Quem sou eu ?
- Thiago Oliveira Braga
- Capital do Ceará, Ceará, Brazil
- cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Minhas férias de Julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Como posso descobrir a minha vocação ?
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
[1Corintios 12.4-7,11]
Você sabe que tem uma vocação quando seu conjunto de talentos, capacidades e habilidades está identificado. Os conceitos de inteligências múltiplas (ver de Howard Gardner) e de dons e ministérios indicam que todas as pessoas são dotadas de recursos para realizações úteis. Quando somos conscientes dos recursos que nos são inerentes ou que recebemos e ou adquirimos ao longo da vida, podemos discernir melhor a contribuição que podemos dar para o bem comum.
Você sabe que tem uma vocação quando seu conjunto de talentos, capacidades e habilidades está disponibilizado de forma organizada. Contribuições pontuais e ações eventuais não são suficientes. A vocação é exercida numa rotina de atividades por meio das quais canalizamos nossos recursos para suprir necessidades específicas das pessoas.
Você sabe que tem uma vocação quando sua contribuição independe de remuneração. Na verdade, quando você está inclusive disposto ou disposta a pagar para continuar a fazer o que faz. Paulo de Tarso era fazedor de tendas por ocupação e apóstolo por vocação. Sua atividade apostólica não dependia de remuneração, e inclusive era, de quando em vez, auto-financiada.
Você sabe que tem uma vocação quando existe uma necessidade do/no mundo a respeito da qual você se sente responsável. Pode ser um grupo social, um povo, uma instituição, uma causa, enfim, algo pelo que você se sente impelido ou impelida a fazer alguma coisa.
Você sabe que tem uma vocação quando aquilo que você faz exige mais do que mera intuição, exige capacitação. Para exercer uma vocação você deve se comprometer a estudar, se aperfeiçoar e se desenvolver de modo a fazer cada vez melhor e com mais excelência, eficiência e eficácia aquilo que faz.
Você sabe que tem uma vocação quando as coisas que acontecem ao redor de sua atuação se explicam apenas pela ação do Espírito Santo. O chamado divino para uma tarefa específica se faz sempre acompanhar dos recursos divinos para sua concretização e sucesso.
Você sabe que tem uma vocação quando recebe constante feedback (retorno) de pessoas que agradecem e glorificam a Deus pela sua vida. O critério último de uma vocação não depende de quanto você gosta do que faz, mas de quanto as pessoas são abençoadas pela sua contribuição.
Você sabe que tem uma vocação quando, ao final de um artigo a respeito de vocação, você não tem um monte de interrogações na cabeça. Como na conversa em que um jovem pergunta ao pastor como saber se está apaixonado, e o pastor responde “Não sei, mas sei que você não está”. Quem precisa perguntar “como posso descobrir minha vocação?”, ainda não a descobriu - não significa que não tem uma vocação, mas que ainda não sabe qual é.
Ed René Kivitz
segunda-feira, 6 de julho de 2009
A TENTAÇÃO DO ATIVISMO
sexta-feira, 3 de julho de 2009
E agora, José?
"E agora, José?
A reza acabou,
a presidência dançou,
o povo sumiu,
o escândalo esfriou,
e agora, José?
E agora, você?
Você que tem nome,
que zomba dos outros,
você que excomunga,
cala quem protesta,
e agora, José?
Está sem respeito,
está sem discurso,
está sem destino,
já não pode benzer,
já não pode empregar,
iludir já não pode,
a verba esgotou,
o milagre não veio,
o aplauso não veio,
o jetom não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua negra casaca,
seu instante de santo,
sua imortalidade,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de oligarca,
sua incoerência,seu trono - e agora?
Com a caneta na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no Maranhão,
mas o Maranhão secou;
quer ir para Roma,
João Paulo não há mais.
José, e agora?
Se você confessasse,
se você se arrependesse,
se você tentasse
ser igual a toda gente,
se você dormisse,
se você sonhasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é eterno, José!
Sozinho entre os muros
príncipe em seu palácio,
só teologia,
sem verdade nua
para se perdoar,
você é o dono do mar
que fugiu a galope,
você foge,José!
José, pra onde?"
Por ROBERTO VIEIRA sobre poema de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE