A fantasia aparece no âmago do adolescente. E se reflete nas lágrimas em salas de cinema, na emoção do primeiro encontro, do primeiro namoro. E não morre na maturidade, ou melhor idade. É a fascinante capacidade de sonhar. De se lançar a novos projetos. De recomeçar. Quantos professores começaram a faculdade ou o curso de mestrado com anos de profissão? Quantos mestres se lançaram ao novo, aprimorando a forma de ensinar e não temendo o conceito de aprender sempre?
A realização também é componente da educação. E pode ser percebida na emoção do mestre que vê as letras sem significado ganhando forma. Nos números fazendo sentido. Nos conceitos sendo enraizados. Na observação do aluno a percorrer firmemente as sendas fascinantes do saber. E como os nossos mestres são competentes!
O professor é um referencial que fica para a vida inteira. Na lembrança de cada aluno está o exemplo, o cuidado, os detalhes que embalaram fantasias e realidades. Lembro-me das minhas primeiras professoras – até do penteado, do jeito de andar, e da arte de contar histórias, herdada de milenares tradições. Uma dessas mestras, em todas as sextas-feiras, contava histórias de amor. Talvez ela tenha aprendido com Goethe que só se ensina uma criança a amar, amando, e que no mundo nada nos torna necessários, a não ser o amor. Quem planta amor não poderá ver florescer outra coisa no jardim da vida.
Feliz dia dos professores
Autor: Gabriel Chalita