiz Carlos (P), Maicon (P)
Gols: Felipe Azevedo, aos 11min, Nilson, aos 21min do 1º tempo; Luisinho, aos 14min, Romário, aos 33min do 2º tempo.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O que era aquele mosaico, hein? Pfff... Teve até amarelo, lá naquela marmota. Você sabe que sou isento, e que entendo de imagem, né? Quando a TUF passou a usar o branco como cor predominante eu elogiei, até porque azul e vermelho juntos é a coisa mais feia do mundo - já viu alguém vestido assim e ficar elegante? No mestrado de design o Professor David Kelly, conhecido mundialmente (vá no You Tube e veja a fera, que, por acaso, ama futebol) demonstrou que azul e vermelho é uma das combinações menos harmônicas e que menos favorece a identificação de signos, formatos e desenhos (e preto branco é o perfeito contraste e harmonia). Usar o branco é uma maneira de suavizar esse defeito, e a TUF acertou nisso. Nesse época a Cearamor começou a adotar o preto, cor mais elegante de todas.
Acho que esse negócio de amarelo parece que é por culpa da dieta com deficiência de manga. Um delírio. A propósito, coisas como "Barcelona do NE" (talvez venha daí o amarelo), "Geraldo faz alvinegro sofrer" e "Rogerinho no FEC" são manifestações de loucura. Aquele nosso amigo comum, tricolor típico, a partir de hoje só lembra do público contra o Náutico... já postou até no facebook. Vá olhar.
Falando sério, claro que não é "deficiência de manga". A torcida do FEC, como clube de massa, só começou a crescer nos anos 2000, por força do acesso e da TV, e só lota qualquer estádio na base da promoção. Gente nova demais. Veja o vídeo do Fortaleza campeão em 1983, no YouTube e chegue às suas conclusões (nos anos 70, a torcida tricolor rivalizava com a do Ferrim).
São meio de moda, meio de empolgação, e não veem problema em sair da razão. Os que são mais fanáticos tem no Ceará a razão de ser. Conhecemos alguns conscientes, mas a maioria - e isso não é preconceito, pelo contrário - é meio adolescente nas atitudes, meio raivosa, e está meio tonta porque o Ceará recuperou sua grandeza. Falam de Hexa (pfff...) , negam o Penta, mas sequer resvalam no fato de que o Penta estava em duas revistas deles. E que é incotroverso, até para o Nirez, nosso maior historiador hoje, que é tricolor. Evitam falar do gol do Zezinho. Não lembram que, nas goleadas sofridas altivamente em 2006, o Ceará terminou com dois a menos em campo. E foi campeão.
Em suma, não é ridículo, para eles, quererem ser o que nunca foram (até "Nordestão" a mais inventam, sabia? Você deve saber). Não é ridículo, para eles, ser ridículo.
Deus me livre, que o Fortaleza fosse, ainda, o líder. Deus me livre que eles colocassem mais gente no estádio sem promoção. Que fossem melhor colocados no ranking da CBF e da Placar. Que as duas últimas pesquisas dissessem que tem mais torcida. Que estivessem em uma divisão acima. Que tivessem mais títulos. Quando o Fortaleza estava na frente você lembra, né? Todo dia tinha, no facebook, essa história de "Líder".
Bom, falando do que importa, ouvi que o Ceará fez 37 finalizações e o Paraná 5? E conseguiu empatar! Caraca, parece muito com o Fortaleza mesmo, ó! Até nas cores.
Menos pelo amarelo.
Marcadores:
Minhas histórias
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Perdas e danos
MILLÔR FERNANDES & CHICO ANYSIO
Por Alberto Dines em 01/04/2012 na edição 687
Reproduzido do Diário de S.Paulo, 1/4/2012
Com dias de diferença apagaram-se dois poderosos fachos de luz, duas pilhas de inteligência. Contraditórios, opostos, singulares, ímpares e pares. Iguais: escolheram o riso como ferramenta, mas rir não se resume à mera contração de músculos da face, é uma demonstração espontânea de alegria, satisfação, prazer íntimo ou coletivo. Em qualquer dos seus níveis – do sorriso à gargalhada – independente do seu teor – ironia, sarcasmo, deboche, graça – o riso é uma infalível arma de destruição da arrogância e do rancor.
Chico Anysio e Millôr Fernandes foram mais do que humoristas. O cearense foi ele próprio o veículo dos seus achados antropológicos, primeiro no rádio, depois teatro e televisão. Com aquele corpo mirrado e olhos arregalados veiculou uma magistral galeria de mais de 200 personagens, impagável retrato das mazelas brasileiras.
O carioca Millor serviu-se do desenho e da palavra para nos fazer pensantes. Filósofo que dialogou com ele mesmo para derrubar fraudes, equívocos, lorotas. Usou linhas, tintas, penas, lápis, máquinas. Despreocupado com maquinetas nos fez herdeiros de um formidável acervo de dúvidas e incredulidades.
Tarefas e quantias
Dois artistas praticamente da mesma geração, possivelmente se cruzaram em alguma praia, palco, botequim. Jamais em comícios: faziam política numa esfera superior, perene, militantes de uma causa que poucos têm estofo para abraçar: a independência.
Crias de um mesmo Rio de Janeiro hoje evaporado, momento urbano indizível. Irreproduzível no tempo e no espaço. Nem suas cinzas esvoaçam juntas. Melhor assim: espalhadas, derrubarão mais farsas e solenidades. Resistiram à Parca, sofreram, não mereciam. Numa terra onde as perdas são disfarçadas Chico e Millôr serão incorporados ao panteão dos que incomodam. E lá ficarão para sempre.
Qual dos dois forjou esta arrasadora sátira onde um moralista com o mesmo nome do sublime orador grego desaba desmoralizado perante a multidão incrédula?
A história do até-agora-senador Demóstenes Torres é tragicômica, joco-séria, pastelão mórbido. Veio do impoluto Ministério Público, procurador geral e secretário de Segurança de Goiás, senador da República, presidente da Comissão de Constituição e Justiça, líder do DEM na Câmara Alta, incansável caçador de corruptos, chegou a ser considerado uma das 100 personalidades mais influentes do país.
De repente despenca, enredado na quadrilha do contraventor-mor, Carlinhos Cachoeira. Incrível o volume de menções ao seu nome em gravações legais com referências explícitas a tarefas e quantias recebidas. Seu mandato está ameaçado, carreira política praticamente encerrada.
Em falta
Coisas do livre-arbítrio. Mas o dano é irreparável no plano moral e institucional. Uma sociedade dominada pelo ceticismo e desanimada diante do elenco de nulidades que se exibe no pódio está sendo empurrada inexoravelmente para o abismo da descrença onde geralmente costumam germinar indignações e revolta.
O senador Torres comprometeu o país, sua capacidade de superação e regeneração, pisoteou os valores que cimentam uma nação. Demóstenes, o grego gago, fez da eloqüência uma arte, este homônimo nos empurra para a chacota.
A verve de Chico Anysio e Millôr Fernandes já faz falta.
Marcadores:
Reflexão
Assinar:
Postagens (Atom)