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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Hoje não é dia dele, mas deve ser lembrado diariamente.




Dia do professor. Hoje não é dia do professor. Mas todos os dias são dias de professoras e professores que encantam na arte de gerenciar sonhos. Porque alimentam, a cada dia, na magia da sala de aula, a esperança. Porque a cada dia ensinam crianças e jovens a fantasiar e a realizar. A fantasia aparece como componente pedagógico fundamental das brincadeiras infantis, desde as parlendas, cantigas, histórias, pinturas, modelagens, até as teatrais construções de personagens.



A fantasia aparece no âmago do adolescente. E se reflete nas lágrimas em salas de cinema, na emoção do primeiro encontro, do primeiro namoro. E não morre na maturidade, ou melhor idade. É a fascinante capacidade de sonhar. De se lançar a novos projetos. De recomeçar. Quantos professores começaram a faculdade ou o curso de mestrado com anos de profissão? Quantos mestres se lançaram ao novo, aprimorando a forma de ensinar e não temendo o conceito de aprender sempre?

A realização também é componente da educação. E pode ser percebida na emoção do mestre que vê as letras sem significado ganhando forma. Nos números fazendo sentido. Nos conceitos sendo enraizados. Na observação do aluno a percorrer firmemente as sendas fascinantes do saber. E como os nossos mestres são competentes!

O professor é um referencial que fica para a vida inteira. Na lembrança de cada aluno está o exemplo, o cuidado, os detalhes que embalaram fantasias e realidades. Lembro-me das minhas primeiras professoras – até do penteado, do jeito de andar, e da arte de contar histórias, herdada de milenares tradições. Uma dessas mestras, em todas as sextas-feiras, contava histórias de amor. Talvez ela tenha aprendido com Goethe que só se ensina uma criança a amar, amando, e que no mundo nada nos torna necessários, a não ser o amor. Quem planta amor não poderá ver florescer outra coisa no jardim da vida.

Feliz dia dos professores


Autor: Gabriel Chalita


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A escolha do amor




Todos os dias fazemos escolhas em nossas vidas. Algumas escolhas são mais simples; outras, mais complexas. Escolhemos a roupa, o sapato, a alimentação, o trajeto. Escolhemos a escola, o trabalho, as prioridades. Como não é possível resolver todos os problemas de uma única vez, vamos escolhendo aqueles que precisam ser solucionados antes.  Escolhemos no supermercado, na loja, a forma de pagamento.

Algumas escolhas simples ficam complicadas quando complicamos a vida. Fazer um almoço se torna um calvário para quem está angustiado. Ter de escolher o que fazer e que agrade às outras pessoas da família parece um trabalho insano.Escolher a escola dos filhos. Escolher a mudança de emprego. Aos poucos as escolhas vão exigindo mais reflexão e o resultado da escolha vai ficando mais sério.  Uma coisa é escolher a comida errada no cardápio e decidir que não vai pedir mais aquele prato. Outra coisa é perceber que casou com a pessoa errada. A escolha do casamento tem de ser mais demorada do que a do produto de uma prateleira em um supermercado.

Como somos imperfeitos, a dúvida sempre fará parte de nossas escolhas. E é diante da dúvida que amadurecemos. Pessoas que têm certezas absolutas erram mais e sofrem mais com isso. A dúvida nos torna mais humildes, mais abertos ao diálogo.Nesses momentos é que percebemos a nossa maturidade frente aos obstáculos. Os mais concretos ou os mais abstratos.

Nesse início de ano, uma modesta sugestão:  diante das dúvidas que surgirem, escolha o amor. Diante de sentimentos mesquinhos como a inveja, o ciúme, a vingança; escolha o amor. Antes de falar, pense. Mas pense com amor. Antes de agredir, lembre-se de que o tempo da cicatriz é mais demorado do que o tempo do comedimento. Antes de usar a palavra como instrumento de maldizer, lembre-se de que o silêncio é o grande amigo e  de que, na dúvida, o outro deve receber a sua compaixão. Diante do comodismo, da alienação, escolha o amor em ação. Assim fizeram os apóstolos, mesmo sabendo que seriam incompreendidos; assim fez Francisco de Assis quando ousou chamar a todos de irmãos; ou João Bosco com os jovens que só se aquietavam quando se sentiam amados.

Assim fez Madre Tereza de Calcutá que fazia a escolha do amor diante de cada próximo que dela precisasse.

Diante da boa dúvida, é bom pedir ajuda. Para os irmãos e para Deus, a Essência do Amor.

Os desafios são muitos. É por isso que sozinho fica difícil. Como diz a canção:

Eu pensei que podia viver, por mim mesmo. Eu pensei que as coisas do mundo não iriam me derrubar.

E a oração continua e, com ela, nossa certeza: Toda honra e toda glória. É Dele a vitória alcançada em minha vida.


Que sejamos responsáveis em nossas escolhas mais simples ou mais complexas. Mais uma vez, com amor, tudo fica mais fácil e mais bonito!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Fácil e difícil


Um poema de Drummond para refletirmos e reverenciarmos a vida…



Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
 Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
 Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
 Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
 Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
 Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
 Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
 Fácil é dizer “oi” ou “como vai?”
Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…
 Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
 Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
 Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
 Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
 Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
 Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
 Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
 Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho…

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Gol "quebra tabu" completa 10 anos.



A foto do momento exato do gol quebra-tabu, depois de 16 clássicos sem vencer o ex rival.

Já nos acréscimos, quando eles já começavam a contagem até 17, o Thiaguinho (nome de craque) sofre o pênalti, o carrasco bateu e acabou com a festa com a torCida colorida.

09.09.2001

Fortaleza 0 x 1 Ceará

Jefferson, Hilton, Alan, João Lima, Marcelo (Evaldo), Lopes, Garrinchinha, Edinho, Jairo Lenzi (Thiaguinho), Sérgio Alves e Iarley.
Técnico: Flávio Araújo.
Gol: Sérgio Alves.



O Ceará quebra o tabu de 16 jogos e derrota o Fortaleza por 1 a 0, gol de Sérgio Alves, cobrando pênalti aos 47 minutos do segundo tempo, no PV, com lotação completa. A vitória alvinegra serviu também para inverter a sua posição com o tricolor, no quarto e quinto lugares, respectivamente. O clássico começou nervoso, truncado e com muitas faltas. Era o primeiro aviso de que o jogo poderia ser decidido numa simples falha, de tão rígida a marcação imposta pelas duas equipes.

Logo aos 14 minutos, Daniel Frasson perde a primeira grande chance real de gol, de dentro da pequena área, aos completar erradamente um lançamento vindo da intermediária e em seguida foi a vez de Sérgio entrar sozinho e finalizar nas mãos do goleiro Rodrigues. A resposta do Fortaleza veio com Moisés, que recebeu um presente do lateral esquerdo do Ceará, Marcelo, mas o atacante tricolor chutou para fora. Aos 40 minutos, Frasson sofre um pênalti, que Reginaldo cobre e o goleiro Jéfferson defende, garantindo, a igualdade do placar. Depois do pênalti as duas equipes ainda criaram chences de gol, mas erraram nas conclusões.

No segundo tempo, quando se esperava que os dois times retornassem taticamente com propostas diferentes, eis que acabou sendo o repeteco do primeiro tempo. A disposição dos jogadores, tanto os alvinegros como os tricolores, continuava em campo, apesar do esforço redobrado de casa um, desde de o início da partida. O atacante Clodoaldo, que recebeu marcação rígida do zagueiro João Lima, chegou a chutar uma bola contra o travessão de Jéfferson. Era um jogo marcado pelo equilíbrio, até nos últimos quinze minutos o Fortaleza passou a ter o domínio da partida, com um time mais uniforme e fazendo prevalecer o conjunto adquirido ao longo dos dois últimos anos.

E por conta disso, o Ceará procurava se defender a todo custo, mas a estas alturas já contava com o meia-atacante Thiaguinho, que entrará no lugar de Jairo Lenzi e dava mais vigor ao setor ofensivo, o qual esporadicamente ia à frente na base de contra-ataques. E foi numa dessas investidas que o mesmo Thiaguinho, perseguido por três jogadores do Fortaleza, acabou derrubado dentro da área por Moisés Teixeira. O árbitro assinalou o pênalti, que Sérgio Alves cobrou e converteu, aos 47 minutos e aos 48 o jogo foi encerrado.

Era o fim do tabu.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Fábula do Cuidado



“Certo dia, Cuidado, passeando nas margens do rio, tomou um pedaço de barro e o moldou na forma do ser humano. Nisso apareceu Júpiter e, a pedido de Cuidado, insuflou-lhe espírito. Cuidado quis dar-lhe um nome, mas Júpiter lho proibiu, querendo ele impor o nome. Começou uma discussão entre ambos.
Nisso apareceu a Terra, alegando que o barro era parte de seu corpo e que, por isso, tinha o direito de escolher um nome. Gerou-se uma discussão generalizada e sem solução.
Então todos aceitaram chamar Saturno, o velho deus ancestral, senhor do tempo, para ser o árbitro. Este deu a seguinte sentença, considerada justa:
Você, Júpiter, deu-lhe o espírito, receberá o espírito de volta quando esta criatura morrer. Você, Terra, forneceu-lhe o corpo, receberá o corpo de volta quando esta criatura morrer. E, você, Cuidado, que foi o primeiro a moldar a criatura, acompanhá-la-á por todo o tempo em que ela viver.
E como vocês não chegaram a nenhum consenso sobre o nome, decido eu: chamar-se-á homem, que vem de húmus, que significa terra fértil”.

(Extraído de BOFF, Leonardo. Ética e moral: a busca dos fundamentos. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004, p. 49)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Manifestoon, Manifesto Comunista - Legendado em Português


Trechos de o Manifesto Comunista com a ajuda dos cartoones da Disney, criado pelo o cineasta independente Jesse Drew.

Passo a cita-lo: "No desenho animado clássico, a força bruta e a artilharia pesada nunca conseguem derrotar a ironia e o humor, e no fim a justiça sempre vence. Para mim, era natural ligar o meu próprio conceito infantil de subversão com uma versão mais articulada (o Manifesto Comunista de Marx e Engels)."

El Secreto De Sus Ojos - La Pasión




Demorei muito para ver “O Segredo dos Seus Olhos”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2010. Não vou desfilar os detalhes, pois não existe nada mais chato do que sinopses que entregam o jogo. O jogo, eis o detalhe que quero me ater.
O filme traz a história de um assassinato que transforma o time do Racing em um rico personagem. Um dos momentos mais marcantes é uma sequência de 6 minutos no Estádio do Huracán, com imagens que mostram a torcida do Racing, as músicas entoadas, a festa na arquibancada, os corredores do estádio e, claro, a partida. Tudo a partir de uma câmera que vai registrando as cenas sem nenhum corte.
Compartilho aqui não só parte desta sequência, mas também o diálogo que a antecede. Um racinguista fanático vai listando os nomes e as fichas completas de ídolos do passado. Até que outro companheiro de bar resolve questioná-lo:
Sandoval: Escribano, o que é o Racing para você?
Escribano: Bom, uma paixão, querido
Sandoval: Apesar de não ser campeão há 9 anos?
Escribano: Uma paixão é uma paixão…
Sandoval: Você percebe, Benjamin? O cara pode mudar tudo: de cara, de casa, de família, de noiva, de religião, de Deus. Mas uma coisa você não pode mudar, Benjamin. Não pode mudar… de paixão.
Para quem não assistiu, fica a dica.