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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

sábado, 26 de maio de 2007

Dorothy – que tipo de evangelho queremos imortalizar?


Este nome não pode ser simplesmente esquecido tão logo a mídia passe a anunciar um novo crime bárbaro no país da impunidade. Digo isto, principalmente para nós que nos declaramos filhos e filhas de Deus, povo especial que se chama pelo nome do Senhor (2 Crônicas 7,14).
Dorothy é natural dos Estados Unidos da América, mas há cerca de trinta anos, optou por se naturalizar brasileira e trocar o luxo e a tranqüilidade em que tantos de nós sonhamos, pelas lutas e ameaças de fazendeiros, de grileiros e de madeireiros ferozes e cegos pelo lucro e pela violência da região do Pará. Em Anapu, onde morava, dedicou a sua vida à luta pelos pobres e a defender um desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Não, não estou falando de uma jovem cheia de saúde, silicone que se “casa” no castelo de Chantelly e atrai a atenção da mídia do mundo inteiro. Estou falando de uma missionária, católica que, aos 74 anos de vida, enfrenta a fúria dos poderosos, apaixonada pela justiça que o Cristo que a inspirava lhe ensinou, e que acaba levando seis tiros, pagando com a própria vida o preço da sua luta.

Este episódio deve, no mínimo, nos levar a pensar e repensar seriamente o tipo de Cristianismo que temos desenvolvido dentro das nossas comunidades ditas cristãs. Debatemos temas inúteis como: cantar ou não músicas do “mundo”, que roupa vestir, o que se pode comer ou beber, quem tem mais poder ou intimidade com o Espírito Santo, quais as atitudes que revelam a santidade, a mais ou a menos, dos nossos irmãos na fé e outros. Enquanto isto, pessoas que julgamos não crentes, por praticar outro tipo de liturgia diferente da nossa, lutam contra todo tipo de injustiça e acabam pagando com suas próprias vidas, em nome do evangelho que crêem.
Que tipo de evangelho queremos imortalizar para os nossos filhos e nossas filhas e principalmente deixar de herança para o nosso país e para o mundo em que estamos vivendo? O evangelho do não, da omissão, da insanidade, do ódio fundamentalista que se preocupa muito mais com uma falsa moralidade do que com temas relevantes como a exclusão social, a fome, o desmatamento, o acúmulo de riquezas, o racismo e o preconceito que graça contra todas as minorias? Sinceramente falando, não creio mais neste “evangelho” neurótico que elege uns temas em detrimento de outros, que trata o fraco como inimigo que precisa ser eliminado e que em nome não sei de que, defende o afastamento ou a aproximação cautelosa daqueles que o Senhor Jesus chamou a viverem em plena unidade (João 17,20-23).
Clamo ao Senhor meio desesperançoso e ao mesmo tempo cheio de esperança de que o sangue vertido ao chão da IRMÃ DOROTHY possa abrir nossos olhos e nosso coração com o objetivo de nos levar a militar um outro tipo de evangelho e a ter uma nova postura cristã, que nos tire das trincheiras e nos levam para os campos que já estão brancos para a ceifa (João 4,35). Quem de nós terá coragem de imitar o nosso Salvador até as últimas conseqüências? Obrigado, Senhor, ainda que de forma triste por estar tendo a oportunidade de acordar com o exemplo da sua filha querida Dorothy Stang.
Do seu amigo e pastor,
Wellington Santos
* Wellington Santos é pastor da Igreja Batista em Maceió, Alagoas

terça-feira, 8 de maio de 2007

Domingo, segunda, terça … SEMPRE !!!



Quando leio estes versos em Hebreus 13:8, começo a “viajar” ...


Olho pra história da minha vida (que não é grande ... hehehehe) e começo a recordar situações marcantes, pessoas e lugares que pude conhecer, e que até hoje trago na memória, e principalmente no coração.


Essa em especial foi significativa , pois dia 2 de Maio foi aniversário do meu pai (50 anos, apesar de aparentar menos), dia 4 de Maio outro aniversário de um amigo-irmão que mora em Belém, e faz um tempão que não nos vemos (Marcelo Pantoja), parceiro dos tempos que fazíamos ATLETISMO (é, eu já fui atleta, e dos bons ... ), e no dia 6 de Maio o aniversário de minha querida famosa avó Juvanira(ela tem até comunidade no ORKUT http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1073166), uma mulher de coração piedoso e que é um exemplo de vida.


Mas tem uma data que não sai, e NUNCA vai sair da minha memória, que é o dia 5 de Maio de 1996, pois foi nesse dia que aceitei à Cristo, dia maravilhoso e cômico (outro dia eu escrevo o por que do cômico).


Alegro-me por sentir que temos a sensacional possibilidade de celebrarmos à VIDA ( as nossas e as dos que amamos ) nas mãos de Deus.

Podemos exercitar a confiança absoluta no Senhor!

É bom demais saber que Deus está pronto a nos guardar, nos dar PAZ !

Sou tentado a pensar nos eventos da vida como os evolucionistas que apostam no acaso. Não sou fatalista como os muçulmanos que defendem Alá, um deus quase impessoal, sem amor e sem compaixão. Mas eu sei que nada acontece fora do controle. O que muitas vezes não entendo é o porquê, nem reconheço os benefícios do “mal” que nos acomete.

Isso mostra a realidade do nosso mundo ...


Não há paz,


Não se busca a Deus;


O homem tenta se virar sozinho


E consegue criar problemas intermináveis ...


“viajei”(de novo) meio que de volta para o futuro, eu estava de volta ao dia 5 de Maio de 1996,no ultimo momento do culto, bastante “encabulado”, envergonhado (é, naquele tempo eu era muuuuuuuuuuito tímido, hoje eu sou menos). Mas eu não tinha a mínima noção de como aquela decisão iria alterar toda a HISTÓRIA DA MINHA VIDA.
Bom seria se esta entrega ao Senhor fosse diária :


domingo,


segunda,


terça ...


SEMPRE !!!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Entre a ira e a glória !!!



O Homem-aranha e as bem-aventuranças de Jesus

“bem-aventurados os mansos, pois herdarão a terra”


Estréia nos cinemas o terceiro filme da série “Homem-aranha”. Produzido pela franquia Sony/Marvel Films. Uma das mais rentáveis produções de Hollywood, que arrecadaram em média US$ 800 milhões nas bilheterias mundiais e outros milhões em vendas de DVDs.

O filme que fecha a trilogia, “A batalha interior” (The battle within), até então é o filme mais caro da história do cinema (chega a US$ 300 milhões gastos na produção ), bateu inclusive o filme “King Kong” que custou US$ 207 milhões.

No enredo da lendária série da Marvel Comics, Peter Parker consegue finalmente chegar a um equilíbrio entre sua predicação ao relacionamento com M.J. e seus deveres como super-herói. Mas existe uma tempestade aparecendo no horizonte.

Além de outros vilões como o Homem Areia e do Novo Duende, seu maior inimigo está dentro do próprio Peter Parker, que se deixa dominar por uma substancia alienígena capaz de controlar seus sentimentos e que dará origem a mais um vilão: Venom.

O monstruoso Venom nasce do chamado “uniforme negro” do Homem-aranha. O tal uniforme, na verdade, é uma espécie de ser extraterrestre que vivia em simbiose ( uma relação de dependência entre dois seres vivos, lembra da aula de Biologia ?) com Peter Parker, servindo-lhe como uma roupa que chegava até a ampliar seus poderes.

Mas como tudo nesta vida tem uma contra partida a tal simbiose tinha que se alimentar da força vital de seu hospedeiro e gosta especialmente da energia despertada por sentimentos violentos e negativos.

O que me chama mais atenção no filme é a influência que tal uniforme causa, tornado-o cada vez mais agressivo e perigoso. Cansado de lutar contra o alienígena e sua influência negativa, o Homem-aranha consegue se libertar … bem mas a continuação você vai descobrir nos cinemas.

Fazendo uma relação bíblica com tal inimigo à sedução pelo domínio e poder não é nova, o próprio Jesus falou no Sermão do Monte sobre “os mansos”, porque eles herdarão a terra (Mateus 5.5). Mansidão aponta mais na direção de uma atitude para com Deus do que de uma disposição para com o próximo. Talvez o homem secular considere que o manso não tem personalidade, vendo-o como um covarde, mas, segundo a Bíblia, isso não é manso. Ser manso não significa ser uma pessoa fraca, um tipo de “abestado”, nem uma pessoa de semblante triste. A Mansidão genuína não pode existir sem a coragem.

Se libertar do uniforme negro, é poder buscar o ponto de equilíbrio entre os dois extremos: de um lado excessivamente zangado e de outro excessivamente bondoso. Refere-se do equilíbrio resultante de uma avaliação verdadeira de si mesmo. A mansidão se expressa em atitudes positivas para com outros. Quando a pessoa reconhece seu pecado e chora por ele, está preparada para ser mansa para com os outros.

Em ultima analise, podemos ver de forma prática o uniforme negro vir a tona quando pisam em “nossos calos”, é ou não é ? Dai vemos como está vivo o EU, mas o manso é aquele que foi crucificado e ele já não precisa provar nada a ninguém, pois seus direitos estão entregues à Deus.

Assim, como o Homem-aranha se distanciou das pessoas que mais ama, quando optou pelo caminho da agressividade e da conquista do “novo”, nos também temos de abandonar aquilo que é sujo em nossas vidas e buscarmos em Jesus a mansidão, e assim descobrindo que essa terra é muito mais que espaço geográfico e sim herdar espaço no coração do nosso próximo.

Perguntinha simples, numa escala de 0 a 10, que nota você daria para você mesmo no quesito mansidão ? Por que ?


Que Deus tenha misericórdia de nossas vidas.
Com vocês, no serviço d’Ele Thiago Oliveira Braga